Pacheco Pereira segurou-se enquanto pôde. Agora, em pânico mal escondido, na cauda das doutas dicas de Pedro Santana Lopes e de Proença de Carvalho, receando que estes tempos do fim de Sócrates redundem numa vitória do PSD que não o ‘seu’, surge desastradamente a defender o ainda primeiro-ministro: “Se este governo conseguir manter a execução orçamental, acho preferível que continue até ao fim da legislatura”, garantiu o desolado ex-guru da liderança de Ferreira Leite.
Então, agora, inopinadamente, Pacheco Pereira já deseja Sócrates por mais 3 (três) anos? Já julga a sua governação minimamente decente, já a tem como “preferível” a uma mudança que prevê irremediavelmente “traumática“?
Pacheco Pereira parece confundido. Embaraça as conveniências do seu grupo com os interesses do partido e crê-os, os primeiros, sempre, como as únicas vantagens disponíveis para o País. Tragicamente ofuscado pelo sectarismo, avisa que “tem de haver uma razão fortíssima para o PSD participar em qualquer processo que implique a queda do governo”.
Pois tem – se calhar, essa “razão fortíssima” radica no modo como temos vindo a ser desgovernados nos últimos 6 anos. Ou na forma como este Governo nos tem enganado, martelando números e estatísticas, esfacelando as esperanças das gerações mais novas e desesperando todos os outros sem nunca mostrar competências mínimas naquilo que faz.
Pacheco Pereira sabe bem, mas não se importa, que este Governo é a crise dentro da crise. Que o maior trauma que este País pode continuar a sofrer é a manutenção deste primeiro-ministro de anúncio em anúncio e de mentira em mentira. Ao fazer as vezes de paladino de Sócrates, cinicamente, Pacheco Pereira inverteu novamente o símbolo do seu partido. A sua preocupação exclusiva centra-se nos pequeninos proveitos do seu pequeno cardume de aduladores – o País que se lixe, que fique com o Sócrates…
[Carlos Abreu Amorim, in Basfémias]
Nenhuma novidade, coisa de adiantado mental.
ResponderEliminarAcho piada, ver agora, os amiguinhos e as amiguinhas de Kadhafi, a entregarem a instituições de caridade os milhões que recebiam do homem, para animar a malta. Só agora é que lhe descobriram os defeitos...
Um abraço, sincero
Ainda está com tiques de quando era da extrema e esquerda.
ResponderEliminarTentou tudo para ser comunista, mais tarde fez juramento no PSD.
Hoje num canal de Télévisão dá conversas em família. Emfim, o homem está a ír longe.
O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO