11 julho, 2016

A minha alegria...


pela conquista do primeiro Campeonato Europeu de Futebol, não passa pelo histerismo mediático que se implantou no país, nem tão pouco pelo oportunismo daí decorrente. Já tinha escrito antes, e volto a escrever, que enquanto houver "jornalistas" a olhar para Lisboa como fosse nome de país e não de capital, e a usar o sucesso da selecção para promover os jogadores e clubes da 2ª. circular, nunca alinharei nessa euforia de falso patriotismo.

No que diz respeito ao feito desta selecção, há que louvar o espírito solidário e de resiliência, tanto dos jogadores (sem execepção) como do treinador Fernando Santos. Não venceu dando grandes espectáculos, é verdade, mas com o pragmatismo e o realismo dos grandes líderes. Por isso, digo com toda a franqueza, que apesar do histerismo a que atrás aludi, gostei daquele grupo de jogadores, todos, incluindo os que não tiveram oportunidade de jogar. Eles, só eles, o treinador e o público, mereceram esta grande alegria, mais que não seja por contribuirem para a moralização de um povo fustigado pelas contínuas trafulhices de governantes miseráveis. Destes portugueses sinto asco, um desprezo mortífero.

Como desprezo, o despropósito dos mesmos do costume (pasquineiros da imprensa, rádio e tv) de continuarem a promover os clubes da capital, com incidência tendenciosa para o Benfica, à pála da selecção como genuínos parasitas de fazer inveja aos xulos do Bairro Alto. Ainda agora, por altura da aterragem do avião que transportava a selecção no aeroporto de Lisboa, pudemos assistir a mais um golpe destes. Logo a seguir à abertura da porta de saída do avião, houve alguém que decidiu colar na fuselagem a fotografia do Eusébio como se ele fizesse parte da selecção. Isto, é não só uma falta de respeito pelos jogadores que acabaram de realizar este sonho, como pelo próprio Eusébio, que já cá não está entre nós, e que apesar de ter sido um grande jogador, tal como Ronaldo,  também não jogava sozinho e nem sequer conseguiu a mesma proeza da actual selecção, apesar da prematura publicidade dada a Renato Sanches, que como ontem se viu nem sequer foi dos melhores.

Mas é assim o fanatismo  centralista, lisboetizar um país quando devia uní-lo. A esses, dedico o meu maior e eterno desprezo.

4 comentários:

  1. Mais uma vez estou totalmente de acordo com o que escreveu.Também gostei de ver os franceses perder, chauvinistas, talvez tenha servido para aprender a serem mais humildes.
    Abraço
    Manuel da Silva Moutinho

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  2. Olhai, tanto o Rui, como--somos todos basques, não é?, de resto, mesmo eu me incluo, porquê? Somos mansos, mansarrões, mas não é por isso que temos que ser, e continuar a ser, basbaques. Ontem fui à Av. dos Aliados/Praça da Liberdade. Fiquei satisfeito, com o golo do guineense Eder, sobretudo para satisfação, claro, dos emigrantes em França, que são provenientes deste Norte, mais, bem mais, que 70%. Alegre, mas comedido.
    Se dúvidas tinha, ontem, não as tenho hoje. Então a Selecção de Todos Nós, nem uma, pequeníssima escala, fez no Aeoroporto de Pedras Rubras (o nome que os Lisbonários, puseram a este aeroporto é de muito má memória e, para supersticiosos, por o nome de um falecido, por atentado ou acidente, a quem morreu num acidente de aviação, é de molde a fazer fugir dele os Crentes em Fátima). E, menosprezando até, a Capital donde são, a imensa maioria dos emigrados económicos em França? Nada?
    E, põe-se um gajo qualquer a cantar uma versão moderna do rústico "Português Suave" que, Salazar o ditou e Lisboa obedeceu (que não o Porto!), sendo o estilo "Português Suave", sem nada a haver com qualquer marca de tabaco de cigarros da Tabaqueira, sim, a uma mania que invadiu Lissabon, de na frente de qualquer janela, o patêgo de Santa Comba, obrigar, inclusivamente, a ter-se sardinheiras, renovado com o "Aí que saudades eu tenho da minha humilde casinha, a sete metros do chão" ou coisa equivalente? Faduncho (SÓ e exclusivamente o fait pour l'Olympia par la Mistress Amalia Rodrigues; jamais o Fado de Coimbra--ainda por cima, com afinação das cordas, completamente diferente. Mas, Coimbra, ainda vem no mapa?), o Futebol do Escravo Moçambicano Eusébio (e, lá por isso, do Neo-Escravo Guineense Eder) e as superstições da Irmã Lúcia, analfabeta, que visionou, como se tivesse tomado 10 mg de LSD, para Fátima.
    Caríssimo Rui, este blogue é seu e, é perfeitamente compreensível, que corte estas palvaras de Revolta, não Republicana, mas Carbonária. Pois deixemo-nos de tretas, sem querermos ser frontais. O Verde, é o verde dos Campos e o do Mar. O Vermelho, é a cor do Sangue de quem combateu por esta Pátria, que é Portugal. Tretas! Como na bandeira italiana, são as côres da carbonária. Só que nesta última, o mau gosto da junção destas cores primárias (e aberrantes) está atenuado pelo branco!
    Até posso ser carbonário, como Buíça, mas estas cores aberrantes, não as suporto mais!
    Um grande abraço, para si, Rui. Nunca, lho digo francamente, para que não use o seu Lápis Azul. Fazendo-o, sei, por certo, que o fará ajuízadamente e, não com o meu fervor de sangue celta. Latino, fica mais a Sul. E a todos os Nortistas, que façam o favor de me ler... Pensando na Causa das Coisas e não Somente na Aparência.
    Júlio Manuel

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  3. O lápis azul só o uso quando por aqui passam alguns pardais, cobardes e anónimos que, como é próprio dos cobardes só sabem é insultar.

    Por isso Júlio, não tenho porque não publicar o seu comentário, com o qual. aliás até estou de acordo.

    Um abraço

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  4. Desprezo todo este tipo de hipocrisia de nojo desta gente pequenina que se põe em bicos de pés para defender o tacho na comunicação social e agradar aos Padrinhos do futebol.
    Estou feliz pela vitoria mas sereno.

    Abílio Costa.

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