Sem liderança, nem uma grande união dos nortenhos, será muito difícil, senão impossível, derrubar esse monstro de muitas cabeças chamado centralismo. O Porto, todas as cidades e localidades nortenhas, queixam-se dele, com toda a razão, mas é preciso fazer muito mais que "chorar". E quando falo em chorar estou a referir-me a todos, muito em particular aos responsáveis políticos locais e a todo o universo do empresariado nortenho.
Quando aderi ao malogrado Movimento Pró Partido do Norte, não foi por ambições de ordem pessoal, foi por vontade de dar o meu modesto contributo e apoio a algo que os partidos - como agora se diz - do arco da governabilidade e da oposição, se têm recusado a encarar com seriedade, que é lutar e defender a causa da regionalização. Apenas isso. De resto, não tinha (nem tenho) ambições por cargos políticos.
Foi uma pena que ninguém tivesse querido levar avante aquele projecto, embora compreenda que quando faltam lideranças fortes e apoios financeiros é muito difícil levar a cabo uma empreitada desta natureza. E se juntarmos a isso o facto de uma grande parte dos nortenhos e dos portugueses em geral não terem grande vocação para se envolverem na luta política de forma desinteressada, então a tarefa fica quase impossível de realizar. A militância partidária normalmente "paga" de alguma forma aos seus discípulos, e é também isso que explica a pouca adesão que continuam a ter nas eleições, apesar do aumento crescente da abstenção.
Mesmo assim, continuo sem perceber muito bem o que distingue os partidos do poder e os da oposição, de todos os outros, para merecerem mais atenção e suposta credibilidade. Devia ser o contrário. A mim, faz-me confusão porque é que, depois de ser sistematicamente enganado, o povo reincide no "crime" de repetir o mesmo erro que originou a bandalheira que hoje vivemos.
Aqui vai um exemplo: o líder da distrital do Porto do PS José Luís Carneiro disse esperar que tanto António J. Seguro e António Costa discutam a reforma do Estado e que se comprometam em particular com a criação de regiões administrativas (ler artigo JN acima). Muito bem. E o que será para Luís Carneiro e outros militantes um compromisso? Uma promessa? Bem. Ainda que não me surpreenda que qualquer um dos putativos candidatos ás primárias do PS de Setembro faça a referida promessa, por naturalmente se sentirem confortáveis para não a cumprir agora, por mais uma vez "não ser oportuno", é expectável que continuem a assobiar para o lado e a ignorar outra vez o desafio, mesmo que algum ou ambos aceitem o repto e "prometam" tratar da regionalização.
Haverá alguém que esteja disposto a apostar comigo como nenhum dos candidatos vai cumprir a promessa? E se ninguém quiser apostar por ter os mesmas suspeitas que eu, como explicar o fenómeno de haver ainda quem vote nestas miseráveis condições? Serão de facto essas pessoas que votam nestas condições, um exemplo de boa cidadania?
Foi uma pena que ninguém tivesse querido levar avante aquele projecto, embora compreenda que quando faltam lideranças fortes e apoios financeiros é muito difícil levar a cabo uma empreitada desta natureza. E se juntarmos a isso o facto de uma grande parte dos nortenhos e dos portugueses em geral não terem grande vocação para se envolverem na luta política de forma desinteressada, então a tarefa fica quase impossível de realizar. A militância partidária normalmente "paga" de alguma forma aos seus discípulos, e é também isso que explica a pouca adesão que continuam a ter nas eleições, apesar do aumento crescente da abstenção.
Mesmo assim, continuo sem perceber muito bem o que distingue os partidos do poder e os da oposição, de todos os outros, para merecerem mais atenção e suposta credibilidade. Devia ser o contrário. A mim, faz-me confusão porque é que, depois de ser sistematicamente enganado, o povo reincide no "crime" de repetir o mesmo erro que originou a bandalheira que hoje vivemos.
Aqui vai um exemplo: o líder da distrital do Porto do PS José Luís Carneiro disse esperar que tanto António J. Seguro e António Costa discutam a reforma do Estado e que se comprometam em particular com a criação de regiões administrativas (ler artigo JN acima). Muito bem. E o que será para Luís Carneiro e outros militantes um compromisso? Uma promessa? Bem. Ainda que não me surpreenda que qualquer um dos putativos candidatos ás primárias do PS de Setembro faça a referida promessa, por naturalmente se sentirem confortáveis para não a cumprir agora, por mais uma vez "não ser oportuno", é expectável que continuem a assobiar para o lado e a ignorar outra vez o desafio, mesmo que algum ou ambos aceitem o repto e "prometam" tratar da regionalização.
Haverá alguém que esteja disposto a apostar comigo como nenhum dos candidatos vai cumprir a promessa? E se ninguém quiser apostar por ter os mesmas suspeitas que eu, como explicar o fenómeno de haver ainda quem vote nestas miseráveis condições? Serão de facto essas pessoas que votam nestas condições, um exemplo de boa cidadania?
Viva, Rui,
ResponderEliminarsó acredito se eles se comprometerm e por escrito a que, seja qual for a situação que encontrarem, chegados ao governo, nos primeiros 3 meses tratam do assunto. Se não tratarem, demitem-se sem mais, não tentam arranjar desculpas, género, isto não está famoso, está pior do que pensavamos e afins.
Abraço
Político é mentiroso é um procurador de emprego é um tachista.
ResponderEliminarEsta democracia é uma mentira, é uma farsa de carnaval passou de 25 de Abril para dia 1 de Abril, é só mentira, já não acredito em ninguém... podem ladrar, miar ou zurrar é tudo uma garotada...
Abílio Costa.