Gosto do Brasil e do seu povo. Ao contrário do português europeu, tristonho, pesado e fatalista (do fado), o Brasil teve o condão de tornar a língua portuguesa numa língua bonita, leve, alegre, ritmada e musical (do samba). Além disso, é mais que um país, é um continente dentro do próprio continente, exuberante de vida e beleza. Só não gosto das favelas e de tudo o que elas significam... O optimismo dos brasileiros é o único genuíno, porque é impossível sorrir como sorri aquele povo com uma vida tão difícil e assimétrica como é a deles.
Mas ontem gostei dos alemães. Gostei do fantástico espírito colectivo, assente no rigor, na disciplina e na sobriedade que fez dos 7 golos marcados à selecção do Brasil parecer uma coisa simples. É isto que faz falta à Europa do Sul, e é a falta disto que faz a Europa do Sul continuar nas bocas do mundo com a reputação dos malandros mais corruptos do continente. E não me estou a referir apenas ao futebol...
Mas o futebol tem destas coisas, porque é um desporto iminentemente colectivo, de operários tecnicistas, provocou em mim o milagre de ter gostado da victória da equipa que não apoiava.
Porque foi melhor, porque me soube conquistar pela qualidade do seu futebol. Sem mariquices nem ronaldices. Viva o futebol!
Porque foi melhor, porque me soube conquistar pela qualidade do seu futebol. Sem mariquices nem ronaldices. Viva o futebol!
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