30 maio, 2017

Mais do mesmo na próxima época, ou o sangue na guelra vai ressuscitar?

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Não batemos no fundo, pois não?
Escrevi aqui,  e  reiterei várias vezes,   que  a falta de liderança no FCPorto era um  facto consumado, e que o presidente Pinto da Costa já não era a mesma pessoa enquanto líder. Não o fiz de supetão,  mantive  a  moderação que entendi  adequada durante as duas primeiras épocas falhadas, na expectativa que  tudo  não  passasse de um mau momento, de uma fase menos feliz. Enganei-me.

Nos últimos anos, e em função do que pude observar, como contratações de treinadores sem perfil (nem currículo) para treinar o FCPorto, como a aquisição cara de alguns jogadores que nunca chegaram a provar qualidade que justificasse o seu preço, comecei a reforçar a ideia de que o problema estava no homem do leme. Finda esta época, não só reforcei essa convicção, como a tomei como dado adquirido indiscutível. Que me desculpe o homem que tão bem soube gerir o FCPorto, mas parafraseando as suas próprias palavras, o clube está primeiro.

Também falei de algo relacionado com as consequências da perda de líderança num grande clube como FCPorto. Uma delas, foi recear que o efeito dominó contagiasse as modalidades e a formação, e foi isso mesmo que acabou por acontecer. Tivemos resultados decepcionantes nos juvenis. O contrário, é que seria de admirar. Curiosamente, a equipa B só se sentiu confortável fora de portas, a ponto de conquistar um troféu europeu, e não foi pela falta de qualidade dos adversários, foi porque em Inglaterra os árbitros, arbitram mesmo... 

Ninguém me convence que um líder passivo e sombrio, como é hoje Pinto da Costa - com 4 campeonatos seguidos falhados -, possa ser uma boa fonte de inspiração "guerreira" para atletas e treinadores. De mais a mais quando as estruturas federativas e disciplinares do futebol profissional (e não apenas) foram ocupadas de forma ostensiva e provocadora, por membros afectos ao Benfica que nem sequer se deram ao cuidado de dissimular ao que iam. Em quem se podiam os jogadores inspirar, se viam o clube a ser prejudicado em todas as modalidades e escalões, jornada pós jornada, se o comandante da "fortaleza" não abria a boca para a defender?

É isto que muitos adeptos parecem ainda não ter entendido, o que pode ser muito negativo para o FCPorto. Há ainda alguns portistas, que lá no fundo preservam a réstea esperança de na próxima época as coisas poderem voltar à normalidade, e às victórias. Mesmo com o presidente alheado da liderança efectiva...

Os portistas esquecem-se, que os slogans não se inventam porque sim, tem de haver um líder a alimentá-los, a dar-lhes pragmatismo. Num passado relativamente próximo, a expressão "contra tudo e contra todos", só ganhou alma porque o líder tratava de a transmitir, mas isso agora acabou. Percebo a tese de alguns que dizem, que mesmo assim, com os árbitros contra nós, podíamos ganhar. Eu corroboro nisso, mas só em parte. Para tal acontecer, devíamos pelo menos ter tido a sorte de ter um bom treinador, e nem isso tivemos. E também, porque não se pode considerar bom treinador um homem que falhou repetidamente  quando era fundamental ganhar, e quando o adversário directo perdia pontos. Um treinador que, com razão para protestar muitas arbitragens, consentiu-as com o seu silêncio. Se a tudo isto juntarmos o principal problema (a falta de liderança no tôpo da pirâmide), convenhamos que é profundamente irrealista esperar dos jogadores a força e a determinação que o líder desistiu de transmitir.

Salvo uma súbita volta de 180º, palpita-me que nada irá mudar. Nem mesmo o programa Universo Porto da Bancada terá qualquer utilidade se continuar no registo que sabemos, que é constatar factos de gravidade extrema para o FCPorto sem os apresentar a quem de direito, que é a Justiça civil. Às vezes, deixa-nos a impressão que aquilo não é para levar a sério. Hoje à noite, talvez tenhamos a confirmação.

OBS-
No início da época, achei que todas as modalidades, à excepção do Basquete, tinham bons planteis e treinadores, incluindo Moncho Lopez que admiro particularmente. Mantive essa opinião até há pouco tempo. O basquete que me parecia pior apetrechado de jogadores, foi sempre em subindo e está qualificado para a final. Tanto o andebol, que para mim tem o melhor plantel nacional, bem como o hóquei, pareciam-me sérios candidatos ao título, no entanto as coisas parece terem-se complicado. Será tudo azar?


2 comentários:

  1. Bom post com o qual concordo inteiramente. De facto o Universo Porto da Bancada é um bom programa e já devia ter aparecido mais cedo. Desmascara situações e depois? Se nada mais for feito e se se ficar só por isso quais as consequências? Nenhumas como se tem visto. É preciso dar o passo em frente e fazer chegar a quem de direito o que é desmascarado para haver consequências. Mas haverá vontade para isso? De que adianta reclamar na tv se o comandante depois de ser roubado vem dizer que o ladrão afinal não roubou?

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  2. Boa noite, Sr. Rui Valente

    Concordo com o post, mas como o Presidente fica por mais uns 3, 4 anos de mandato, pouco se pode fazer senão acreditar...

    Mas escrevo mais para realçar a importância de um bom líder de balneário, ou seja, de um bom condutor de homens, em suma, de um bom treinador.

    É suficiente para ganhar? Talvez não, mas que ajuda muito, ajuda.

    E o que temos visto nos últimos anos? Em todas as modalidades e nos escalões mais jovens, uma escolha ao sabor do vento, sem estratégia ou um plano convincente para se ganhar.

    Veja-se quem ganhou títulos nos últimos anos:
    Franklin no hóquei há 7 anos.
    To Neves no hóquei há 4 anos.
    Obradovic no andebol há 2 anos.
    Moncho no basket o ano passado.
    Luis Castro na B o ano passado.
    Folha bi-campeão nos sub-19 o ano passado e este ano vence a Premier Cup na B.

    De 5 só já temos 2 nos quadros e os que vieram substituir pouco ou nada acrescentaram...

    Principalmente porque é Gente nova, pode ganhar, mas pode também não ganhar, e nos momentos da verdade falta capacidade de liderança de grupos, e essa liderança, salvo algumas exceções só vem com a experiência e a idade.

    E esta experiência é ainda mais importante quando o clube passa por uma crise de resultados na principal modalidade, o futebol da equipa A...

    Cumprimentos, Gil Lopes

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