"Não há uma visão conjunta do que é preciso fazer para prevenir e combater a corrupção, não há meios adequados e as nossas instâncias, tribunais funcionam muito mal", afirmou João Cravinho à agência Lusa, comentando assim o facto de Portugal estar em 33.º lugar entre 176 países, no relatório anual da agência Transparency International.
Apesar de não conhecer o último relatório a fundo, João Cravinho considera que, de um modo geral, a posição de Portugal no ranking "deteriorou-se muito nos últimos anos" e diz não ver nada de novo que permitisse "dar grandes saltos" na lista.
No ranking do Índice de Perceção da Corrupção da "Transparency International", Portugal apresenta uma classificação de 63, numa escala de 0 a 100, que vai de "muito corrupto" a "muito limpo". Na mesma posição encontram-se o Butão e Porto Rico.
Numa análise aos países da União Europeia, Portugal surge em 15º lugar, tendo abaixo apenas alguns países do Leste, a Grécia, a Itália e Malta.
"[Esta posição] corresponde à perceção que se tem sobre duas coisas: o nível e o tipo de corrupção que há em Portugal e os esforços que se fazem para combater a corrupção que são desadequados ou fracos e isso é que tem vindo a influenciar a posição portuguesa", disse João Cravinho.
De acordo com o ex-ministro das Obras Públicas, os casos que têm vindo a público não indiciam uma viragem no combate à corrupção em Portugal.
No entender do ex-deputado do PS, os países em crise são sempre acompanhados por uma alteração de comportamento e o que "há de pior vem sempre ao de cima" e isso fez com que, em alguns casos, a corrupção tenha aumentado.
"No nosso sistema, a Assembleia da República não exerce controlo sobre o assunto, sendo que foram introduzidos planos de prevenção da corrupção, mas o mais grave de tudo é que o Governo não tem um plano, nem estratégia de combate que seja conhecida", disse.
Na opinião de João Cravinho, não há meios adequados para o combate, nem um "aparelho judicial à altura" e, por isso, os crimes económicos são cada vez mais numerosos e complexos.
"Em primeiro lugar o que há a fazer é definir responsabilidades. Hoje em dia o que me parece mais grave não é a pequena corrupção, o pequeno funcionário, ou o fiscal porque isso até avançou razoavelmente bem nos últimos anos com a informatização e melhor organização dos serviços, mas o tráfico de influências", realçou.
Para João Cravinho, o tráfico de influências, a omissão de ação preventiva e o combate "aos grandes atentados" e a boa gestão pública continua sem qualquer sanção.
"O tráfico de influências não se combate só com alteração à legislação, mas por chamar à responsabilidade as várias entidades para uma fiscalização institucionalizada", disse.
Na opinião do ex-deputado do PS, devido à crise, as pessoas estão ocupadas com "temas mais importantes do que a corrupção que passou a ser secundária, permitindo alargar a malha da permissividade".
[do JN]
Nota de RoP:
João Cravinho engana-se, quando diz que as pessoas passaram para 2º. plano o combate à corrupção por causa da crise. A crise é uma coisa intolerável, mas, associada à falência do regime capitalista, e à incompetência política, é também uma derivante da corrupção. Se lêsse o Renovar o Porto, ia perceber que não sabe o que está a dizer, porque se há tema que costumo abordar com frequência é o da corrupção. Além de mais, esqueceu-se de dizer o que é que o Partido Socialista fez para combater a corrupção, e quantos tubarões corruptos o PS engavetou.
Se há coisa que me repugna nestes políticos, é o desrespeito que evidenciam pela memória do povo.
Se quer(em) ajuda para controlar a corrupção, peçam-na ao Dr. Paulo Morais. Nunca se sabe se a primeira casa a passar o aspirador não será a Assembleia da República... Isto, claro está, se entretanto Paulo Morais não virar o bico ao prego.
Esta semana vi um programa, na TVI, sobre os colégios privados e uma tal GPS, que, mesmo com tudo que vamos sabendo, ainda choca.
ResponderEliminarhttp://www.tvi24.iol.pt/sociedade/reporter-tvi-grande-reportagem-colegios-privados-financiamento-ana-leal-tvi24/1398453-4071.html
Esta é uma pequena amostra, não sei se é possível ver o vídeo de todo o programa. Vale a pena ver até onde chega a pouca vergonha e promiscuidade.
Abraço
Os mais interessados em não se combater a corrupção, são os politicos e os governantes, porque na minha opinião, os maiores corruptos são amigos deles, veja-se o caso BPN e muitos outros que há por aí,por este caminho, vai tudo ficar esquecido, pela parte deles, é melhor nem se falar disso, não faltam submarinos a torpedear o estado.
ResponderEliminarUm abraço
manuel moutinho
Será, que os Incompetentes governantes e seus Patronos políticos lêem jornais, ou andam distraídos a ler revistas cor de rosa.
ResponderEliminarPior de que Portugal na Europa corrupta, está Grécia, Itália e Malta.
A nível mundial, também estamos muito bem qualificados graças a Deus.
Mas aqui em Portugal há alguém que quer combater a corrupção, se este país é um paraíso de corruptos e as leis são feitas por eles. Ou seja, há tantos Padrinhos que já passou a ter a sigla, PCN Portugal Causa Nostra.
Há tantos piratas políticos e outros senhores de Colarinho Branco que roubam, lesam a nossa pátria, e andam por aí assobiar para o lado sem que ninguém lhes ponha a mão encima.
Senhores ladrões corruptos, podem andar a roubar à vontade e comer caviar e até arrotar cagar para cima de nós, que o desgraçado do povo paga a crise. Tudo a Bem da Nação.
O PORTO É GRANDE, VIVA O POVO.
Depois de fazerem vários roubos, hoje os reformados voltaram a ser roubados pelo gang do Governo Drácula. Os ladrões Gaspar e Coelho voltaram assaltar. Vão ser condenados à revelia mas continuam a monte.
ResponderEliminarÉ um gang altamente perigoso por serem sedentes de roubo, trabalham para uma rede internacional com sede em Bruxelas. A chefe principal é uma pastora alemã de linhas obeso.
Estes chefes de quadrilha, andam sempre bem guardados por uns musculados bem armados, que nem poupam as crianças que não gostam deles.
Para sossego do povo, aguardemos que os apanhem e que tenham um sentença exemplar, de pena perpétua.
O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO.
Boa tarde,
ResponderEliminarConcordo completamente com as suas notas.
Como dizia Ramalho & Eça nas Farpas mudam as moscas mas a m.. é a mesma, aqui a m… é a cambada ligada ao poder (económico/politico) que volta e meia dizem umas atoardas a falar da corrupção mas não mudam nada, pois como o povo sabe quem se aproveita são eles.
Se um desgraçado roubar algo num supermercado pra comer (e não estou a defender isso) vai preso e rapidamente é condenado se essa gente ligada ao poder burla os portugueses (via impostos) nada se passa.
Enfim é coisa que está no ADN de Portugal
não tem, porque não precisa. Ele, é!
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