22 fevereiro, 2022

"Virtudes" risíveis do poder político "nacional" para o exterior, e as inexistentes para o resto do país


Como devem ter lido (ou ouvido) recentemente, não faltaram críticas de alguns políticos (da capital) a censurar a atitude irresponsável de Putin e a ameaça de guerra que tem feito à Ucrania sem o menor pudor. 

Se me perguntaremtout court, se estou de acordo com as críticas dos estadistas da capital a Putin, diria imediatamente que sim, mas para isso, e como cidadão equilibrado, teria de estar habituado a ver esses ditos homens de Estado a gerir indiscriminadamente o país real, ou a reagirem à injustiça bem como ao modo absolutista como é tratado concentrando o  grosso das benfeitorias na capital. 

Aí sim, aceitaria naturalmente a moral das críticas a qualquer "líder" como Putin,  só que para serem respeitados os nossos políticos têm olhar para o próprio umbigo antes de abrirem a boca sem darem exemplos aos que vivem aqui.

O drama é que a teimosia de enganarem os portugueses com promessas "cor-de-rosa" (que depois não cumprem) e nem sequer obedecem à Constituição da República onde reza bem vincada a Regionalização, e que assim sendo torna muito difícil acreditar nas melhores das intenções sobretudo quando o tema é a autonomia regional  de  que tanto fogem com referendos estúpidos que só servem para baralhar o povo. 

Esquecem, ou fazem de conta que esquecem, que se há regimes anti democráticos e vulneráveis ao progresso económico e financeiro, esse regime é o actual, ou seja o hiper-centralismo de Lisboa, para além da deslealdade e da corrupção espalhada pelas demais instituições, sem que muitos desses criminosos prestem contas à Justiça em tempo útil e justificado.