A razão pela qual publiquei o artigo da jornalista Paula Ferreira relacionado com os taxistas deve-se ao facto de se tratar de uma classe profissional que ao longo dos anos pouco ou nada fez para melhorar a péssima imagem que criou na opinião pública.
É uma profissão tão importante como outra qualquer, mas se ainda goza de má reputação deve-se, única e simplesmente à classe, que nunca foi capaz de se adaptar ao fenómeno da concorrência de forma inteligente, começando por alterar comportamentos, que vão da seriedade ao respeito, ou seja, optando pelas regras da boa educação. Nem falo na comodidade do serviço, porque isso sempre implicará custos que provavelmente a maioria não poderá comportar, mas já posso falar do asseio, por exemplo, que é uma qualidade intrínseca às pessoas civilizadas, e isso, tal como descreve a jornalista, nem sempre é explícito.
É uma profissão tão importante como outra qualquer, mas se ainda goza de má reputação deve-se, única e simplesmente à classe, que nunca foi capaz de se adaptar ao fenómeno da concorrência de forma inteligente, começando por alterar comportamentos, que vão da seriedade ao respeito, ou seja, optando pelas regras da boa educação. Nem falo na comodidade do serviço, porque isso sempre implicará custos que provavelmente a maioria não poderá comportar, mas já posso falar do asseio, por exemplo, que é uma qualidade intrínseca às pessoas civilizadas, e isso, tal como descreve a jornalista, nem sempre é explícito.
A necessidade de ganhar a vida numa época conturbada como a que vivemos, em que a oferta de emprego não abunda, e as condições são cada vez mais precárias, leva muita gente a aceitar cargos para os quais não tem o menor perfil, e é aí que começam estes (e outros) problemas.
Qualquer cidadão que aceite um emprego sem ponderar bem se reune os requisitos para o desempenhar, sujeita-se a ter muitos dissabores, sobretudo se o lugar exigir o contacto directo com o público. É o caso dos taxistas, e de muitas outras profissões. Quase todos nós passámos por isso alguma vez na vida, mas é conveniente não desistirmos de procurar fazer aquilo de que mais gostamos e que se adequa melhor ao nosso temperamento. Nem sempre é possível, é certo, mas é preciso tentar, caso contrário geramos uma imagem profissional muito negativa que irá afectar todos os colegas, incluindo os que gostam do que fazem e se sentem injustiçados com as generalizações negativas.
Qualquer cidadão que aceite um emprego sem ponderar bem se reune os requisitos para o desempenhar, sujeita-se a ter muitos dissabores, sobretudo se o lugar exigir o contacto directo com o público. É o caso dos taxistas, e de muitas outras profissões. Quase todos nós passámos por isso alguma vez na vida, mas é conveniente não desistirmos de procurar fazer aquilo de que mais gostamos e que se adequa melhor ao nosso temperamento. Nem sempre é possível, é certo, mas é preciso tentar, caso contrário geramos uma imagem profissional muito negativa que irá afectar todos os colegas, incluindo os que gostam do que fazem e se sentem injustiçados com as generalizações negativas.
Vale isto por dizer, que os taxistas não estão sós no extenso grupo de profissões mal cotadas no mercado de trabalho. Como é sabido, os próprios jornalistas, a quem recorro amiúde publicando aqui os seus artigos (como foi o caso), gozam de uma péssima reputação, e contudo, também sou muito crítico com eles, o que não quer dizer que os considere todos maus. Mas que também gozam de má fama, disso ninguém os livra. Pena é que os bons profissionais tenham medo de enfrentar os maus, e quando assim é são corresponsáveis pela degradação da imagem de toda a classe. E das duas, uma: ou a maioria, são maus jornalistas que dominam os bons pela letargia destes, ou se não dominam significa que os "bons" se acomodam, tornando-se cumplíces dos maus.
Portanto, neste filme, ninguém está inocente. Portanto, não se queixem das generalizações.
Portanto, neste filme, ninguém está inocente. Portanto, não se queixem das generalizações.
Há uma expressão simples a que sempre atribuí grande importãncia e que reza assim: SER, é ser diferente.
Eu ainda sou do tempo em que o taxista usava farda e boné e não era qualquer um que era taxista, os mais velhos sabem disso. Eu não gosto de fardas a não ser em algumas instituições como militares e algumas outras profissões. Agora ir de oito para oitenta! Alguns só lhes falta vestir calções e andar de chinelos e vê-se isso em algumas pintas de motoristas de táxis que servem esta profissão.
