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09 abril, 2008

O TRIO DE ATAQUE DE A. PEDRO VASCONCELOS

Ontem, como é meu costume, assisti ao programa da RTP1, "Trio de Ataque". Este programa, inicialmente equilibrado, em que os convidados residentes foram conseguindo manter o nível e discutir o futebol jogado, com o andar do tempo e com as expectativas goradas do Benfica se tornar campeão, o verniz começou a estalar e a pôr em causa o fair play de alguns desses convidados.

Compreendendo embora, a frustração que as derrotas sempre trazem até aos adeptos mais contidos, há momentos em que, é o bom senso que deve imperar se não se quiser cair no ridículo. Pois, foi no ridículo, que (de novo) caiu o comentador benfiquista, António Pedro Vasconcelos, quando, numa autêntica acrobacia intelectual, se "esforçou" por felicitar o prematuro campeão Futebol Clube do Porto, sem o querer felicitar. Confuso?

De facto, reconheço que é confusa esta minha percepção, mas é preciso não esquecer que a personagem em causa, também o é. São (teremos de compreender), provavelmente, influências das frequentes investidas persecutórias do infeliz presidente do seu clube a fazer efeito, mas convenhamos, para quem gosta de se apresentar como defensor do desportivismo e da transparência, não condiz com o traje...

Como ia dizendo, José P. Vasconcelos, empenhou-se a convencer os adeptos do FCPorto que os queria felicitar, ao mesmo tempo que denegria o seu maior mentor que, como se sabe, e é unânimemente reconhecido, dá pelo nome de Jorge Nuno Pinto da Costa. Opiniões. Eu não faço ideia do reconhecimento profissional que poderá ser prestado a este senhor realizador de cinema, tanto interna como externamente, mas que está a uma distância abissal do que é dado a Pinto da Costa como dirigente desportivo, disso não há a menor dúvida. Para pôr a cereja em cima do bolo da patetice, as suas declarações dirigidas a Pinto da Costa valem tanto como valeriam as minhas se dissesse publicamente que apreciava o trabalho dos actores de um filme, mas que detestava o do respectivo realizador. Uma perfeita incongruência.

Depois, este cavalheiro, tem manias. Uma delas, é a de pensar que as pessoas têm de ser e pensar como ele quer. Na sua óptica - a carecer urgentemente de lentes - Jesualdo Ferreira, por ser adepto do Benfica, não devia pensar como portista e muito menos ficar contente por trabalhar no Futebol Clube do Porto e defender os seus interesses. Para JPV, correcto, correcto, seria que Jesualdo Ferreira depois de se tornar campeão nacional pela 2ª. vez, declarasse uma coisa deste género: "sou um profissional de futebol, como tal, tenho de me conformar por, contra a minha vontade, ter atingido os objectivos exigidos pela entidade patronal e por manter o emprego, mas sinto-me profundamente frustrado por ter deixado o meu querido Benfica fora da carroça do Campeonato a 5 jornadas do fim!".

Alegadamente, foi o discurso em S. João da Madeira de Pinto da Costa que o incomodou. E por quê? Porque, segundo diz, veio "reacender" a guerra Norte-Sul (não é Sul-Norte, atenção...).

Meus caros, estávamos todos enganados e a ficar muito distraídos, porque afinal a "guerra" Norte-Sul que nós promovemos, estava de folga e nós não demos por ela. Lá estamos nós outra vez a misturar a política com o futebol, estão a ver? Mas por quê se temos as mesmas mordomias que os clubes de Lisboa têm? Querem ver?

Notem bem: os Governos não nos prometeram a descentralização? E então, estamos ou não estamos descentralizados? O Ministério da Justiça por acaso não está no Porto? E o da Educação, não foi para Coimbra? Então, e a Comunicação Social não está distribuída um pouco por todo o país? Onde estão as Tvs em canal aberto? Em Lisboa, no Porto, em Braga e em Vila Real, não é assim? E as sedes dos Bancos, não estão em Castelo Branco, Bragança e Viseu? Mas porquê então esta mania de fazer guerra ao Sul?

Agora, a sério. Apesar do programa "Trio de Ataque" viver também um pouco da pimenta das rivalidades clubísticas, há limites para tudo. Nesse aspecto, há que reconhecê-lo, Rui Moreira consegue defender a sua dama sem perder o brilho nem a seriedade. Rui Oliveira e Costa (do Sporting), apesar de sofrer da mesma doença centralista ainda tem cura, e às vezes também se porta bem. Mas, o Pedro Vasconcelos começa a enjoar, tão sectários e urdidores são os seus critérios opinativos.