Compreende-se o desespero, não a atitude |
Aconteça o que acontecer, nada pode alterar a verdade dos factos: ainda não foi esta época que os portistas puderam respirar de alívio com as exibições do FCPorto. De desconforto em desconforto, alternado por breves períodos de confiança, o maior dos quais foi precisamente o de ontem, a equipa do FCPorto resolveu, em má hora, interromper a fase mais promissora da actual temporada.
Nos momentos-chave, regressamos à trapalhice, à bola para trás, ao jogo previsível, às marcações tardias e a uma indescritivel falta de calma na hora de rematar. O espelho do desespero dos jogadores, traduz-se num hábito que Nuno E. Santo já devia ter abulido há muito tempo, que é colocar as mãos na cabeça mal falham o golo. Psicológica e aparentemente, estes gestos denunciam falta de confiança e impreparação mental para encarar os momentos cruciais dos jogos.
O futebol, por vezes, parece uma amarga pescadinha de rabo na boca. Ora ficamos decepcionados com as exibições, como subitamente parecemos ter entrado nos eixos com uma sucessão de jogos interessantes e victórias. A verdade é que, decorrido meio campeonato, ainda não conseguimos ultrapassar a fasquia da insegurança nos momentos mais importantes. Tudo isto, começa a ser intolerável, principalmente pelo apoio incondicional que os adeptos portistas têm dado a toda a equipa (treinador incluído), sem que a retribuição se manifeste em estabilidade, confiança e ambição. Dá a impressão que quanto mais os apoiamos e quando mais esperamos o retorno, mais eles fracassam.
Se Nuno Espírito Santo parece ter conseguido unir o plantel, e isso é de louvar, ficam dúvidas quanto à sua preparação mental no que concerne a ambição de vencer. Talvez seja essa a razão que me levou a desconfiar, quando Nuno começou a usar vezes demais a idade do plantel para justificar fiascos como os de ontem. Embora fizesse pouco sentido tal linguagem, seria melhor entendida se devidamente anunciada logo no início da época e pela voz do presidente. Como isso não aconteceu, e nos apresentaram o plantel do FCP como candidato assumido a ganhar o título, menos se aceita a conversa da juventude... Porque, na verdade, sem beliscar o desempenho na Champions, a nível interno ainda não ganhámos nada, só nos resta mesmo o campeonato.
Não é razão para esmorecer, mas a forma ansiosa e trapalhona como jogamos, não é propriamente um estímulo à ambição. Foram asneiras cometidas num passado ainda recente que tínhamos como superadas e isso é altamente desmoralizador para os próprios adeptos. E é nisso que NES tem de pensar e transmitir aos jogadores. O jogo de ontem, era mesmo para vencer, e como ficou mais uma vez provado, a garra não chega, é preciso descernimento. Os quase 50.000 de espectadores do Dragão mereciam muito mais, e os outros também.
PS-A exibição mal conseguida do FCPorto não irreleva, pelo contrário, acentua, a gravidade de o árbitro ter fechado os olhos a mais duas, ou três, grandes penalidades. Mas isso, é também culpa da administração do FCPorto que foi permissiva com a situação. Veremos se o programa Universo Porto da Bancada bastará para estancar a sangria da roubalheira...
PS-A exibição mal conseguida do FCPorto não irreleva, pelo contrário, acentua, a gravidade de o árbitro ter fechado os olhos a mais duas, ou três, grandes penalidades. Mas isso, é também culpa da administração do FCPorto que foi permissiva com a situação. Veremos se o programa Universo Porto da Bancada bastará para estancar a sangria da roubalheira...
Este jogo do FCP foi muito mal preparado, mais uma oportunidade perdida que pode custar caro ao FCP. Neste momento se alguém que está afectado somos nos, porque uma coisa é, ir lá Baixo com mais um ponto e outra com menos um ponto.
ResponderEliminarHouve ali dinheiro para a trupe sadina, porque jogar da maneira que eles teatralmente jogaram, havia garantias do Rei do Pó.
Não pudemos estar à espera que o Apitador marque os penaltis a favor do FCP mesmo que eles sejam do tamanho de uma igreja, porque isso não está no cardápio dos sem vergonha.
Apetece-me dizer que desde da equipa técnica aos jogadores há muita juventude, ou seja, são novos e não pensam.
Abílio Costa.