[IN] JUSTIÇA |
Nunca como agora, houve tanta abundância de assuntos para debater na blogosfera. Desde a corrupção de políticos e empresários, de homicídas políticos, desemprego, países com economias falidas, discriminação política, social, e regional, até o aumento da criminalidade de rua, a oferta é fértil. É só escolher.
Na perspectiva dos media, que preferem as más notícias às boas, esta devia ser uma época de "ouro". Esta tese não fui eu quem a inventou, foram os próprios media que, durante anos, tentaram vender a ideia que só as más notícias eram dignas desse nome, e que até podiam, se quisessem, eleger, ou depôr, Presidentes da República. Sinceramente, nunca percebi muito bem tamanha presunção, excepto do ponto de vista desviante - seja na ética, seja na deontologia -, pela simples razão, de que, quem semeia ventos acaba por colher tempestades. Ora, as tempestades aí estão a bater-lhes à porta: já se anunciam [na RTP e no Público] despedimentos de jornalistas [seus canídeos serventuários]. A arrogância acaba sempre nisto...
Sucede que, muitos de nós, na blogosfera, trabalhámos de borla, e somos, em muitos casos, mais rigorosos e respeitadores do que a própria comunicação social. Por isso, temos reacções mais naturais e saudáveis, como é o cansaço que eu próprio sinto por viver num país quase anárquico, onde pouco se aproveita e tudo anda à deriva. A política de per si, repugna-me bem menos que os políticos. Aos políticos, já não tenho paciência para os ouvir. E isso é pior para eles do que para mim, porque no dia em que decidirem fazer aquilo que dizem, eu vou pensar que eles vão continuar a fazer o que sempre têm feito, isto é, faltar ao prometido, e essa, é a única bitola pela qual os devo avaliar se não quiser perpetuar o embuste.
Antes de qualquer revolução económica e social, aquilo que mais gostaria de ver realizado, era o bom saneamento da Justiça. É impossível construir uma democracia credível com um sistema de justiça minado. Marinho e Pinto está sob a mira de muitos [juristas,magistrados e advogados], que anseiam pelo fim do seu mandato como bastonário para lá colocarem um outro, mais "dócil", para os beneficiários do status quo.
A Justiça portuguesa, os seus principais representantes, deviam sentir vergonha de ter um falsificador vigarista como Vale e Azevedo*, foragido há anos a gozar na sua cara, e principalmente, na cara dos portugueses. Mas não tem, porque não dispõe de gente suficientemente digna e inconformada para corrigir esta falha inaceitável que mais não serve que para dar razão ao povo quando diz que há uma justiça para ricos e outra para pobres. Aqui, de facto, é o povo o único soberano, é o povo quem fala verdade, os juízes não têm desculpa. Os juízes deviam demitir-se em bloco. Mas quem imagina que isso possa acontecer?
Enquanto a Justiça continuar como está, Portugal não tem futuro. Assim, eu não acredito.
*Vale e Azevedo é o exemplo mais caricato, provocador e chocante para a imagem da Justiça. Mas não faltam outros exemplos, alguns dos quais tenho vindo a abordar neste blogue.
Tudo vai mal neste país.
ResponderEliminarA nossa justiça bateu no fundo.
Uma justiça corporativista politizada cheias de injustiças.
A licenciatura de José Sócrates, Casa Pia, Vale Azevedo etc etc.
Qual é justiça neste país, que vai salvar os portugueses de governos incompetentes e pessoas corruptas que nos roubam e levaram este país à banca rota.
O PORTO É GRANDE VIVA O PERTO
Rui, pego nisto:"...até o aumento da criminalidade de rua"
ResponderEliminarA criminalidade aumenta todos os dias, incluindo a violenta e ninguém está seguro.
Por anda o Paulo Portas que quando ia de feira em feira vender as ideias do CDS, só falava de duas coisas: rendimento mínimo e segurança?
Abraço