04 janeiro, 2017

Não tenho estofo para criticar os jogadores do FCPorto



Não sei que mais será preciso acontecer, para os dirigentes do FCPorto decidirem tomar medidas intransigentes e de repúdio contra esta saga de arbitragens miseráveis nos jogos do nosso clube. O que nos estão a fazer é simplesmente i-n-a-c-e-i-t-á-v-e-l! Uma vergonha para a nossa dignidade!

A avaliar pelas reacções do presidente, quase sempre tardias e irritantemente frouxas, arrisco-me a dizer que os árbitros (ou, o que quer que seja parecido com isso), já devem ter interpretado a complacência portista como uma "ordem" para continuarem a sangria anti-portista, ou mesmo, como é público e notório, para fazerem muito mais, e pior. A verdade é que era isto que há muito se previa. Sempre aqui disse que isto tudo não era inocente nem casual, e que a continuar a indulgência do presidente tudo tenderia a piorar. Serão necessárias mais provas? 

O que não pára de me espantar, é ainda ver o dedo acusador de alguns portistas virado para o treinador e jogadores, ora por jogarem mal, ora por não deixarem a pele em campo. Neste momento crítico, em que as arbitragens tendenciosas são mais que óbvias e graves, uma clara provocação, passar por cima disso, ou seja, atenuar a roubalheira como se fosse um pormenor e passar para os ombros do treinador e jogadores exigências que deviam ser cobradas em primeira instância aos dirigentes é ver um filme de trás para a frente. Essas coisas da garra, da boa atitude competitiva, do espírito combativo, da defesa do clube, têem naturalmente de ser inspiradas por quem manda. Não será assim? Porque teimam então em bater no ceguinho, quando o ceguinho principal é outro e não quer ver? Acham que os dirigentes portistas têm sido bons exemplos na defesa do clube, tanto para os atletas como para os adeptos? O problema chama-se Pinto da Costa, meus senhores! Por favor não se enganem também vocês nos trilhos a substituir! 

De resto, as intermitentes oscilações exibicionais da equipa levam-me a concluir que se calhar não temos um plantel tão equilibrado em qualidade e quantidade como desejaríamos, e o treinador também pode não ter o perfil ideal para as ambições do FCPorto, mas essa é outra questão que deve ser avaliada, primeiro, no contexto administrativo e só depois no desportivo. É preciso não esquecer que a escolha do treinador e do plantel, passou sempre pelo crivo aprovativo de Pinto da Costa, e por mais gratidão que lhe tenham, transferir para terceiros competências suas, é profundamente injusto.

Aos jogadores pede-se-lhes que joguem bem, ao treinador exige-se que os corrija e ensine a jogar. Se ambos não correspondem às expectativas, então é porque quem os contratou falhou na escolha. Como esta escala tem vindo a ser invertida o resultado não podia ser mais esclarecedor: os jogadores revoltam-se e despejam nos árbitro a sua revolta. E até nisso, os dirigentes do FCPorto têm tido muita sorte, porque os jogadores portistas tudo têm feito para não cometerem faltas, cientes que se entrarem mais duro (como querem os adeptos) os cartõezinhos vermelhos são a primeira prenda com que os árbitros imediatamente os brindam (como aconteceu ontem com Brahimi e Danilo). Ontem, aos 57 m de jogo (+ ou -), o Moreirense tinha 13 faltas e o FCPorto apenas 3, no entanto, quem acabou por levar 2 vermelhos fomos nós... Como é possível então insistir no empenho e na responsabilização dos atletas quando sabemos que os árbitros são implacáveis se forem os nossos a entrar mais durinho nos lances? Será assim tão difícil compreender isto?

É aos sócios que compete avaliar onde está o verdadeiro problema. Se ainda fosse sócio, sabia a quem pedir responsabilidades e não voltava a votar em Pinto da Costa, porque já não mostra capacidade para enfrentar os inimigos como outrora. Se estão à espera que ele saia pelo seu pé, sentem-se e preparem-se para mais tempos angustiantes. Ah, e não me contem histórias de arrepiar, com a treta de tudo isto ser uma estratégia para afastarem Pinto da Costa do FCPorto, porque o problema está mesmo nele.

Pela minha parte, primeiro estará sempre o clube e só depois se se justificar, quem o dirige. Não há insubstituíveis, sobretudo quando o que de melhor tinham se esfumou.
  

7 comentários:

  1. Quando se está por baixo há sempre umas patas a carregar mais ainda. A arbitragem com o FCP tem sempre uma Ave de patas bem vermelhas e umas unhas que faz moça. Só que nós temos um caçador cheio de reumatismo, vesgo para fazer pontaria, e acertamos sempre ao lado da peçonha.
    O mais importante para muita gente é o poder, poder esse que tem barbas e cheira a mofo.
    Estes leprosos que nos apitam sabem bem dar conta do recado dos seus superiores, superiores esses, beijas/flores do traseiro do padrinho vermelho.
    Com esta SAD de dinossauros, vamos penar por mais alguns anos.

    Abílio Costa.

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  2. Ó Abílio, só você me fazia rir nesta altura!
    Pena é que estes gajos do apito (encarnado) não sejam mesmo leprosos, porque assim não tínhamos que os aturar muito tempo...

