Por Pedro Rios/Porto24 |
A quem devemos agradecer a existência deste guia?
Sou o autor do guia. Formei-me como um arquitecto e trabalho como designer freelancer e investigador. Para além dos editores na Wallpaper*, também contribuíram para o livro Cristina Monteiro, Paulo Moreira e Helena Reis. Eu e Cristina [arquitecta portuguesa a trabalhar em Londres] trabalhamos juntos há 11 anos. O Paulo é um arquitecto que está investigar em Londres e Angola, no âmbito de um doutoramento, e a Helena é uma artista que vive no Porto.
Quem teve a ideia de fazer o livro?
Os próximos guias são sempre anunciados nas últimas páginas dos guias já lançados. Vimos o Porto na lista e a conversa começou a partir daí.
Como foi o processo de produção?
A parte que deu mais trabalho – mas foi divertida – foi escolher o que incluir, em colaboração com os editores. Depois disso, a escrita propriamente dita foi muito rápida. A melhor coisa dos guias Wallpaper* é não terem publicidade ou patrocínios, por isso são livros com uma selecção cuidada e sem concessões. Isso é muito raro. Não há nada que não tenha sido meticulosamente considerado e reconsiderado.
Como vê o momento que o Porto atravessa?
O Porto está num momento verdadeiramente crucial da sua história porque manteve, de certa forma, muitas coisas que outras cidades destruíram. Não está cheio de centros comerciais e estradas; os pequenos negócios e a pequena indústria ainda estão presentes.
O aumento do turismo arrisca estragar isso tudo. Por exemplo, conheço designers gráficos que visitam a cidade pelos sinais incríveis que se encontram nas ruas. Não a vão visitar se o sítio se tornar asséptico, igual a todos os outros. Ambicionámos incluir no guia sítios que não só são óptimos espaços para comer, socializar, dormir, mas também que revelem um olhar positivo sobre a cidade – que aproveitem ao máximo os edifícios comerciais e residenciais extraordinários que o Porto tem, em vez de os descaracterizarem.
Arquitectos como Fernando Távora deram ao Porto um legado arquitectónico incrível, porque estavam empenhados socialmente, para além de serem óptimos arquitectos. O Porto pode tornar-se uma das cidades mais excitantes da Europa se continuar esse legado.
O evento de lançamento está marcado para 23 de Setembro. O que podemos esperar?
Estamos a planear uma festa muito grande, num sítio inesperado do centro da cidade. Queremos que as pessoas e as organizações que estão no livro se envolvam para que o evento, tal como o livro, celebre o melhor do Porto em 2011. A data de 23 de Setembro está fixa, mas estamos agora a pedir ideias e apoios. A melhor maneira para alguém se envolver é juntando-se ao nosso grupo no Facebook.
Nota de RoP
Imagine-se o que seria hoje o Porto se não tivesse desperdiçado 15 anos da sua vida num pouco higiénico e imprestável Presidente de Câmara...
Nota de RoP
Imagine-se o que seria hoje o Porto se não tivesse desperdiçado 15 anos da sua vida num pouco higiénico e imprestável Presidente de Câmara...
Estava a ler a entrevista e até pensei, tudo de deve ao rio e se calhar deve, mas é ao Douro. O outro... bem, mais vale nem dizer nada. Já gastei a cera toda com tão fraco d efunto.
ResponderEliminarAbraço