À D'artagnan: um por todos, e todos por um |
O FCPorto tem esta noite mais um grande desafio pela frente, que é tentar ultrapassar a Juventus de Turim, mais conhecida pela La Vecciha Signora, em mais uma etapa da Champions League. É um adversário poderoso em todos os sectores, com jogadores de alta qualidade, a começar pelo guarda-redes, o histórico Buffon, até ao exímio goleador Higuaín.
Por seu lado, o FCPorto está a passar por uma fase positiva, mais em resultados que em consistência exibicional, o que é sempre um sintoma neutro. Sem fugir do registo habitual, Nuno E. Santo, garante-nos que a equipa está preparada e com vontade de competir. Quer o Dragão cheio, e concerteza que irá tê-lo, espera um grande jogo, e nós adeptos, também. À partida, a sintonia entre ele e nós, é total.
Se, quando o treinador portista afirma que a equipa está preparada, quer dizer-nos que está bem treinada para aproveitar os poucos espaços que supostamente terá para rematar à baliza, e que na impossibilidade de se aproximar dela irá ensaiar remates de média/longa distância, é já um progresso. Como o seu próprio discurso enuncia, a equipa continua a crescer. Fá-lo, sem contudo nos dar bem a ideia dessa evolução, sem sabermos se esse percurso tem contemplado o remate sem preparação com a força muscular no ponto.
Não há ninguém que de boa fé, possa afirmar o contrário, chuta-se pouco e mal em Portugal. Na formação do FCPorto, isso é mais que evidente, os poucos golos que se marcam resultam mais de toques rápidos, do encostar o pé na bola para a baliza, do que de chutos na verdadeira acepção do termo. É raríssimo assistirmos a golos provenientes de remates fortes e bem colocados, e ainda mais raro de remates espontâneos para explorar o factor surpresa. Pelo que me é dado observar, em Portugal sempre se trabalhou muito mal este factor importantíssimo do futebol.
Não há ninguém que de boa fé, possa afirmar o contrário, chuta-se pouco e mal em Portugal. Na formação do FCPorto, isso é mais que evidente, os poucos golos que se marcam resultam mais de toques rápidos, do encostar o pé na bola para a baliza, do que de chutos na verdadeira acepção do termo. É raríssimo assistirmos a golos provenientes de remates fortes e bem colocados, e ainda mais raro de remates espontâneos para explorar o factor surpresa. Pelo que me é dado observar, em Portugal sempre se trabalhou muito mal este factor importantíssimo do futebol.
Salvo insólita distracção da equipa italiana, tão matreira e dura a atacar, como a defender, os jogadores do FCPorto irão ter grandes dificuldades para lhes marcar um golo se não souberem ser igualmente matreiros e oportunistas. O lema olímpico, mais rápido, mais alto e mais forte, é para levar a sério nestes jogos, se a ambição é mesmo chegar o mais longe possível numa prova de Campeões.
Sem beliscar um milímetro que seja a grande victória (já distante) sobre a Roma, é acertado lembrar que nesse jogo houve 2 jogadores italianos que abusaram da dureza a ponto de serem expulsos, e isso, diga-se o que se disser, facilitou-nos a vida. Mas, nem sempre acontece assim. Nem sempre a dureza dos italianos chega ao patamar da violência, e nem sempre deparámos com árbitros tão rigorosos, sobretudo com as equipas portuguesas... Por isso, cuidados e caldos de galinha nunca são demais.
Parafraseando o treinador do FCPorto, é altura de mostrarem aos adeptos o quanto cresceram. A garra já quase atingiu a maturidade, falta o resto. Provem-no.
E, força FCPorto! Hoje queremos um Porto canibal, comedor, guloso, insaciável.
Será pedir demais?
Nota do pós-jogo:
Houve garra, como esperava, mas pouco mais. Uma equipa construída para defender arrisca-se a perder. E perdeu. E quem foi comido foi o FCPorto, ou melhor, foi Nuno Espírito Santo.
Nota do pós-jogo:
Houve garra, como esperava, mas pouco mais. Uma equipa construída para defender arrisca-se a perder. E perdeu. E quem foi comido foi o FCPorto, ou melhor, foi Nuno Espírito Santo.
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