De tão enojado com a regressão da politica global da actualidade, onde Portugal teima orgulhosamente em manter-se em lugar destacado, já não tenho muita vontade de falar de política (pelo menos, hoje). Preferia agir sobre os responsáveis directos, com a assertividade e a dureza que a situação exige, mas como isso não depende de mim, então terei de optar por me focar em temáticas mais domésticas, não menos relevantes: o FCPorto e a época horribilis, 2013/2014.
Calma. Não se apressem a adiantar o que estou farto de saber, futilidades como "não podemos ganhar sempre", "estamos mal habituados", "ainda estamos na luta por três troféus" (Taça de Portugal, da Liga, e Liga Europa), e coisas do género, porque o assunto é bem mais grave do que parece.
Comecemos pelo actual treinador. Luís Castro, apesar de lançado às feras, está a fazer um trabalho notável, face às condições em que recebeu o plantel e ao tempo que (não) teve para o preparar à sua maneira, técnica e psicologicamente. Com jogadores destreinados, descaracterizados e psicologicamente desmoralizados pela incompetência de um bom homem (Paulo Fonseca), mas um treinador sem perfil para orientar uma equipa como o FCPorto, era impossível fazer melhor. Paulo Fonseca, foi dispensado, tarde e a más horas, por uma Direcção atípica e este ano invulgarmente facilitista. Diria mesmo, que em determinados aspectos, uma Direcção aparentemente alheada de responsabilidades próprias, como é a administração do Porto Canal..
Explicando melhor. Pinto da Costa, o special one dos dirigentes de clubes do futebol mundial, comparavelmente mais vencedor de troféus que José Mourinho na função de treinador (os anti-portistas convivem mal com esta poderosa realidade, mas é mesmo assim), teve momentos menos bons no seu percurso de sucesso, mas nessas ocasiões também teve sempre a noção da importância da proximidade com os adeptos e de lhes falar para lhes restaurar a confiança, que no FCPoto quer (ou queria) dizer, o regresso às victórias. Não só o fazia regularmente, como sabia escolher o momento certo para o fazer, coisa que nos últimos tempos não tem acontecido.
Grande parte dos portistas sempre compreendeu a necessidade de a Direcção manter alguma contenção nas grandes decisões, tanto em termos de contratações de jogadores e treinadores, como na própria comunicação, porque tinha consciência que, com os media que temos, sectária e patologicamente dominada pelo centralismo, nos seria prejudicial uma postura mais franca e aberta. Mas, actualmente, isso já não faz qualquer sentido, porque o FCPorto tem hoje sob a sua responsabilidade e à disposição, um canal de televisão do qual pode servir-se para contrapor à massificação das campanhas anti-FCPorto dos canais de Lisboa expandidas pelos tradicionais servidores (internos e externos).
Grande parte dos portistas sempre compreendeu a necessidade de a Direcção manter alguma contenção nas grandes decisões, tanto em termos de contratações de jogadores e treinadores, como na própria comunicação, porque tinha consciência que, com os media que temos, sectária e patologicamente dominada pelo centralismo, nos seria prejudicial uma postura mais franca e aberta. Mas, actualmente, isso já não faz qualquer sentido, porque o FCPorto tem hoje sob a sua responsabilidade e à disposição, um canal de televisão do qual pode servir-se para contrapor à massificação das campanhas anti-FCPorto dos canais de Lisboa expandidas pelos tradicionais servidores (internos e externos).
Ontem, por exemplo, enquanto os canais centralistas deliravam e gozavam em uníssono com a derrota do FCPorto na Madeira para achincalhar o clube, cavalgando com a ligeireza do costume, sobre a "verdade desportiva" de um golo limpo roubado a Jackson Martinez, e de outro em fora de jogo do adversário, os portistas viram-se de novo privados de um canal onde fosse reposta a verdade, porque o Porto Canal limitou-se a apresentar um curto e insípido comentário ( José Fernando Rio) para constestar uma escandaleira das antigas, como foi a arbitragem de ontem. Deste modo indigente e passivo, o FCPorto não só abdicou da oportunidade de aproveitar o facto de ser proprietário de uma estação de tv para defender o clube e a própria cidade, como mostrou não saber como o rentabilizar.
Apesar de a maioria dos adeptos portistas não se rever no conteúdo e na forma de defender o FCPorto dos comentadores portistas que participam em programas desportivos pelo facto de serem demasiado permissivos quando respondem às perguntas ardilosas que lhes colocam de forma altamente sectária e desonesta, alguns, mesmo contrariados, acabam por assistir a esses deploráveis espectáculos de diabolização do clube porque o canal do FCPorto nada faz para o combater, nem tão pouco para chamar a si audiências garantidas com a comunidade de portistas indignados com o lixo que a comunicação social centralista desrespeitosamente lhes impinge. Mas não, a direcção do Porto Canal, pensa que pode subir audiências com programas pré-gravados e mil vezes transmitidos, e rejeita dar voz ao contraditório e em directo com uma programação que lhes podia garantir subidas de audiências significativas. Mas, dará para compreender esta imitação pífia de estratégia? Eu francamente não entendo, nem penso que se trate de estratégia. Chamar-lhe-ia antes desleixo. Incompreensível é certo, mas só pode ser desleixo.
