15 outubro, 2015

Rui Rio o eterno senhor Nim



Quem estiver interessado em ler o artigo de opinião de Rui Rio, publicado no Jornal de Notícias de hoje (cada vez mais lisbonário), poderá lê-lo na íntegra, aqui. A parte que a mim me interessa destacar [o resto do artigo, são desculpas próprias de quem não tem convicções], é o último ponto, o número 4 :
Num país profundamente centralizado como Portugal, lançar uma candidatura presidencial vencedora e nacionalmente reconhecida a partir de uma cidade que não a capital do país, é uma tarefa muito próxima do impossível. Apesar disso, um conjunto de pessoas independentes e pessoalmente desinteressadas, que apenas têm em mente o interesse público no quadro das suas convicções pessoais, conseguiram lançar nos últimos três meses as bases fundamentais para que o arranque pudesse ser possível do ponto de vista logístico e operacional. A todos eles devo uma sincera palavra de gratidão, de profundo respeito e de admiração por cidadãos que são verdadeiramente exemplares do seu ponto de vista cívico.
Só que, a par destes fatores indispensáveis (e bem raros na política portuguesa), há o elemento político que temos de equacionar. E, esse, tenho a obrigação de o deixar aqui bem explícito perante os portugueses.
Como disse em 2 de setembro, não tinha nem tenho qualquer dúvida que, do ponto de vista tático, devia ter lançado a minha candidatura nessa altura. Só que, como também então o disse, os seus pressupostos não acomodavam condicionantes exclusivamente táticas; acomodavam, como referi, um projeto para o país. E a exequibilidade desse projeto, pelas diversas circunstâncias da vida política nacional, apenas poderiam ficar claras após as eleições de 4 de outubro.
Foi por essa clarificação que esperei e é ela que me permite ter hoje uma leitura política final e uma decisão de não candidatura sustentada e coerente.

Foi este mesmo homem, este Rui Rio, não outro, que para agradar ao tal centralismo de que agora se lamenta, entrou a matar, assim que chegou ao Porto, qual Tarzan agarrado a cipó, não hesitando em desconsiderar a grande maioria dos portuenses, hostilizando frontalmente o maior clube da cidade e o mais representativo e prestigiado do país, o FCPorto. 
Uma frontalidade de coragem duvidosa, pois nunca o vimos incomodado com as poucas vergonhas e as perigosas promiscuidades entre a Câmara de Lisboa e o Benfica. Nunca o vimos proferir uma palavra de repúdio pelas figuras miseráveis, abjectas mesmo, que colegas do seu partido, como Rui Gomes da Silva, e tantos outros, fizeram e continuam a fazer, nas televisões públicas e privadas deste país. Rui Rio, é de compreensão lenta quando as prosmiscuidades sopram do sul... Precisa de tempo, de muito tempo mesmo, para perceber o que se passa na capital... Foi por isso, que antes de sair da Câmara do Porto disse, com a demagogia que o define, que ainda não estava convencido dos benefícios da Regionalização. Mas, finalmente, percebeu, agora, que os amigos dos partido lhe viraram as costas. Terá esta facadinha chegado para o convencer?  
É muito bem feito, Rui Rio! Vais morrer, do mesmo veneno com que ousaste afrontar os portuenses e quiseste engraxar os teus amigos da sempre traiçoeira capital. 
Termino dedicando-te esta singela expressão:


"Quando a verdade dói, a importância das coisas surge, e instala-se a certeza". 

1 comentário:

  1. Só lhe devo dizer que este Rio é um rio de nada.

    Abílio Costa.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...