27 julho, 2017

Não podemos deixar morrer o escândalo dos e-mails!

Para que não haja equívocos, começo por assumir-me como parte integrante do grande exército de portistas descontentes com a moleza dos dirigentes portistas face à prepotência dos órgãos que tutelam o nosso futebol. Podem, se quiserem, colocar-me na fila da frente dessa multidão. 

Quem se habituou a ler o que aqui vou escrevendo sabe o que penso sobre o assunto, e o enorme desgosto que isso me provoca. Que diabo, o país e quem o devia governar, só nos dão decepções. Em quatro décadas de democracia (segundo a versão corrente), não tiveram capacidade para nos fazer sair do grupo de países mais atrasados da Europa. 

Persistem em centralizar em vez de regionalizar, sob o cínico pretexto de manter a coesão nacional, sem sequer perceberem que com isso estão a cavar uma maior desagregação territorial. E agora, o que nos resta? Até o futebol querem centralizar num só clube e numa só região? Onde pára a coerência da coesão nacional?  Mas, o que é isto se não uma grande fantochada, um grande embuste nacional? 

O FCPorto soube passar durante muitos anos por entre estes ácidos pingos de chuva com estoicismo e a grande competência do seu presidente. Enfrentou o sistema, combatendo-o sempre que era preciso, e com muita dedicação ao clube. Hélàs, o presidente mudou! Afrouxou, permitindo a intrusão de corpos estranhos ao clube, rendendo-se às fraquezas próprias da terceira idade. O resultado, é o que sabemos...

Pouco antes da época transacta terminar, surgiu a figura até então desconhecida de Francisco J. Marques, actual director de Comunicação do FCPorto que, através do Porto Canal, denunciou uma série interessante de contactos altamente comprometedores, entre o Benfica, árbitros, ex-árbitros e figuras destacadas da Federação.  O conteúdo, a identidade e o currículo dos protagonistas dos e-mails, são por demais inequívocos para lhes darmos o benefício da dúvida. Se os associarmos ao comportamento de alguns  árbitros (a maioria) destas últimas épocas, ficamos sem margem de manobra para admitir a presunção de inocência. 

Aliás, nem foi preciso esperar pela nova época para vermos a diferença entre Jorge de Sousa, que arbitrou sem problemas a 1ª.parte do jogo de preparação  entre o Victória de Guimarães e o FCPorto, e a 2ª. parte desafiante apitada por João Pinheiro, para notarmos as diferenças. Mais do que a mostragem do cartão vermelho à falta grosseira de André André, foi o contexto em que o fez (era um jogo particular) e sobretudo a atitude do árbitro. A arrogância e o exibicionismo falam por si! Sobre este, e outros passarinhos, não tenho a mínima dúvida: são desonestos!

Portanto, esperam-nos tempos difíceis.  Os dirigentes do Benfica, como gente habituada a viver fora da lei nas barbas do país, e porque não dizê-lo, com a cumplicidade de todos os governantes , vão testar até à exaustão a "fidelidade" das autoridades do regime para avaliar até onde os deixam ir. Isso, já está a acontecer, mas haverá mais, é só aguardar que o "circo" comece.  

Como tal, cabe-nos também a nós adeptos fazer o comboio andar, aditando-lhe o combustível que precisa com a nossa mobilização. Se o comboio (leia-se, dirigentes portistas) continuar a mostrar-se pêrro, somos nós quem tem de o forçar a abastecer-se, dando-lhes os sinais que precisam. Nada fazer, como disse um dia alguém, é o maior de todos os erros. Como dizia Martin Luther King, o tempo é sempre certo para fazer o que está certo! Não podemos permitir que o silêncio a que querem submeter Francisco J. Marques seja para respeitar, sem exigir respeito ao FCPorto, tratamento igual ao seu elemento mais sério:  os adeptos. 

Para isso, a Justiça civil tem de ser célere, de mostrar aos portugueses e portistas em particular, que é realmente cega e sabe trabalhar. 


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