Se o sadismo centralista repugna e não surpreende, o sado-masoquismo do FCPorto e do Porto Canal espanta-nos e deixa no ar todo o tipo de suspeitas. Como custa a acreditar que Pinto da Costa tenha perdido subitamente as suas faculdades de bom observador, só podemos aceitar como válida a tese da "distracção" face ao que se está a passar no Porto Canal em termos de programação... Se Pinto da Costa sabe e consente esta programação amadora que o Porto Canal está a seguir, então ainda piora o diagnóstico.
Por estas razões que não são propriamente recentes, considero a temporada cinzentona do FCPorto, mais do que um acidente de percurso, um sintoma de uma doença que pode vir a tornar-se longa, caso este acumular de incidências negativas se matenha e uma vergonha para os todos os nortenhos e muito particularmente para os portuenses e portistas.
Então, será caso para pensarmos que um novo ciclo terá de se abrir e, talvez com novos protagonistas. Assim, é que não pode continuar.
PS 1-Começo a ficar farto de falar do Porto Canal. Se insisto no tema, é porque gosto da cidade do Porto e do FCPorto, mas como as instituições não são compostas por pedras e sim por pessoas e se esssas, a começar pelas que têm maiores responsabilidades, parecem estar a borrifar-se para os interesses da cidade e do clube, então não auguro grande futuro à aposta do FCPorto de adquirir um canal de televisão.
PS 2-Folgo em saber que hoje no programa 45 minutos à Porto, do Porto Canal, Bernardino Barros tenha enfatizado eloquentemente as poucas vergonhas ocorridas com a arbitragem do jogo com o Nacional da Madeira e os comentários inenarráveis de escrevinhadores "desportivos" e de jornalistas das televisões centralistas. Esperemos que a partir de agora não permitam que nas televisões nacionais se oiça uma única voz e num único sentido.
Se o sadismo centralista repugna e não surpreende, o sado-masoquismo do FCPorto e do Porto Canal espanta-nos e deixa no ar todo o tipo de suspeitas. Como custa a acreditar que Pinto da Costa tenha perdido subitamente as suas faculdades de bom observador, só podemos aceitar como válida a tese da "distracção" face ao que se está a passar no Porto Canal em termos de programação... Se Pinto da Costa sabe e consente esta programação amadora que o Porto Canal está a seguir, então ainda piora o diagnóstico.
Por estas razões que não são propriamente recentes, considero a temporada cinzentona do FCPorto, mais do que um acidente de percurso, um sintoma de uma doença que pode vir a tornar-se longa, caso este acumular de incidências negativas se matenha e uma vergonha para os todos os nortenhos e muito particularmente para os portuenses e portistas.
Então, será caso para pensarmos que um novo ciclo terá de se abrir e, talvez com novos protagonistas. Assim, é que não pode continuar.
PS 1-Começo a ficar farto de falar do Porto Canal. Se insisto no tema, é porque gosto da cidade do Porto e do FCPorto, mas como as instituições não são compostas por pedras e sim por pessoas e se esssas, a começar pelas que têm maiores responsabilidades, parecem estar a borrifar-se para os interesses da cidade e do clube, então não auguro grande futuro à aposta do FCPorto de adquirir um canal de televisão.
PS 2-Folgo em saber que hoje no programa 45 minutos à Porto, do Porto Canal, Bernardino Barros tenha enfatizado eloquentemente as poucas vergonhas ocorridas com a arbitragem do jogo com o Nacional da Madeira e os comentários inenarráveis de escrevinhadores "desportivos" e de jornalistas das televisões centralistas. Esperemos que a partir de agora não permitam que nas televisões nacionais se oiça uma única voz e num único sentido.
Subscrevo tudo o que RV afirma, dizendo mais: Para que serve um Canal que se limita a fazer umas transmissões e a dizer umas babozeiras relacionadas com o FCP ! Então o sr Juca quer viver com Deus e com o diabo ! tem medo de perder amigos benfiquista para fazer entrevistas no Porto Canal ! O FCP não paga ! qual é a tua ao Meu.
ResponderEliminarQuando é que o Porto Canal se dispõe uma vez por semana, reunindo portistas a debaterem os problemas do Clube ! Qual é o medo sr Juca...
