Tantos debates, tantos comentadores, tantos politólogos, tantos peritos para tudo, e mais alguma coisa, e no entanto o mais importante fica sempre por fazer.
As reacções à situação da Grécia, de gente como a que acima aludi, sintomaticamente ligada à direita, são tudo menos surpreendentes. Só quem andar distraído e ignorar o que a direita mais soft (PS), e sobretudo a mais despudorada (PSD e CDS) fizeram do país, desde que há eleições livres em Portugal, é que pode levar a sério as suas preocupações. Tecem os cenários mais catastróficos para o futuro da Europa, arvorados em grandes estadistas, em grandes amigos do povo, sem que haja alguém capaz de refrear-lhes a soberba. Tão sábios que são a adivinhar o futuro, quase sempre tenebroso, não há quem lhes recorde o óbvio: as densas trevas do presente, das quais são os primeiros responsáveis.
Esta, é uma estratégia muito parecida com a da Regionalização. É um perigo para a coesão nacional e um oásis para a corrupção, dizem. Perdão, diziam (com as eleições à porta os ventos regionalistas sopram fortes e "convictos")... Igualmente visionários com o futuro, e igualmente cegos com o presente. O BPN, o BPP, BES, e o obscuro negócio dos submarinos passa-lhes ao lado. Talvez por ter um cariz centralista, quero crer...
Tudo isto é um festival de bem falar, mas depois nada muda, e nós já vimos, já tivemos alguns exemplos; aparece uns Dons Sebastiões uns cristos redentores e fica tudo na mesma. Aqui em Portugal é como diz o outro, é preciso Mudar para ficar tudo na Mesma.
ResponderEliminarO Câncer tudo isto é a justiça não funcionar. Prendesse um autarca por abuso influências ou corrupção, mas, ficam mais umas dezenas, iguais ou piores por prender, com os ministros é mesmíssima coisa. É um pais de brandos costumes.
Abílio Costa.