06 julho, 2014

Sinais do centralismo, mesmo no JN

Pouco tempo depois de ler o artigo interessantíssimo de José Mendes que colei mais abaixo, o qual subscrevo integralmente, quando folheava a revista Notícias Magazine que vem anexa com o JN aos domingos, logo na 1ª. página li o seguinte:

«Não querendo ceder a estereótipos, posso dizer que estes são os tempos em que o futebol deixa de ser um assunto iminentemente de homens, para se democratizar junto das fãs femininas que se tornam fanáticas das suas selecções nacionais. Elas que muitas vezes nem um jogo viram do campeonato nacional, que nem conseguem dizer de cor mais de quatro nomes que alinham pelo Benfica ou pelo Sporting, já para não falar dos treinadores, ei-las, chegado um campeonato como o Mundial, a discutir os efeitos da humidade nas pernas dos jogadores».

Por razões óbvias, compreendo que o teor do texto seja o que menos interessará ao leitor, até porque nem está completo (é só um parágrafo). Mas, acredito que já não lhe escapará a marca visível do centralismo que a autora (Catarina Carvalho) deixou bem patente no mesmo. Ora aí está, Benfica e Sporting, o resto é paisagem...

PS-Catarina Carvalho é "só" a Directora executiva da Notícias Magazine, mas, como todos os centralistas, é uma enorme ignorante sobre a realidade do país, que é...o resto.

A Controlinveste é o Grupo onde se inclui o JN, o DN, o Jogo, a TSF. Joaquim Oliveira já só detém 27,5% do capital da holding.

3 comentários:

  1. Grupos económicos são entidades, sem rosto, sem alma e das quais pouco ou nada há a esperar.
    O JN que me habituei a ler "desde que me conheço" já não existe. A pluralidade de opiniões nele contida, resulta num cocktail difícil de tragar. A citada revista que acompanha as edições de Porto e Lisboa dos Notícias visa apenas justificar o preço da edição dominical (1,40€).
    O actual JN não é o mesmo do tempo de SOFIA. Nasceu no Porto, bairrista, mas não "escapou ao provincianismo da capital"

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  2. Sr.Guilherme Olaio:

    estou completamente de acordo.

    É isso mesmo:
    "provincianismo da capital"

    Cumpts

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  3. Por dinheiro vende-se a alma ao diabo, o centralismo é uma praga Nacional. Sedes de grandes fábricas do Norte, comunicação social está tudo sediado em Lisboa, e com esta gente beijoleira, o país ainda fica mais esventrado...

    Abílio Costa.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...