Dizia ontem o professor Álvaro Domingues [FAUP] ao Porto Canal que não sabia bem o que é agora a União Europeia, depois da "sugestão" apresentada por Angela Merkel à Grécia para vender uma das suas ilhas como forma de resolver a crise financeira daquele país... Eu, também não sei.
Passe o exagero da medida, países como a Grécia e Portugal deviam ser severamente punidos sempre que incumprissem com os objectivos traçados pela UE, mas nunca através da alienação dos seus territórios. Bastaria inflingir atempadas e justas coimas, com supressão de regalias, acompanhadas da demissão dos respectivos governantes, para os próximos pensarem duas vezes antes de desatarem correr como tolos atrás dos tachos do Poder. Agora, vender parte do território é que não parece uma medida lá muito pedagógica... Não estou a ver a Alemanha a abdicar serenamente de um dos seus 16 Estados Federados [Landers] caso cometesse as mesmas asneiras que gregos e portugueses.
Passe o exagero da medida, países como a Grécia e Portugal deviam ser severamente punidos sempre que incumprissem com os objectivos traçados pela UE, mas nunca através da alienação dos seus territórios. Bastaria inflingir atempadas e justas coimas, com supressão de regalias, acompanhadas da demissão dos respectivos governantes, para os próximos pensarem duas vezes antes de desatarem correr como tolos atrás dos tachos do Poder. Agora, vender parte do território é que não parece uma medida lá muito pedagógica... Não estou a ver a Alemanha a abdicar serenamente de um dos seus 16 Estados Federados [Landers] caso cometesse as mesmas asneiras que gregos e portugueses.
Numa União Europeia assim, com a economia de rastos e sem uma forte ideologia social a servir-lhe de meta, não há acordos, comunidades, uniões ou engenharia financeira que resistam. E num país como Portugal, não podemos confiar demasiado no Estado nem na iniciativa privada. O liberalismo não é para nós. Os portugueses ainda não atingiram um nível de cidadania suficientemente elevado para poderem confiar uns nos outros. Se o Estado [os seus máximos representantes] não é pessoa de bem nem consegue formar-se como regulador e como exemplo, não é do empresariado que o podemos esperar. Pela mentalidade do empresariado típico português, não tardará muito, teremos regressado à escravatura.
Razão têm os noruegueses, esse povo com imensos recursos naturais* , sóbrio e sem tiques de novo rico, que soube dizer não à União Europeia depois do governo ter assinado por duas vezes a adesão ao tratado [1972 e 1994].
Nós, não temos como eles, jazidas de petróleo, nem gás, nem minerais, nem as suas enormes florestas, mas se acaso as tivéssemos, decerto veríamos todas essas riquezas concentradas nas mãos de uma dúzia de oportunistas e o povo a continuar com salários terceiro mundistas com impostos caros e sem retorno garantido. Portugal, nem com petróleo seria capaz de se governar. Definitivamente, não acredito no futuro de Portugal, nem tão pouco nos "optimistas" que apostam em destruí-lo.
*A Noruega foi o segundo maior exportador de frutos do mar (em valor, depois da República Popular da China) em 2006. Outras principais indústrias do país incluem a de processamento de alimentos, construção naval, metais, produtos químicos, mineração, pesca e produtos de papel. A Noruega mantém o modelo social escandinavo baseado na saúde universal, no ensino superior subsidiado num regime compreensivo de previdência social. A Noruega foi classificada como o melhor país do mundo em desenvolvimento humano entre 2001 e 2007. Em 2009,o país foi novamente classificado pela ONU como o melhor país do mundo para se viver.
Caríssimo,
ResponderEliminarEm tom de brincadeira, diria que a eles saiu-lhes a Noruega e a nós o bacalhau.
Luís,
ResponderEliminarAté o bacalhau os noruegueses já aprenderam a "curar"; e não precisaram por isso de hipotecar o país.
Ó Rui, eu sinceramente não percebo nada. Então as agências financeiras estavam a aumentar-nos os juros, porque não havia acordo para o orçamento, agora há acordo e os juros continuam a aumentar?
ResponderEliminarÉ demasiado para mim, já pareço uma barata tonta, nem sei o que pensar nem o que dizer.
Um abraço
A União Europeia, mais tarde ou mais cedo é para acabar.
ResponderEliminarEles dão com uma mão, e retiram com a outra.
Isto só ía para frente, se a moeda (euro) portuguêsa e todas as outras tivessem a mesmo peso que a da Alemanha da França etc.
Como já não temos independência económica e política, tomem conta disto, e somos todos irmãos.
O PORTO È GRANDE VIVA O PORTO.
Se calhar está aqui a solução para o problema português. Vendiamos a ilha da Madeira, o Jardim livrava-se do "contenente" e nós, os contribuintes ficávamos aliviados dos milhões ali (mal)gastos em obras faraónicas. A obra do estádio dos Barreiros já consumiu 50 milhões!
ResponderEliminarZé da Póvoa,
ResponderEliminaro AJJardim é o único dirigente polítco português que sabe lidar com a canalha de Lisboa e pô-la em sentido.
Com isso beneficia também o povo da Madeira, que se libertou do centralismo. Por isso é que não o "gramam". Como parece acontecer consigo...