24 junho, 2014

Nem o S. João consegue unir os portuenses



Ninguém pode ficar indiferente à guerra pelo poleiro entre os Antónios da família PS. Família? Por que não? As famílias de sangue serão assim tão diferentes das famílias partidárias? Humm... cheira-me que não.

Já disse por mais que uma vez, que como cidadão eleitor não voltarei a votar para as legislativas enquanto os candidatos não me derem garantias pessoais sobre a sua idoneidade, e que essas garantias terão obrigatoriamente de ter cobertura patrimonial. A palavra de honra não conta para este "campeonato", porque está mais que provado que na política o património da palavra há muito que faliu. 

Posto isto, e voltando à triste figura dos dois Antónios do PS, direi que se fosse militante e tivesse de tomar partido por algum nesta contenda, mandava-os dar uma volta ao bilhar grande e proporia a expulsão de ambos do partido. Seria uma decisão temperamental é certo, mas quando são os próprios líderes do partido a cuspir nos estatutos teria outra alternativa? Pentear macacos, talvez?

Mário Soares, pai da incoerência política tem culpas neste cartório. Agora que está velho e quase gágá, anda a fazer apelos aos militantes para não se esquecerem que o PS é um partido de esquerda, e volta a tratá-los por camaradas, quando foi ele mesmo quem meteu o socialismo na gaveta e que esvaziou a democracia de uma coisa fundamental para o seu bom funcionamento: autoridade.

Não, não leram mal: autoridade sim. A autoridade é o respeito absoluto pela Lei. Não me importo de ser mal interpretado (já estou habituado), porque se pensarem bem é aí que reside o maior problema do país. Sem respeito pela Lei não há respeito por nada, em nenhum lugar. E para haver autoridade tem de haver rigor e isso não tem nada a ver com totalitarismos. São os oportunistas, os corruptos, que gostam de regimes com sistemas de justiça "flexiveis", são esses os principais defensores de democracias amputadas da sua alma mãe que é a Justiça.

Não quero com isto afastar-me do tema de momento, portanto regresso e termino com o S. João. Continua a ser evidente o amuo, mais ou menos silencioso, algo enigmático, estranho, incompreensível mesmo,  entre o Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e Pinto da Costa do FCPorto. Ontem, P. Costa esteve em Gaia com o edil da cidade Eduardo Victor, e do lado do Porto, Rui Moreira preferiu juntar-se a Manuel Pizarro e ao convidado de honra António Costa, um dos contendores  da família PS...  

Mas o que é que se passa meus senhores? Quando é que ganham juízo? Que sombrios rancores estarão a toldar-vos o cérebro? Acham por acaso que o S. João faz milagres tão bem feitos capazes de esconder tanto azedume?  Nâo, não faz!

E o Norte, como fica? Onde está o vosso espírito combativo, a vossa solidariedade? E o Porto e Gaia? Essas cidades que todos dizem amar? Peguem num alho-porro e chafurdem-se com ele, mas resolvam as vossas guerrinhas de  uma vez. Olhem para o Porto!

1 comentário:

  1. Consegue unir os portuenses, mas não consegue Unir os Antónios! que chatice...

    Costa do Castelo

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...