23 agosto, 2013

E os centralistas de cá e de lá, a assobiar para o lado...


PORTO “É CAPITAL PORTUGUESA DA ARQUITETURA”, DIZ REVISTA ALEMÃ

A revista alemã Häuser dedicou um artigo de oito páginas à cidade do Porto, elegendo-a como o melhor destino para férias na sua última edição. A rubrica "Viagem" caracteriza a cidade do norte como a capital portuguesa da arquitetura, onde o estilo moderno coabita com o estilo barroco.

A publicação de Abril/Maio é ilustrada com imagens do Porto, da autoria do fotógrafo português Fernando Guerra, desde a capa, até ao artigo principal da Häuser. Os edifícios da cidade são o grande destaque da revista especialista em arquitetura e design.

O artigo "Ainda melhor do que o vinho" começa por referir que a cidade à margem do Douro acolhe dois vencedores do Prémio Pritzker: Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura.

O jornalista Ansgar Steinhausen considera a centenária Livraria Lello a "catedral dos livros", que contrasta no seu ambiente com o modernismo arquitetónico do edifício da Casa da Música.

Também a Faculdade de Arquitetura, o Museu Serralves, o Coliseu, a Casa de Chá da Boa Nova, as igrejas e as estações do Metro do Porto são alguns dos principais pontos de interesse considerados pela revista alemã.

"O artigo da Häuser dedicado ao Porto resulta de uma viagem de imprensa que teve o apoio da Associação de Turismo do Porto, no âmbito das várias iniciativas que desenvolve ao longo do ano para a promoção externa deste destino", explica a agência de comunicação portuense PR Wave, no mesmo comunicado.

A Häuser dedica-se à arquitetura e ao design, com 45.000 exemplares por publicação distribuídos em toda a Europa. Os seus artigos focam projetos internacionais de excelência através de artigos explicados com profundidade e com o conhecimento extenso na área.
[fonte: blogue Regionalização]


Nota de RoP:

Sou um tripeiro empedernido. Bairrista, tanto quanto os complexados de Lisboa e do Porto, quiserem que eu seja. 

Embora não resida actualmente no centro do Porto, continuo a gostar da cidade que me viu nascer, como de nenhuma outra. E já conheço algumas, da Europa, América do Sul, Estados Unidos, a África. Residi noutras cidades, tanto no país [incluindo, em Lisboa], como no estrangeiro [Paris,Lille e Nantes], e em outras menos conhecidas. Nem por isso esmoreceu a afeição que me liga à cidade, bem pelo contrário, intensificou-se. Mas não é de agora que nutro este sentimento pelo Porto. Lembro-me do tempo em que comecei a viajar com assiduidade para Lisboa, e de lá para o Porto, quando cumpria o serviço militar, da estranha sensação de pertença e simultaneamente de fascínio, sempre que o comboio começava a reduzir velocidade na aproximação à antiga Ponte D. Maria e a imagem da cidade se mostrava. Parecia falar comigo, parecia saudar-me, parecia querer-me dizer: estou aqui, firme, sólida, sê benvindo à tua terra!

Como vos disse anteriormente, tinha vinte e poucos anos, nessa altura, portanto, qualquer relação entre o meu sentimentalismo e a minha idade actual é pura coincidência. Não se trata de emoções próprias de idades vetustas, mas de algo só sentido por quem conhece o granito, o cheiro da cidade, e a pôde comparar com outras! Só assim se compreende, que, com o empenho e a colaboração das suas gentes - mais no passado recente, do que propriamente no presente -, o Porto continue a receber tantos elogios e distinções, vindas de todo o Mundo. 

Ainda bem que não somos nós a auto-elogiar-nos, nem a implorar ao Mundo que o faça. É o Mundo [ao contrário da capital, que só tem olhos para si], que sabe reconhecer o que é impossível negar. 

Imaginem agora como seria, se tivéssemos tido, nestes últimos 12 anos um Presidente de Câmara empreendedor, que soubesse zelar pela cultura e pela higiene da cidade!  Que desperdício!

 
 

2 comentários:

  1. A cidade do Porto é uma cidade sui generis, como diz o povo, uma cascata São Joanina para quem a vê de V.N.Gaia, é património da Unesco. Foi daqui que começou Portugal e daqui que se lhe deu o nome. Para alem do vinho do Porto, o FCP é maior instituição da cidade e do país, conhecida mundialmente pelas suas conquista internacionais.


    Num país centralista, é muito das vezes ignorada por governantes incompetentes sem sentido de Estado. É dirigida por autarcas sem voz, que se preocupam mais com o seu ego e seus amigos desconfiando de tudo e de todos, deixando a cidade parada no tempo.

    Infelizmente só é reconhecida por pessoas de outros países bem informados, que se rendem à beleza de uma das mais velhas cidades da Europa e do mundo.

    O PORTO É GRANDE, VIVA O PORTO

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  2. Obrigado por me dar como fonte um blog para eu poder debitar o que digo sobre a regionalização. Tento separar as coisas mas, no fundo, se quisermos ser coerentes, tudo está interligado: futebol, cidade, identidade, politica, regionalização...

    Cumprimentos,

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