Estamos longe, muito longe mesmo, de nos podermos orgulhar de sermos um país uno e coeso. Os brandos costumes da nossa gente, o individualismo, com alguma indiferença cívica à mistura, permitem que os simpatizantes do centralismo continuem a apregoar uma coisa e a fazer outra, totalmente oposta. Se um dia a verdade vier ao de cima, para a história ficará o trabalho sujo de uma comunicação social sectária exclusivamente preocupada em preservar privilégios e influências de ordem económica e carreirista.
Não estou certo que o fanatismo exibido pelos moderadores de programas desportivos seja suficiente para esclarecer o grande público sobre a influência negativa na estabilidade e na paz social, apesar da sua aberrante evidência. A esta gente, foi-lhes dada demasiada liberdade e agora não conhecem limites, tudo lhes é permitido. O premeditado processo Apito Dourado não foi mais do que uma tentativa falhada de fazer ao FCPorto o mesmo que os sucessivos governos fizeram à cidade do Porto e a todo o Norte do país, embora com resultados diferentes. Surpreende-me por isso que haja ainda alguma gente a pensar que as duas coisas não têm nada a ver uma com a outra, mas não acredito que esse pensamento seja sincero. O centralismo em Portugal é mais nefasto e perigoso do que o lendário bicho-papão do comunismo. Os comunistas têm sabido respeitar a democracia, o centralismo está a destruí-la.
A selecção nacional, é o último refúgio dos media onde conseguem travestir os sentimentos mercenários, por isso tudo fazem para compensar a tendência com um exacerbado "orgulho", não se coibindo assim mesmo, sempre que possível, de destacar os jogadores dos clubes da sua simpatia, ou de denegrir as falhas dos outros. Só quem for muito distraído não nota.
Este, é o jornalismo que temos, reles, medíocre. O que aconteceu na SIC, com Dias Ferreira e Rui Gomes da Silva primeiro, e com o "moderador" Paulo Garcia depois, só não sucedeu antes porque os 2.500 euros de avença que os convidados recebem, foram tolhendo a capacidade de indignação de alguns, tal é o baixo nível de tipos como Rui Gomes da Silva, e João Gobern na RTP [outro jornalista...].
Este, é o jornalismo que temos, reles, medíocre. O que aconteceu na SIC, com Dias Ferreira e Rui Gomes da Silva primeiro, e com o "moderador" Paulo Garcia depois, só não sucedeu antes porque os 2.500 euros de avença que os convidados recebem, foram tolhendo a capacidade de indignação de alguns, tal é o baixo nível de tipos como Rui Gomes da Silva, e João Gobern na RTP [outro jornalista...].
Mas, nas empresas, como na natureza, é a montante que as coisas nascem e se forjam. A SIC é uma empresa de comunicação, e o seu principal proprietário foi fundador de um dos 2 partidos políticos potugueses mais importantes. Chama-se Pinto Balsemão, e permite que nela se produza o lixo que todos conhecemos. Para bom entendedor...
Subscrevo integralmente.
ResponderEliminarCaro Rui Valente, muito bom dia!
ResponderEliminarInfelizmente, a importancia da comunicaçao social, o peso e influencia especifico que ela acaba por ter no dia a dia desta treta de pais está directamente relacionado com o nivel cultural das pessoas que gosta de comer fácil e barato.
Aquilo que aquele bosta do Belmiro disse a proposito do people e do carnaval, por muito que eu o possa condenar porque aquilo nao se diz, muito menos por ele, mas o que é facto é que ele disse algo que se aproxima muito da realidade também na minha opiniao.
Sabe que eu achei que devia de ver a entrevista do Socrates na outra semana porque,por exemplo, tinha a impressao que, apesar da sua "imcompetencia governativa", ele ( e o governo que fazia parte) tinha sido de alguma forma também despachado pela comunicaçao social.
Posso estar errado mas tive essa confirmaçao na entrevista.
Neste pais, uma mentira repetida, faz sucesso e fica verdade!
Nao quero com isto dizer que estou de acordo com tudo o que o Socrates fez, mas a culpa do pais estar como está, está longe, muito longe, de ser culpa apenas dele.
É ridiculo até entrar por aí.
Isto porque, para mim ficou claro que, a partir de determinada altura, a comunicaçao social fez o que tinha de fazer para o enterrar!
Confesso uma liçao que tirei destes tempos, fiquei definitavamente um homem de esquerda.
Tenho 46 anos e já levei na tromba que chegue. Para o bem e para o mal, nao me revejo na globalidade dos ideais, processos e politicas de direita.
Valorizo e tenho razoes para o fazer, o lado social, a partilha. E durmo de consciencia tranquila dessa forma.
Deacon
A escola desta escoria é a mesma. Estamos colonizadas por gente do Sul com a capital em Lisboa que nos ditam lixo, pedantismo e nos insultam e desprezam.
ResponderEliminarIsto bateu no fundo, já ninguém respeita ninguém.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO,