RUI MOREIRA |
Para mim, portuense e portista dos sete costados, ouvir alguém dizer que "quem não é benfiquista não é bom chefe de família", é tão, ou mais ofensivo que digerir essa patranha politiqueira que anda a apregoar no plural que temos de pagar a crise por "andarmos a gastar mais do que podíamos".
Informo, a propósito, aqueles que pensam que estou a inventar um sinónimo abusivo e a confundir as coisas, misturando o Benfica com o Centralismo, que sei muito bem o que estou a dizer, não me enganei. E nem mesmo o facto de saber que no Porto, como no resto do país, há gente capaz até de matar a família para conseguir um lugar ao sol nas cadeiras do Poder me desviará um milímetro da convicção de que o Benfica é o espelho fiel do que é o centralismo e do que ele tem de mais xenófobo. Se dúvidas houvera, os dias encharcados de propaganda vermelha que antecederam e sucederam o jogo da final da Liga Europa terão bastado seguramente para as dissipar. Se não bastaram, é caso para duvidar da inteligência. Comparar a publicidade, o apoio e a informação dada pelos media (incluindo os públicos) ao Benfica, com o que se tem feito com o FCPorto em situações semelhantes é de persi uma aberração moral.
Informo, a propósito, aqueles que pensam que estou a inventar um sinónimo abusivo e a confundir as coisas, misturando o Benfica com o Centralismo, que sei muito bem o que estou a dizer, não me enganei. E nem mesmo o facto de saber que no Porto, como no resto do país, há gente capaz até de matar a família para conseguir um lugar ao sol nas cadeiras do Poder me desviará um milímetro da convicção de que o Benfica é o espelho fiel do que é o centralismo e do que ele tem de mais xenófobo. Se dúvidas houvera, os dias encharcados de propaganda vermelha que antecederam e sucederam o jogo da final da Liga Europa terão bastado seguramente para as dissipar. Se não bastaram, é caso para duvidar da inteligência. Comparar a publicidade, o apoio e a informação dada pelos media (incluindo os públicos) ao Benfica, com o que se tem feito com o FCPorto em situações semelhantes é de persi uma aberração moral.
Por isso, é que, compreendendo embora as boas intenções de Rui Moreira de querer combater o centralismo numa aliança com Lisboa, pode ser tempo perdido. Já o revelei aqui várias vezes que nutro particular simpatia por Rui Moreira, mesmo não estando sempre sintonizado nas suas ideias, porque acima de tudo o considero um homem sério, e sobretudo por acreditar ter uma propensão natural para negociar e atenuar conflitos.
Sei que não é fácil governar, tanto um país como uma Câmara, de ter de lidar com oposições por vezes mesquinhas e com assuntos comezinhos, mas acredito que Rui Moreira saberá cumprir o seu mandato com o rigor e a isenção que se espera. Estrategicamente, louvo a ideia de puxar Lisboa para o combate contra o centralismo, mas receio que consiga congregar à sua volta os apoios suficientes para o derrubar. As máquinas partitárias estão lá, e são todas dominadas pelo clientelismo, e quem se meter pelo meio sem se orientar pela mesma cartilha arrisca-se a ser triturado.
Sei que não é fácil governar, tanto um país como uma Câmara, de ter de lidar com oposições por vezes mesquinhas e com assuntos comezinhos, mas acredito que Rui Moreira saberá cumprir o seu mandato com o rigor e a isenção que se espera. Estrategicamente, louvo a ideia de puxar Lisboa para o combate contra o centralismo, mas receio que consiga congregar à sua volta os apoios suficientes para o derrubar. As máquinas partitárias estão lá, e são todas dominadas pelo clientelismo, e quem se meter pelo meio sem se orientar pela mesma cartilha arrisca-se a ser triturado.
Espero contudo que Moreira me contrarie os presságios, ficaria mesmo muito contente. Há já uma mão cheia de iniciativas suas que me agradaram e que me dão a esperança de que algo estará a mudar na forma de administrar a Câmara. Mas ainda há muito por fazer. O caminho é longo, e cheio de escolhos, sendo a paranóia do centralismo o mais duro de ultrapassar. Aguardemos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...