ResponderEliminarNão sou contra os taxistas mas perdem a razão quando passam à agressão por dá aquela palha e vê-se as pintas dos principais arruaceiros.
O Governo tem que ser rápido a tomar decisões e não andar com paninhos quentes.
Abílio Costa.
Abílio,
ResponderEliminareu também não sou contra a classe, sou contra a imagem arrogante que eles fazem questão de exibir. Isso, não suporto mesmo. Uma vez, quase cheguei a vias de facto com um gabarola que mal entrei no carro se pôs a dizer mal de tudo e de todos, de tal forma que me obrigou a dizer-lhe na cara o que pensava de alguns colegas seus.
De resto, como em qualquer outra profissão, tem o direito de olharem pelos seus interesses, mas não é cilindrando os interesses dos outros, como parece ser o caso.
Caros,
ResponderEliminarÉ sobejamente conhecido o mau caracter de alguns (porventura mais do que o que seria aceitavel) dos "taxistas"!
Ninguém o pode negar!
Todavia, nao me parece que esse seja o problema em discussao na actualidade.
Trata-se de uma actividade economica que gera receitas, impostos para o estado, etc...
Como em qualquer actividade economica com o minimo de expressao, cria riqueza e revela-se fulclar para a vida de muitas familias que dela dependem.
Em bom rigor, a oferta Uber apresenta-se agressiva em termos economicos mas nao me parece que seja a mesma coisa, nao me parece!
Ao que sei, qualquer um de nos pode trabalhar para a Uber por ex. nos tempos livres e isso nao é a mesma coisa que ter um profissional dedicado a 100% (falo em nome dos bons profissionais obviamente, que os hà, ou nao?).
Insisto portanto que "quem manda" deve de defender a classe actual, sem fechar as portas de forma controlada a solucões alternativas/propostas diferentes, e obviamente, concordo, que a classe actual deve de de alguma forma regenerar-se/modernizar-se!
Exemplo: Actualmente, em alguns establecimentos, quando pagamos por MB, aparece de forma breve no final, um pedido de apreciacao do nivel/qualidade do atendimento...
Cmpts
DB
Deacon,
ResponderEliminarcomo vê, nem sequer temos pontos de vista diferentes. É preciso regenerar comportamentos, caso contrário os taxistas ficarão sempre com o estigma do mau profissionalismo. Aliás, hoje em dia (infelizmente) poucos escapam da má fama, até os médicos,imagine!
Cumpts
A sociedade está doente. Os taxistas, generalizando, parece que sempre o estiveram. A maioria gente completamente impreparada.
ResponderEliminarO aparecimento da Uber vem consubstanciar uma sociedade sem regras nem fiscalização. Qualquer indivíduo presta qualquer serviço sem qualquer controlo.
Os taxistas podem queixar-se deles próprios. À semelhança de muitos pequenos e médios empresários do nosso Portugal, usam e abusam de todos os subterfúgios para fugir aos impostos. No fundo nunca quiseram que a sua actividade fosse fiscalizada.
Agora que aparece concorrência querem uma fiscalização apertada. Em que ficamos? Vão começar a pagar impostos ou querem ser só eles a fazer trabalho de taxista mas sem fiscalização da qualidade da actividade e das suas responsabilidades sociais?
Enfim, quando a economia não dá para mais, vêem ao cimo todos os podres da sociedade.
A realidade é que a evasão fiscal é monstruosa e classe política que a deveria impor e depois utilizar esse dinheiro para devolver poder de compra à população, rouba à luz do dia com um sorriso nos lábios.
Este caso da Uber revela problemas sociais e políticos bem mais profundos. É a tal "economia de mercado" em que os "mercados decidem". Até os privados irem à falência e depois aparecer o Estado, esse inimigo dos "mercados", para os salvar.
Só à bomba amigo Rui.
É verdade Soren, só à bomba!
ResponderEliminarO problema dos taxistas é abrangente a quase todas as profissões. Hoje, nem sequer podemos falar de profissões de prestígio. Está provado que o prestígio está na honra de cada um, não na actividade profissional.
Médicos, juízes, advogados, etc., etc., já não querem saber do prestígio para nada, o dinheiro, a ambição desmedida (muito, de preferência) são os único valores que os movem. Não serão todos, certamente, mas como quem cala consente, não se livram do triste papel de cumplíces, por omissão. Mas, quem os convence a "limpar" a casa?