25 março, 2013

E o folclore continua, na querida RTP de serviço público...

Para os portugueses "crescidinhos", que não vão em folclores, a história de Portugal não tem nada de verdadeiramente importante  de que se possam orgulhar. Para os de mente infantil, para os influenciáveis e pouco exigentes, qualquer Ronaldo ou Mourinho chegam, para lhes encher o ego de orgulho. Talvez resida aí a razão pela qual não gosto que se fale da brandura dos nossos costumes, como se eles pudessm traduzir grande virtudes... É que, porque detrás delas podem esconder-se outras coisas, como a resignação, ou até a burrice, o que, diga-se, não é propriamente um elogio à nossa raça.

A pequenez geográfica de Portugal, carregando às costas o eterno "inimigo" espanhol, obrigou-nos a olhar para a frente, onde só havia o Atlântico, e assim ultrapassar medos, que de outra maneira nos teriam impedido o salto para o mar, e levado ao grande feito das descobertas. É desse feito já distante que ainda hoje alimentámos o orgulho-pátrio, embora nunca tenhámos sabido dele tirar o melhor proveito. Hoje, continuamos a ser pequenos na dimensão e na mentalidade, por isso nos agarrámos ao futebol e aos seus ídolos, para nos sentirmos importantes. Entretanto, os nossos empresários e governantes [sem ofensa para quem sabe o que isso significa], continuam histoicamente a "envaidecer-nos" o ego nacional com o centralismo mais fanático da Europa, e níveis de vida abaixo do limiar da pobreza... 

Como me gabo de não pertencer ao clube dos portugueses manipuláveis, não posso considerar digno de um país emancipado, a ideia da RTP contratar José Sócrates para comentar a actualidade política nacional, mesmo que contra um Governo tão irresponsável como o do ex-primeiro ministro. 

A RTP, essa televisão chula,  que é a vergonha do verdadeiro serviço público, não tem respeito por ninguém, porque se tivesse, saberia resistir à paranóia das audiências e não explorar o lado voyeur do povo e de querer fazer da política uma segunda Casa dos Segredos, ordinária e imbecilizante. Sim, porque não é de Sócrates e de Passos que os portugueses precisam. Mas, qual é o espanto! A televisão em Portugal não é mais do que isso. Farsa e vazio. A RTP, aliás, como as outras televisões, não servem o povo, servem-se dele, e de que maneira!

Mas, podem ter a certeza que não serei eu a contribuir para essas audiências. Nem Sócrates, nem Passos entram na minha casa, mesmo que só pela televisão. Nela, mando eu. Nem um, nem outro, estão autorizados a entrar.

4 comentários:

  1. Silva Pereira25/03/13, 19:01

    Boa tarde,
    Estou de acordo.
    Da minha parte deixei praticamente de ver a RTP, porque os protestos enviados para o provedor do telespetador nem sequer tiveram resposta.
    Infelizmente neste país dá-se pouca importância ao protesto individual, mas nem por isso deixo de o fazer evitando sempre que possível não consumir o que entendo como errado.
    Por isso que acho relevante a sua postura pode ser que um dia os consumidores (principalmente os nortenhos) compreendam que juntos podem mudar algo.
    Bem aja e cumprimentos.

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  2. Como é possível que um foragido que se governou à custa dos portugueses deixando o país na miséria, vem agora a convite de um safado director da estação pública RTP defecar postas de pescada sem moral ou credibilidade que se reconheça.

    Esse director moço de recados de um qualquer político, que lhe fez a encomenda para o palrador vir meter nojo em mais um programa de Entretimento.

    Depois de levarmos com os Marcelos, Noias e mais outros que por aí andam, vem agora este foragido também chatear.

    Pobre país de corruptos, incompetentes promíscuo, fazedores da desgraça que meteram este país na banca rota!.. só faltava esta

    O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.

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  3. Estou de acordo com tudo o que escreveu, eu também estou farto de pagar para a RTP, é revoltante estar a pagar ordenados a tantos oportunistas, que só nos prejudicam.Eu era defensor da RTP pública,mas mudei de opinião, até porque a rtp já não faz serviço público, limita-se a imitar os outros canais.
    Abraço

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  4. eu é mais filmes, deixo as manigancias do clientelelissmo para quem gosta de ser enrabado...

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...