Não sei se é no egoísmo, na insensibilidade, ou simplesmente na estupidez humana, que podemos encontrar a resposta para o modo displicente como os líderes mundiais têm lidado com as questões ambientais. O certo é que, como podemos constatar o clima está a mudar assustadoramente, de ano para ano, e praticamente nada tem sido feito para procurar resolver o problema com seriedade e determinação. Comparados com ele, as crises económicas e financeiras, o desemprego, ou as troikas, não sendo propriamente corpos estranhos ao problema, parecem uma brincadeira, mas são apenas parte dele. E este "apenas" não é de tolerância, mas um "apenas" de escala na hierarquia do tema.
Sabendo, como sabemos, que os principais causadores da poluição do planeta são os países ditos "desenvolvidos" (EUA, China, Russia, etc.) e que esse desenvolvimento não é certamente sinónimo de felicidade para a humanidade, é extremamente simples compreendermos em profundidade o peso exacto da sua importância nas nossas vidas.
Hoje, carregamos num botão de comando de tv e num instante percorremos o mundo. Temos automóveis, aviões, computadores portáteis e sucedâneos (iPhones, iPeds,Smartphones,etc.) navegamos na Net, convivemos nas redes sociais, enfim, até parece que temos o mundo nas mãos, e no entanto não nos interessamos pela "factura" que as gerações futuras vão ter de pagar pelo nosso vanguardismo...
Hoje, carregamos num botão de comando de tv e num instante percorremos o mundo. Temos automóveis, aviões, computadores portáteis e sucedâneos (iPhones, iPeds,Smartphones,etc.) navegamos na Net, convivemos nas redes sociais, enfim, até parece que temos o mundo nas mãos, e no entanto não nos interessamos pela "factura" que as gerações futuras vão ter de pagar pelo nosso vanguardismo...
No rescaldo das intempéries do último inverno, com o mar a reclamar a devolução das areias que as obras faraónicas dos homens impiedosamente lhe roubaram com a construção de barragens, diques e chalets à beira mar, observamos agora as autarquias numa azáfama, procurando repor a areia que o mar reclamou. Uma decisão louvável, não fosse ela contraditória, se para restituir essas areias ao mar estas não tivessem de ser roubadas noutro lado, o que significa não resolver coisa nenhuma, isto é, protelar o problema.
Mas é assim que nós humanos nos habituamos a pensar o "progresso" no planeta, remediando sempre, em vez de prevenir. Até um dia. Até o planeta se cansar da estupidez humana e nos matar a todos.
Mas é assim que nós humanos nos habituamos a pensar o "progresso" no planeta, remediando sempre, em vez de prevenir. Até um dia. Até o planeta se cansar da estupidez humana e nos matar a todos.
É por estas, e outras como estas, que não consigo ser um optimista consciente.
INFELIZMENTE PARA A HUMANIDADE AS TRÊS GRANDES BESTAS QUE MANDAM NESTE PLANETA, SÃO OS MAIORES PREDADORES DO NOSSO MEIO AMBIENTE, E, COMO TAL, NINGUÉM OS DISCIPLINA, NINGUÉM OS CONDENA, GOZAM, CONTAMINAM, SÓ QUEREM VER DINHEIRO, LUCRO E MAIS LUCRO...
ResponderEliminarAbílio Costa.
mas eles gostam muito da natureza :-), são uns amores de pessoas, lá no fundo, muito no fundo, no recôndito das suas almas cristãs...
ResponderEliminarÉ de facto um tema bastante pertinente e que me preocupa sobremaneira. Todavia, permito-me reflectir sobre o assunto na seguinte prespectiva. Observando o comportamento das outras espécies no planeta, a sua perfeita integração no seu habitat natural, a sua adaptação às condições que a Natureza lhes proporciona , sem que para isso tenham que alterar seja o que for, sou levado a pensar que a nossa espécie terá tido origem alienígena. Reparem que para sobrevivermos, temos que levar à destruição e à extinção tudo o que nos rodeia. A "história" do "crescei e multiplicai-vos" deu nisto. Não é difícil imaginar que a nossa espécie iniciou desde o seu aparecimento a caminhada inexorável para o fim.
ResponderEliminarCaro Guilherme Olaio,
ResponderEliminarmuito pertinente o seu comentário.
O que lhe posso dizer, é que duvido pouco do nosso superior patamar de inteligência com relação aos outros animais. Se é inteligência, é como o senhor dá a entender, uma inteligência (digo eu), macabra...
Longe de mim apontar no meu comentário qualquer alusão a inteligência. Apenas mostrar que ao invés das restantes espécies, para sobrevivermos, não o conseguimos sem a destruição do meio. São as florestas, os rios, os combustíveis fósseis, os mares. O planeta mantém este tamanho de há muito, a este tamanho correspondem recursos proporcionais , todavia a espécie humana não para de aumentar ultrapassando assim a capacidade de regeneração. É muita gente para tão pouca TERRA.
ResponderEliminarCom isto não pretendo desvalorizar tudo quanto se faça no sentido da preservação, mas dá para perceber que estamos a caminho do fim.
Caro Guilherme Olaio,
ResponderEliminareu pecebi o seu comentário, não vi nele qualquer referência à inteligência. Eu é que acrescentei uns "pozinhos" de ironia... De resto, concordo consigo.
Cumprimentos