Adeptos do FCPorto em Arouca |
O facto de o FCPorto ter vencido este jogo com uma margem confortável não me fez esquecer as dificuldades do costume. Lentidão, demasiados passes para trás e para o lado, enfim, uma tremideira em progredir com a bola que não se compreende. Não creio que por reconhecer a manutenção deste tipo de futebol, me possam acusar de qualquer exagero, até porque duvido que muitos adeptos não tenham sentido o mesmo que eu, embora essa desagradável sensação tenha sido muito atenuada pelo resultado vitorioso.
De positivo, e contrariamente ao que mais valorizo no futebol, que é o jogo de equipa e a sincronização de movimentos entre jogadores, devo destacar a estreia auspiciosa de Jesús Corona, com dois golos oportuníssimos, a entrega de Aboubakar, de André André, a classe de Rúben Neves e finalmente o (ainda) tímido perfume de Imbula. Na minha opinião de mero espectador, foram eles que coloriram a exibição e contribuíram para que o resultado não fosse outro. Não porque o Arouca merecesse outro resultado - porque o FCPorto foi superior -, mas porque a equipa ainda mostra fragilidades a assimilar este sistema de jogo e se perde num vai-vem de monotonia que lhe pode custar caro quando tiver de aproveitar as poucas oportunidades que terá para marcar.
De resto, como esperava, o árbitro, já conhecido dos portistas por não perder oportunidade para prejudicar o FCPorto, mostrou ao que ia. Exibiu cartões amarelos com a discriminação que se lhe conhece, uma série deles para os jogadores do FCPorto, alguns patéticos, intimidou o nosso treinador e só não foi mais longe porque não pôde. Já com os jogadores do Arouca assobiou para o lado a alguns deles que mereciam um apito bem sonoro...
Resumido: tudo está bem, quando acaba bem. Mas, fica o aviso: se a máquina não fôr definitivamente oleada, se os jogadores não perderem o medo de ter bola (às vezes é isso que me parece), se não tiverem fome de baliza, não pressionarem mais à frente e forem um bocadinho mais expeditos, podemos ter de replicar filmes já vistos... Se isto coincidir com a apatia do ano passado da Direcção portista em relação ao colinho dado ao Benfica, podemos vir a arrepender-nos.
Concordo perfeitamente que sem fazerem uma grande exibição estiveram uns furos acima do normal, mas, o FCP tem equipa para cilindrar mais, assim o treinador mude um pouco a sua chata contenção de jogo e seja mais prático. André André é um poço de energia, gostei dos últimos reforços do FCP.
ResponderEliminarQuanto a esta peste de arbitro sem categoria, como não pôde fazer expulsões, nem anular golos porque o FCP não lhe deu possibilidades, o anormal amarelou mais de meia equipa azul e branca ao contrário com a equipa do Arouca em que foi perdulário.
Abílio Costa.