30 novembro, 2007

"O MEU 'IF', PARA A POLÍTICA NACIONAL"











Rudyard Kipling

Se, ao eleitor, fosse permitido, nas campanhas eleitorais partidárias, exigir aos respectivos representantes políticos :

  1. A apresentação de certificado passado por registo notarial de um prazo de execução prática das suas promessas eleitorais


  2. Uma declaração pessoal e partidária registada por notário de como não se queixariam da gestão anterior do cargo para o qual se candidataram


  3. Um atestado de honra registado em Notário, em como se comprometiam a abdicar do cargo público que exerciam caso não cumprissem o prometido dentro do prazo previsto para a sua excecução prática, constante no ponto 1.


  4. Documento notarial a garantir a irradicação imediata do respectivo cargo e em qualquer escalão hierárquico com recurso a intervenção policial (se necessário), de todo e qualquer político que violasse o enunciado no ponto 2


  5. A implementação de uma lei registada em notário, que impedisse o desempenho para altos cargos administrativos de grandes empresas, como Bancos, Companhias de Seguros, Petrolíferas e afins, a ex-políticos que tivessem obrigado a comunidade a recorrer ao artigo 4


  6. Implementação legal, registada em notário, que obrigasse os políticos em funções governativas a reduzir em percentagens ascendentes (partindo de uma taxa de 20%) os seus vencimentos, cada vez que exigissem sacrifícios e contenção salarial à população
Em democracia, o acesso ao poder devia ser concedido naturalmente à nata da sociedade, aos mais honrados, mais inteligentes, mais corajosos, mais capazes. Ora, todos sabemos que não é isso que acontece. Salvo muito raras excepções, os políticos em Portugal, não se têm destacado pela rectidão de processos e de acções. Esta, é a fama que eles mesmos se encarregaram de ganhar e desenvolver. Não é mito, nem mania da populaça, é um facto.

O sarcasmo das seis alíneas do meu "IF para a política nacional" pode ser exagerado pelas bizarras 'muletas' da intervenção Notarial nelas inscritas, mas não é por acaso. É que, a experiência diz-nos que mais depressa se desrespeita a Lei Constitucional do que um simples registo de Notário. Então porque não tentar mecanismos legais de certificação mais populares? Afinal, a Constituição da República Portuguesa não tem a importância sacramental que se pintava, mas ainda é muito 'útil' para impressionar em discursos solenes.

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