Podemos sempre argumentar que quem expõe publicamente o que pensa num blogue também o pode fazer no Facebook, ou no Twitter, exponenciando consideravelmente a visibilidade e por inerência, o número de leitores, e isso é um facto. Agora, duvido é que haja genuínas vantagens nisso.
As redes sociais vieram para ficar, tal o poder de sedução que exercem sobre os internautas, incluindo deputados, governantes e o próprio Presidente da República. No entanto, essa excessiva participação com um crescente número de comentadores e de bloguistas, pode ter um efeito contrário ao pretendido. O que acontece normalmente quando há multidões a comentar sobre determinado tema, é sobrar mais espaço para a reacção do que para a reflexão. Veja-se, como exemplo, os comentários alusivos ao futebol apresentados pela Net em jornais, e já sabem a que me estou a referir. Há algumas diferenças, é verdade, mas a tendência é seguir o mesmo modelo, ou seja, derrapar para o insulto fácil ou para inconfessáveis ajustes de contas... Por mim, prefiro o espaço mais "familiar" de um blogue.
É pelas mesmas razões que discordo da participação de governantes e demais figuras do Estado neste género de redes sociais. E não quero com isto dizer que defenda um distanciamento elitista entre os detentores do poder e o povo, mas sim uma postura em conformidade com a relevância que os cargos exgiriam.Os governantes, segundo os meus padrões pessoais, deviam obrigatoriamente ser sóbrios, e de uma honestidade irrepreensível, e dedicar a maior parte do tempo a trabalhar nos assuntos que lhes são inerentes.
O tempo e a vida real diz-me que não devo estar muito longe da razão. O nosso grau de exigência com a qualidade dos dirigentes políticos tem de ser incomparavelmente maior ao que tem sido até aqui. Tenho perfeita noção das dificuldades que tal exigência implica, sobretudo nos tempos que correm, onde não abundam figuras de grande dimensão humana e política. O mundo da política foi invadido por burocratas e tecnocratas, frios, sem grandes preocupações éticas e sociais, que se não forem brevemente afastados vão continuar a decidir com a irresponsabilidade que se conhece. Caberá às populações procurar os melhores para liderar o país, e os melhores não podem emanar simplesmente do interior dos partidos, sem que nada de verdadeiramente relevante o justifique.
Para sermos um país com alguma prosperidade teremos de ambicionar a excelência, sempre com a noção de que não será fácil. Mas se formos eliminando compulsivamente os páraquedistas do costume que logo aparecem, como ratos saídos de tocas, para substituir os que lhes antecederam e não mudar nada, talvez então consigamos dar passos firmes nesse sentido. Mas, para que tal aconteça teremos mesmo de deixar de alinhar com eles nos folclores das feiras e dos mercados, e passar a procurar analisar cuidadosamente o que é que eles realizaram de relevante para se arrogarem ao privilégio de nos governar. A partir daí, se verificarmos que o currículo passa apenas por terem dirigido instituições financeiras, empresas de advocacia ou similares, pomo-los logo de parte. Não servem. A folha curricular terá forçosamente de ser muito mais vasta, rica, e diversificada.
Acima de tudo, terá de ser reconhecidamente: um humanista. Mas, haverá ainda disso?
Acima de tudo, terá de ser reconhecidamente: um humanista. Mas, haverá ainda disso?
Dizem que é bom sonhar, para já não paga imposto, eu prefiro ser mais real.
ResponderEliminarHá muito lixo tóxico pelo mundo da NET e não só. Dessa gente política há muito choradinho, imposturice, mas no dever, tratam-nos sempre mal.
Vamos ser visitados pela filha do Pastor Alemão que veio do leste! qual vai ser a nossa reacção perante tal figurinha!? nenhuma, entra e sai pela porta do cavalo e pronto fica assim.
Depois de deixar o país e pirar-se para França, o ladrãozinho deu sinal de vida, num prefácio feito ao livro de um ex/subalterno da mesma família política, o prefácio não passa de conversa da treta como já é normal em gente desta criação.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.