09 maio, 2017

Que mundo feio este

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Duarte Lima, um estadista...
Lançando um olhar probo sobre o mundo, para a situação anárquica em que se encontra, nada me convence que se quisermos preservar a liberdade e optimizar as virtudes da democracia, sem antes aprimorarmos o funcionamento dos partidos, as hipóteses de melhoras serão nulas.

A iniciativa teria de passar em primeiro lugar pelos próprios partidos, novos e antigos, e naturalmente por todos os cidadãos.

Dizer que os partidos são imprescindíveis à democracia é um argumento vago, redundante e cómodo. É como afirmar a importância produtiva dos trabalhadores numa fábrica. Pouco interessa se são trabalhadores ou operários, porque não é a gramática que vai avaliar o que produzem, é o resultado do produto. Na política, é o bem estar generalizado dos povos que define a qualidade dos políticos e dos governos. Tão simples como isso.

É muito complicado governar. Talvez por ter disso consciência, nunca me passou pela cabeça estar à altura de tamanha responsabilidade, das barreiras que teria de transpor para levar a cabo as minhas convicções. Talvez também porque sempre teimei em ver a política como uma actividade nobre, uma espécie de puzzle onde peças desavindas se obrigam a conviver harmoniosamente através da noção de justiça de quem o maneja. Mas, não é assim que a real política funciona.

Os paradigmas da grande política degradaram-se. E o pior, é que não despontam novas ideias, novos líderes, novos valores, outras formas de ordenar o mundo, a sociedade, sem sucumbir à soberba, e à discriminação. Todos diferentes, todos iguais. Haverá frase mais realista e simples que esta?

Vejamos: terá sido o desempenho politico de Dias Loureiro que tornou os portugueses mais felizes? Foi o estatuto social e os conhecimentos económicos do banqueiro Ricardo Salgado que tornaram o povo mais rico? E terá sido o semi-analfabetismo de António Aleixo que o impediu de ser um dos poetas humoristas mais brilhantes do país?  Onde caberá aqui a superioridade das castas?

Nesse caso, por que será que esta gente "importante" não aprende a ser mais modesta? Por que é que continuam arrogantes quando tão pouco valem? Há espécies humanas desta natureza em excesso  no mundo. Se não mudam, é porque o regime o permite, até lhes dá alento para continuarem... É desta gente que os povos menos precisam porque na realidade, além de imprestáveis, são péssimos cidadãos.

Quando os regimes democráticos permitem interferências tão nefastas como estas na vida dos povos e conspurcam as sociedades com fraudes bilionárias, prolongando o tempo de liberdade aos infractores, aceita-se muito mal estes conceitos de liberdade numa Democracia que se quer adulta.

PS-Não falei num ex-político acusado de homicídio, roubo e outras singularidades pelo estado brasileiro, só para não ferir susceptibilidades... Está "em prisão domiciliária", num apartamento de luxo. Coitado. Abram-lhe a gaiola, que é um ex-político! Não há democracia sem partidos!?!? 

3 comentários:

  1. As castas existem precisamente para proteger a incompetência e o status de gente menos capaz.

    Portugal regrediu 30 anos nos últimos 6. Uma desilusão completa. Na minha opinião o povinho tem aquilo que merece. São fascistas, individualistas e sectários. Não há cura para tanta ignorância.

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  2. https://www.youtube.com/watch?v=twgpnDWZgXc

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  3. O povo é ignorante, os políticos os governantes os banqueiros e toda a outra trapalhada de gente que têm os milhões mesmo que sejam roubados, são os iluminados os empreendedores a economia o garante o resto são pormenores, gente da marmita.

    Abílio Costa.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...