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  3. Caro Rui Valente,
    A minha convicção é que enquanto Pinto da Costa estiver na presidência a " praga " das arbitragens, e não só, vai continuar. Pinto da Costa, não tem credibilidade ( excepto junto dos mais fanáticos ) ninguém com um mínimo de bom senso o leva a sério, pois hoje diz uma coisa e amanhã tudo o contrário. Mas não perdeu só credibilidade perdeu sobretudo poder. Pinto da Costa convenceu-se, e conseguiu convencer muitos portistas, que era o todo poderoso mas, se é verdade que teve muito poder, também não é menos verdade que teve aliados poderosos ( e nisso teve o seu mérito). Cito só alguns: Pinto de Sousa, Adriano Pinto e Valentim Loureiro. Estes homens tinham o controle quase total do Futebol. Quem tem hoje poder no futebol?? Homens afectos ao Benfica e um Presidente da Federação que saiu do Porto em litígio com Pinto da Costa. Por isto, Pinto da Costa pode até falar todos os dias que ninguém lhe liga, aliás citando o mesmo Pinto da Costa " só os estúpidos é que falam de arbitragem e como há muitos estúpidos vai continuar a falar-se " e acrescentava " mas os árbitros já não lhes ligam ". É isto meu caro. Aliás a actuação dos árbitros revela isto mesmo, não é tanto pelos penaltis que deixam ou não de marcar mas pela forma acintosa como tratam o Clube como que a dizer a Pinto da Costa qualquer coisa do género - diziam que eras o Papa mas agora não passas de um cura de aldeia rodeado de velhas beatas - ou seja perderam-lhe, não digo o respeito porque acho que nunca lhe tiveram nenhum, mas perderam sobretudo o medo. Termino dizendo que bem que gostaria de estar completamente enganado, mas infelizmente penso que esta é, e vai ser, a nossa triste realidade enquanto Pinto da Costa continuar a presidir ao FCPORTO. As minhas cordiais saudações. Jorge Monteiro.

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  4. Desculpe voltar, mas em relação ao meu comentário anterior queria deixar bem claro que o problema do FCPORTO não se resume às arbitragens, isto é uma parte do problema e nem sequer o maior. O problema maior está na própria SAD. Jorge Monteiro.

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  5. Dragões: não adormeçam sob o canto das sereias...

    Desde a jornada 1 que andamos a ver erros grosseiros dos árbitros. SEMPRE em prejuízo do FC Porto. SEMPRE!
    De súbito começamos a duvidar da equipa, do treinador, do Presidente, de todos desconfiamos.
    "Eles", o povo, o sistema encornado, pensou e acreditou que realmente a equipa do FC Porto também seria fraca. E durante 2 jogos, foram quase honestos. Aí o FC Porto venceu e até goleou.
    Soaram de novo as sirenes: afinal aquela equipa do FC Porto até é melhor que o "pintam". E voltaram os roubos. Em catadupa!

    O que aconteceu ontem foi a gota de água. Toda a Europa, todo o Mundo se ri.
    Eu não me rio! Pelo contrário! Estou com o ódio à flor da pele. Como Cristão deveria dar a outra face, mas estou cansado de esperar pela recompensa noutra vida. Como Nacionalista Nortenho quero sangue a correr debaixo das pontes.
    Já tentaram noutra ocasião aniquilar o FC Porto. Falharam. Agora tentam-no via árbitros, correndo-nos de todas as competições.
    Continuam a querer aniquilar-nos.
    Assistimos à impunidade do clube encornado.
    Sim são eles que estão por detrás da arbitragem. Basta ver quem são os vermes que estão no comando da arbitragem e o seu passado como árbitros!
    Ficam impunes ao tráfico de droga que um seu alto dirigente comandava dentro do próprio estádio.
    Ficam impunes ao tráfico de influências via "ofertas" aos árbitros. Primeiro negaram, depois eram só uns almoços, depois 160 euros e mais recentemente pela boca do seu "pneumático" presidente seriam já 500 ("alguém se deixa corromper por 500 euros? - disse ele recentemente)
    Ficam impunes perante o facto provado que a sua fundação promover cursos de árbitros!!!!
    Beneficiam de um "manto protector" de toda imprensa totalmente vergada ao seu emblema, deturpando e escondendo os podres e destacando apenas os seus (parcos e internos) sucessos, mesmo aqueles que são construídos sobre a falsidade
    Não dá: quero sangue dos inimigos, quero os responsáveis punidos. E se não for a justiça dos organismos, que seja a justiça dos Homens do Porto, que como todos sabem são do mais nobre e leal que este país tem.

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  6. Kosta,

    compreendo a sua ira, porque também a sinto. Deve ser um problema nosso termos a indignação demasiado apurada, mas vamos ver como as coisas correm agora que o Porto Canal seguiu os nossos conselhos (embora digam que não ligam a blogues...)

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  7. Costa do Castelo.
    Por cá a Norte no grande Porto aquelas figuras que ainda tinham algum poder no futebol, estão velhas, oxidadas, à espera do ultimo sopro. A Sul na grande Lisboa onde mora o poder a máfia futeboleira, borboletas e beija/flores a poisarem no traseiro do padrinho Abutre vermelho, uma orquestra de apitadores desafinados chefiados por um maestro maneta em que para ele a musica é outra. Nestes próximos anos, Com um Papa cheio de reumatismo e uma linguagem confusa, rodeado de cardeais que já não cantam e andam em cadeiras de rodas, francamente, não há velas nem preces a Nª Srª de Fátima que faça qualquer milagre nestes próximos tempos.

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Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...