Inspirado neste artigo publicado no JN de hoje e assinado por José Manuel Diogo, cuja leitura aconselho para melhor entendimento do que escrevo, quero desde logo declarar a minha simpatia pelo progresso, no qual se incluem as novas tecnologias de comunicação, que para mim só não é total, pelas razões que adiante enunciarei. Antes porém, faço questão de reiterar aquilo que já tive oportunidade de dizer sobre a ideia que tenho do progresso, ou seja: tudo o que possa contribuir para melhorar a qualidade de vida humana, de preferência sem efeitos colaterais negativos... Utopia? Admito que sim. Mas então, progresso que não contemple a segurança da humanidade, também não é progresso, antes um modo utópico de definir o progresso.
O autor, avisa-nos para a necessidade de nos habituarmos à época da comunicação (como ele diz) desmaterializada, o que por outras palavras, significa não corporalizada, com um menor contacto físico entre pessoas (ou empresas), para realizarmos um sem número de serviços e negócios.
Sem querer contestar a ideia de "matéria" do articulista, começo logo por discordar com este seu ponto de vista, porque do meu, tanto o que ele prevê para daqui a dez anos, como o que já acontece agora, está mais materializado que nunca. São cada vez mais os computadores pessoais e as impressoras que tanto jeito nos dão, os responsáveis pela perda de emprego de muita gente, para proveito das grandes empresas.
Em Portugal, raramente, ou nunca, beneficiamos destas evoluções tecnológicas. Por exemplo: se o leitor aderir à factura electrónica para pagar diversos serviços (Electricidade, gás, TVCabo, etc.), está com isso a reduzir os custos dos fornecedores em sêlos de correio, envelopes, impressão e a passá-los para si, sem contudo ser recompensado por isso, bem pelo contrário, os preços estão sempre a subir, por isto ou por aquilo. Logo, não me fascinam as tecnologias que aparecem inicialmente na forma de brinquedo, para logo se tornarem em mais um encargo para o consumidor, apesar das vantagens que nos aportam.
Em Portugal, raramente, ou nunca, beneficiamos destas evoluções tecnológicas. Por exemplo: se o leitor aderir à factura electrónica para pagar diversos serviços (Electricidade, gás, TVCabo, etc.), está com isso a reduzir os custos dos fornecedores em sêlos de correio, envelopes, impressão e a passá-los para si, sem contudo ser recompensado por isso, bem pelo contrário, os preços estão sempre a subir, por isto ou por aquilo. Logo, não me fascinam as tecnologias que aparecem inicialmente na forma de brinquedo, para logo se tornarem em mais um encargo para o consumidor, apesar das vantagens que nos aportam.
Hoje, já há muita gente a usar os computadores e seus derivados (Tablets, Ipad's, Smartphones), que reagem invariavelmente de forma acrítica e demasiado entusiasta às novas tecnologias. Mas tal como os fabricantes, deixam para mais tarde (ou para nunca), as questões relacionadas com os efeitos no meio ambiente de milhares de milhões de pilhas e adaptadores que depois de usadas vão para as lixeiras poluir terras e águas de cujos produtos nos alimentámos. A isto, recuso-me a chamar progresso, embora também tenha o meu PC e Telemóvel, porque, como a grande maioria dos cidadãos, fui coagido pelo mercado a participar num estilo de vida para o qual nem sequer fui consultado.
Por isso, é fácil, mas não menos cínico, para os defensores e fanáticos destas modernidades, argumentarem que ninguém nos "obriga" a adquirir estes produtos, mas eles sabem bem como somos empurrados para "conviver" com elas, correndo o risco de nos desenquadrarmos da realidade, com os custos que tal importa...
Por conseguinte, não auguro nada de esplendoroso para as gerações vindouras quando descobrirem, ou sofrerem na pele, as consequências dos efeitos secundários das tão idolatradas novas tecnologias.
Por isso, é fácil, mas não menos cínico, para os defensores e fanáticos destas modernidades, argumentarem que ninguém nos "obriga" a adquirir estes produtos, mas eles sabem bem como somos empurrados para "conviver" com elas, correndo o risco de nos desenquadrarmos da realidade, com os custos que tal importa...
Por conseguinte, não auguro nada de esplendoroso para as gerações vindouras quando descobrirem, ou sofrerem na pele, as consequências dos efeitos secundários das tão idolatradas novas tecnologias.
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