Clicar sobre as imagens para ampliar |
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O Porto esteve sempre ligado a acontecimentos de maior relevo da História nacional. Na génese do nome do país (Portucale)foi berço do Infante D. Henrique e fiel depositário do coração de D. Pedro IV em homenagem aos tripeiros pelo contributo prestado à causa liberal. Factos históricos que, repetidamente os governos centralistas parecem desprezar. É tempo de exigirmos o respeito que nos é devido.
Valeu para muita coisa. Uma delas foi a partidocracia que existe e que se aproveitou de tudo de bom que a democracia possui..transformando o pais numa coutada de grupos, amigos e caciques em que o povo vota.. Jose Carlos
ResponderEliminarBoa tarde RUI VALENTE,
ResponderEliminarCaro RUI VALENTE,
Antes de mais o meu obrigado por nos ter proporcionado a leitura e visualização destes acontecimentos. Tratou-se na minha perspectiva dum trabalho militante, uma tentativa (mais uma)de acordar este povo e mostrar-lhe que lutar por aquilo em que se acredita nos renova a alma a cada dia que passa. Perante a questão colocada: "Terá valido a pena? Afinal, o que ganhamos com o 25 de Abril ?
Provavelmente o mesmo que ganhamos com a Restauração, A revolução Liberal, o 31 de Janeiro etc.. E assim será até ao fim dos tempos.
Somos assim, nem mais nem menos. Peço desculpa por usar e abusar de citações, prefiro dizer como Eduardo Lourenço, no seu livro O LABIRINTO DA SAUDADE do que abastardar a reflexão: " o fundo do carácter português é constituído pela mistura fascinante de fanfarronice e humildade, de imprevidência moura e confiança sebastianista, de «inconsciência alegre» e negro presságio" e que " o que é necessário é uma autêntica psicanálise do nosso comportamento global, um exame sem complacências que nos devolva ao nosso ser profundo ou para ele nos encaminhe ao arrancar-nos as máscaras que nós confundimos com o rosto verdadeiro."
Em todas as situações históricas acabamos a desempenhar o mesmo papel. Empurramos o" carro", mas não lhe controlamos a queda. Ficamos a ver no que dá. Fatalmente dá sempre no mesmo.
No 25 de Abril, ganhamos a Liberdade por vontade revolucionária de uns tantos. Ganhamos uma Constituição onde foram plasmadas as principais conquistas ( entre elas a Regionalização do território) e depois ficamos a ver quando é que" o carro ia bater". A "nossa imprevidência moura e confiança sebastianista" trataram do resto. Trapaceada a revolução (Kissinger; Carlucci, MRPP do Barroso e companhia, os partidos saídos da ala liberal marcelista PSD / CDS) e o APADRINHAMENTO do 2º governo constitucional pelo PS, através da coligação com o CDS e a promessa exigida por Freitas do Amaral de que o Socialismo ia para a gaveta, trouxe-nos até aqui. A comunicação social nas mãos dos "donos disto tudo" e a inevitabilidade que nos é impingida a cada hora de que a escolha credível é nos partidos do arco da corrupção.
Este meu comentário já vai longo, porém não resisto a mais uma citação, esta de Guerra Junqueiro:UM RETRATO DE PORTUGAL HÁ 118 ANOS
"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta.
Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro.
Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País.
A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas.
Uma vez mais as minhas desculpas pela extensão deste meu desabafo (comentário).
Cumprimentos
Caro Guilherme,
ResponderEliminarÉ este o povo que temos. Como tal, não podemos esperar grandes lideranças, grandes governantes. Os anos passam, e a história não muda. Quanto à Liberdade que conquistamos no 25 de Abril, percebo onde quer chegar, mas sinceramente, pela parte que me toca, para além de não poder votar no Estado Novo (as eleições eram forjadas), agora podemos votar mas não temos partidos capazes de se responsabilizarem perante os eleitores, o que não difere muito do que acontecia em ditadura.
De resto, não pedi a ninguém a minha Liberdade. Conquistei-a eu mesmo.
Um abraço e comente à vontade, caro amigo
Ó seja, Portugal teve sempre uma pedra no sapato chamado Terreiro do Paço, que nunca nos deixa ir a lado algum. Hoje com este centralismo todo poderoso, carrasco do progresso, para onde vamos.
ResponderEliminarNós somos, ou seja, Portugal é, na UE, um gueto um bairro de lata, um penico, governado por políticos corruptos (um está preso) e incompetentes, a mando de uma mulher feia e gorda, em que o seu país, só tem feito historia na Europa sempre pelas piores razões.
O Estado Novo cortou-nos a Liberdade, o 25 de Abril deu-nos a Liberdade para se votar, em Quem !?...
Abílio Costa.