A comunicação social é, a par da actividade política, aquela a que tenho dedicado mais atenção. O Prof. Alfredo Barbosa, escreveu [semanário Grande Porto] sobre a comunicação social o seguinte:
«A crise dos média não é apenas económica e financeira: é ética, é de valores.
Dos vários parágrafos que compõem o artigo de Alfredo Barbosa, há um detalhe que o excerto acima publicado não permite esclarecer e que faz toda a diferença: os leitores e o jornal a que se referia A.B., não são portugueses, são norte-americanos. Se até aqui, o dinheiro dos portugueses era parco para comprarem jornais, agora não sobra, nem para o pão. Por isso, a forte cumplicidade que os grupos económicos americanos ligados à comunicação social conseguiram estabelecer com os leitores está ainda longe de acontecer em Portugal. Talvez a razão principal se prenda com a formação cívica dos proprietários dos nossos grupos económicos. Tanto o Jornal de Notícias, como o Diário de Notícias pertencem à Controlinveste, de Joaquim Oliveira [dono de 8 jornais, da TSF, 4 canais da TVCabo, e 2 revistas], que não é propriamente um homem ligado por vocação às letras, e o jornal Público de Belmiro de Azevedo também não, apesar de editorialmente mais criterioso.
Pena é que crónicas com a relevância das publicadas por Alfredo Barbosa no Grande Porto, não tenham outra visibilidade*, e que as Direcções dos jornais diários nacionais mais lidos não tenham a coragem de as comentar, quanto mais não seja para saber o que pensam sobre regras de ética, e da discussão que nos Estados Unidos se vem fazendo sobre a "lógica fundacional ou cooperativa" da actividade dos média...
* O Semanário Grande Porto continua na tacanhez do quase anonimato. Mesmo eu, que sou leitor habitual, tenho dificuldade em localizá-lo nas bancas dos quiosques, tão bem escondido se encontra. Nem sei como ainda sobrevive. Um pouco de publicidade, não ajudaria, caro Rogério Gomes?
É pena que o Jornal Grande Porto tenha pouca saída, porque é um jornal semanal muito bem escrito por gente do nosso burgo que conhece bem os problemas da região.
ResponderEliminarÉ um jornal muito pouco divulgado e sem apoio das autarquias! é o que me parece.
Há jornalistas e escrivas e o importante é notícias sensacionalistas de faca e alguidar para se vender jornais. Veja-se CM, o Crime, e tantos outros. Aquele género da impressa cor de rosa, que diz a cor das cuecas que o ministro usa, são esses o tipo de pasquins que ainda tem saída.
Depois para muitos ler a política é uma maçada, e o mais importante penso eu, é que há jornais a mais e são caros para o conteúdo.
Para muita gente sem posses, ainda vão lendo à borla por alguns cafés e ficam mais informados.
Por outro lado as Televisões, e a Internet, também estão contribuir para o pouco interesse no livro e jornal.
O PORTO È GRANDE, VIVA O PORTO.