04 fevereiro, 2015

Não percebo. Nós é que somos os provincianos...

Alguma coisa está errada neste país. Corrijo! Alguma coisa não, tudo está errado neste país! Para aquela gente de Lisboa, nós não passámos de uns provincianos, nós é que temos complexos de inferioridade, eles é que são os cosmopolitas, os centros-mor da cultura avançada...

O curioso é que as notícias relevantes do país estão precisamente no Norte, e no Porto, e estão frequentemente a acontecer, saídas das várias universidades, seus principais berços.

Outro dia, falava-se que uma equipa do Porto tinha vencido um concurso internacional para levar vida a Marte. Hoje, foram notícia três investigadores da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto por venderem à Austrália nova tecnologia para a produção de painéis fotovoltaicos no valor de 5 milhões de euros... 

Não querendo puxar pelo meu "bairrismo" que não refuto e de que me orgulho, a verdade é que não somos nós quem se auto-promove, como acontece com Lisboa pelas razões mais comezinhas, mais ridículas até;  são entidades respeitáveis de outros países que nos reconhecem o valor, que nos honram e respeitam.

Para os nortenhos, é caso para dizer que de Lisboa, nem bons ventos nem bons casamentos...  

3 comentários:

  1. É melhor que esses centralistas fiquem na ignorância, que no Porto muita gente se distingue em diversas áreas, se os chauvinistas sabem disso, ainda são contratados pelo benfica ou dizem que são todos naturais de Lisboa, E nós é que somos provincianos, e os Saloios o que é que são!? Oportunistas...

    Abílio Costa

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  2. Se estiver em Lisboa pode ter a certeza que por cada dez lisboetas que passam por si, apenas 1 ou 2 são alfacinhas. Os demais têm a sua origem (como eles próprios dizem) na província.
    Esta imensa maioria, oriunda nomeadamente de Trás-os-Montes, Beiras e Alentejo é que se tornou representativa dos Alfacinhas. Neles teve origem por cruzamento linguístico o nosso bem conhecido LISBOÊS com que somos brindados nas Rádios e Televisões a toda a hora e a todo o tempo. Chegados à Capital quais CALISTO`S ELÓI`S das circunstâncias, carecem de afirmar a sua diferença, para que jamais possam ser confundidos com os labregos que à falta de coluna vertebral escorrem até Olisopo para fazer pela vida. E com estes, porque são estes é quase um desperdício gastar "bit`s" de internet. Todavia, e na mui pouco esperançosa possibilidade de que nos possam ler, deixo-lhes à guisa de resposta definitiva, este pequeno pedaço de PROSA duma Portuense que tanto nos orgulha:
    "PORQUE NASCI NO PORTO SEI O NOME DAS FLORES E DAS ÀRVORES E NÃO ESCAPO A UM CERTO BAIRRISMO. MAS ESCAPEI AO PROVINCIANISMO DA CAPITAL"

    Sophia de Mello Breyner Andresen

    Cumprimentos

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  3. Bela prosa, sim senhor. O que tinha a mãe de bairrista tem o filho de centralista. Só o FCPorto lhe ficou nas veias.
    Às vezes, dou comigo a pensar se o cosmopolitismo não será o maior carrasco dos indígenas portuenses.

    Cumpts.

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