Não há coisa mais parecida com a placa aqui ao lado que os governos de Portugal. Sabemos onde começam, mas nunca como terminam. Melhor pensando, até sabemos. Sabemos que nunca terminam bem...
Quando viajámos de automóvel e temos o azar de deparar com um painel deste tipo pela frente, o mais certo é consumirmos uns bons litros a mais de combustível antes de atinarmos com a estrada que queríamos e continuarmos a viagem.
É impressionante a falta de respeito pelos automobilistas da parte de quem superintende em obras públicas deste tipo. O encarregado da obra, talvez por não estar habituado a ser controlado por quem de direito, limita-se a colocar uma simples placa [às vezes é um simples cartão], no caminho que lhe interessa e se tivermos sorte, outra, no cruzamento seguinte e depois pura e simplesmente "desiste" de nos informar, deixando-nos entregues a nós próprios. Esta situação acontece com uma frequência exasperante, obrigando os condutores a gastos inesperados para além dos atrasos que provoca e do próprio incómodo.
Em Portugal, os governos têem-se entretido a construir auto-estradas, algumas delas onde não são necessárias, mas continuam teimosamente desmazelados com a qualidade da sinalização rodoviária.
Não é pois de admirar, que até nas auto-estradas aconteçam acidentes insólitos, como circular em contra mão. Muitas vezes, a sinalização é instalada a distâncias erradas do local onde são visíveis, sem contemplar os condutores de idade avançada que, como é natural, precisam de mais tempo para fazerem as respectivas leituras da sinalética. Quando a uma bifurcação ou rotunda, se seguem outras, o que sucede é encontrarmos nas primeiras uma placa com indicação das várias direcções e nas seguintes já não existir nenhuma, ou então, com as direcções incompletas, o que lança imediatamente a confusão no condutor e se acontecer à noite pode até levar o viajante a inverter o rumo pretendido.
Ora, isto nunca é considerado nas estatísticas dos acidentes rodoviários. As culpas são sempre dos mesmos e as razões também. Ou seja: dos condutores, do excesso de velocidade e do álcool...
Há contudo, razões válidas para não desesperarmos. Com o socialista Jorge Coelho à frente da Mota-Engil, este "pequeno" problema será seguramente sanado.
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