Espero que no final da época, alguém do clube venha sem constrangimentos dizer aos sócios e adeptos o porquê de termos uma época tão má, e qual foi o critério de escola do treinador e alguns jogadores. Deve ser a pior época de futebol na primeira Liga à uns anos esta parte.
Abílio Costa.
Rui, concordo com o conteúdo do post e aproveito para dizer que hoje, no 45 minutos à Porto, gostei de ver a forma como foi tratada, não só a capelada, como as incidências do Nacional - F.C.Porto, foram tratadas por algumas ratazanas que proliferam por aí.
ResponderEliminarPena F.C.Porto e Porto Canal que venha tarde e o 1º e o 2º lugar já eram. Espero que ao menos a lição fique para o futuro.
Abraço
Abraço
Vila, também assisti ao programa e gostei. Pode ser que a partir de agora as coisas mudem. Foi pena perdermos tanto tempo para compreender o óbvio.
EliminarUm abraço
Caro Rui Valente!
ResponderEliminaroff the topic
Lucílio Baptista é o famoso nomeações
31/03/2014 - Quando Bruno Carvalho anunciou aos jornalistas, fazendo referência a uma conversa telefónica que teve com Luís Filipe Vieira na qual este lhe tinha confidenciado sobre uma hipotética aquisição sonante, não um goleador entenda-se, mas a um tal nomeações como um trunfo para esta época, evidentemente fiquei de pé atrás à espera do que quer que fosse. Qual não foi o meu espanto quando posteriormente tomei conhecimento (descobri) que o tal famoso nomeações era nem mais nem menos que o ex-árbitro de futebol: Lucílio Baptista; alguém famoso por na época em que estava no activo ter beneficiado descaradamente (desavergonhadamente), várias vezes, o clube da águia. A partir daqui, então, fiquei a perceber todo o enredo. Luís Filipe Vieira (hábil) em manobras de bastidores, aquando das eleições para os corpos gerentes da Federação Portuguesa de Futebol tratou de (manobrar) garantir a presença de Lucílio Baptista num dos cargos mais sensíveis da FPF, que é o de nomear os árbitros para os jogos. Assim sendo o presidente do clube da águia deu um golpe de mestre ao garantir os árbitros mais convenientes para o seu clube e os menos convenientes para o principal clube rival. Muito bem! Com um tiro matou dois coelhos.
Está desvendado (ia dizer mistério) o segredo do negócio lucrativo para os lados do Estádio da Luz...! E não há dúvida, o resultado está à vista, esta época os benfiquistas vão em primeiro lugar na classificação geral a uma confortável distância pontual dos principais concorrentes.
FC Porto sempre!
Caro Rui Valente!
ResponderEliminarAcabei agora mesmo de ler o conteúdo do seu texto o qual subscrevo na integra.
Quanto ao Porto Canal, apesar de Bernardino Barros ser um excelente comentador, é no entanto, mesmo assim, muito correcto e moderado; para fazer frente à (des)comunicação social desportiva alfacinha, talvez conviesse alguém mais: contundente e corrosivo; para pôr essa gente no seu lugar.
Cumprimentos,
Armando Monteiro
Subscrevo. O F C Porto está a precisar dum canal televisivo verdadeiramente ligado ao clube e não um espaço televisivo de realidades e vaidades sociais. Quer queiram quer não o Porto Canal é associado ao F C Porto e por conseguinte se não cativar os Portistas, não terá viabilidade. E se não defender os interesses do F C Porto não tem razão de ser.
ResponderEliminarCaros Armandos (Monteiro e Pinto),
EliminarConcordo convôsco na questão da política de comunicação, e de retaliação do FCP/Porto Canal face aos métodos usados pelos media centralistas. É sem dúvida, demasiado elegante para o tipo de gente a quem se destina. Um pouco mais de contundência e mesmo de agressividade no discurso não faria mal nenhum. Eles não entendem nem se sentem beliscados com boas maneiras. Mas também não defendo a adopção dos métodos trauliteiros e insultuosos dos nossos inimigos (não usei a palavra adversários por uma questão de rigor, porque os adversários não se comportam como eles). Acho que se pode ser contundente sem usar da boçalidade daquela gente.
Quanto ao Porto Canal, vou-me repetir: tem vários programas de ambito genérico de excelente qualidade, mas pecam pela escassez, o que explica (mas não justifica) a necessidade de abusarem das gravações. Os conteúdos desportivos são também interessantes, mas falham nas questões relacionadas com o exterior onde se demite do legítimo direito ao contraditório face às campanhas de manipulação contra o n/ clube pelos órgãos de informação centralistas, incluindo os do Estado. O FCPorto através do Porto Canal podia começar a funcionar como um travão a essas investidas e pouco a pouco obrigá-los a moderar o discurso.