25 setembro, 2017

Talvez não fosse má ideia prevenir...


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Sempre estou para ver o que tencionam fazer os sócios do FCPorto, caso os seus dirigentes consintam que o escândalo dos emails venha a ser ignorado pela justiça civil. 

Pelo andar da carruagem, e apesar deste caso estar nas mãos da Unidade Nacional Contra a Corrupção da PJ, o  silêncio de cumplicidade dos media, a par do próprio poder político, não auguram nada de bom quanto ao seu término. Entenda-se como bom, um final célere para ser justo. A par do escândalo do BES, do drama crónico dos incêndios, e da trapalhada com o ex-primeiro Ministro José Sócrates, este, é sem dúvida o esquema criminoso mais alarmante e tentacular a que se assistiu na era pós Estado Novo. 

Sabemos que estes casos são muito complexos e levam algum tempo a apurar, mas também sabemos que os dados que têm vindo a lume são extremamente comprometedores para os suspeitos. Além dos dirigentes do Benfica, de outras pessoas e instituições, há toda uma mescla de cumplíces com responsabilidades directas, paralelas e incógnitas nesta rede, que não pode ser ignorada pela investigação. Portanto, não será para amanhã a divulgação pública deste processo. Aliás, a Justiça em Portugal nunca foi famosa por decidir rapidamente.

Como se isto não bastasse, continuamos a assistir a sucessivas tropelias em certas arbitragens que mostram à evidência os objectivos dos protagonistas. Há uma estratégia por demais descarada para continuar a ajudar o Benfica, e não é só nos jogos em que participa directamente, é também na eliminação de peças (jogadores) fundamentais das equipas adversárias.

A mais recente, teve como vítima o jogador Zainadine Junior, elemento preponderante da defesa do Marítimo e próximo adversário do Benfica... Espero bem que estes critérios sejam também avaliados pelas investigações da PJ, nem faria sentido que não os usassem. Numa investigação inteligente, tem de se procurar os objectivos que expliquem posturas e decisões suspeitas (como esta) para se chegar a uma conclusão. No futebol, ou noutra área qualquer quando os padrões comportamentais saem do registo normal, é fundamental unir as peças dos puzzles para se descobrirem os objectivos.

Concluindo: os adeptos, sobretudo os sócios, por razões óbvias, não podem contentar-se em discutir o clube nas redes sociais e nos blogues, têm de se fazer ouvir.  No contexto actual, mais que um direito inalienável, é um dever.  Os dirigentes não têm motivos para sorrir, mas estão acomodados, os adeptos sofrem e não têm outras compensações a não ser os êxitos do FCPorto. 

Propor uma Assembleia Geral para saber o que a SAD tenciona fazer com o escândalo dos e-mails, e dentro de que prazo, é imperativo. Por que se não houver resposta, com a lentidão do processo BenficaGate e a continuidade da azáfama cartilhista que continuamos a observar, bem podemos esperar pela aplicação dos jogadores e pela sagacidade do treinador que é capaz de não bastar.

  

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