Rui Sá, político sério ou benfiquista ressabiado? |
Como já aqui o demonstrei, através do que vou escrevendo, tenho alguma simpatia por uma parte ideológica do regime comunista, e só não acredito absolutamente nele por causa da tendência dos seus próceres para o totalitarismo, mal se instalam no poder. Olhemos para a Coreia do Norte, para a China, ou mesmo para a simpática Cuba, e interroguemo-nos se era essa a alternativa que gostaríamos de ter ao regime híbrido do nosso país. Já dei comigo a pensar se os próprios militantes comunistas se adaptariam ao regime, enquanto simples cidadãos... Mas essa, é outra conversa, outros labirintos da política.
Vale o intróito para dizer o seguinte: tal como com os homens, nem sempre os símbolos espelham a autenticidade das ideologias que defendem. Estou-me a referir concretamente ao ex-vereador da Câmara do Porto, Rui Sá. Leio sempre os seus artigos no JN, e constato que raro é o dia em que ele não consegue disfarçar o ódio de estimação que dedica a Rui Moreira. Isto, porque em grande parte dos casos, não vejo substância, nem objectividade, para as críticas que lhe faz, o que não quer dizer que pontualmente não tenha alguma razão. Acontece que, como aqui fica provado no seu artigo hoje publicado no JN, a montanha dos argumentos acaba quase sempre por parir ratos e frustrações indisfarçaveis.
Os leitores dirão de sua justiça, mas se lerem com atenção o que Rui Sá escreveu, vão chegar à mesma conclusão que eu, ou seja, que o alvo a abater não devia chamar-se "Rui Moreira", e sim "António Costa", ou então, se quisesse ser mais pragmático, "centralismo", que é temática aparentemente desinteressante para ele, e à qual dedica muito pouco tempo.
Se por um lado, Rui Moreira (e demais autarcas da A.M.do Porto) foi confrontado com a solução apresentada para o alongamento da linha do Metro, aceitando-a (como os outros autarcas) como mal menor, preferindo avançar com a obra que esgrimir nesta altura argumentos com o governo, arriscando-se a bloquear outra vez o processo (como era apanágio de Rui Rio), por outro, não é à Câmara do Porto que compete exclusivamente esse papel, mas sim ao partido de Rui Sá, e ao BE, na Assembleia da República e junto do governo que decidiram apoiar. Por que razão não o fazem? Não será esse o lugar indicado para o efeito?
Rui Sá fala muito bem, mas nunca deu a cara para influenciar o seu partido a lutar na AR pela regionalização, contra o sectarismo da RTP, não só em termos políticos como desportivos, onde o seu Benfica toma o lugar do Estado Novo sem que isso o perturbe, enquanto comunista. Como não parece perturbar-se com o que se passa com a parceria publica/privada da TAP, e a discriminação feita ao Porto, assunto que foi atempadamente denunciado por Rui Moreira e lavrado em livro, sem sequer lhe dedicar uma palavra de apreço. Para isso, não soube ele olhar.
Posso estar a enganar-me, tal é a minha incompreensão por tanta azia de Rui Sá por Rui Moreira, mas palpita-me que o ódio de estimação que lhe reserva deve estar relacionado com a bofetada de luva branca que este, na qualidade de adepto portista aplicou ao benfiquista e cineasta amador, António Pedro Vasconcelos, quando o deixou com cara de parvo a falar sozinho num programa de bola da sua inatacável RTP...
Esta personagem é um Bota/Abaixo, um ressabiado. Pensei que o tempo dele de antena já tivesse terminado, mas pelos vistos, ainda lhe dão um pequeno espaço para ele despejar algum lamuria de dizer mal. Aqui na cidade do Porto nunca fez nada em prol da cidade, conseguiu sempre ter tacho. Nunca fui por este ruizinho botabaixo um lampião até à medula.
ResponderEliminarAbílio Costa.
Viram ontem no UNiverso Porto de bancada do Porto Canal os grandes devedores (muitos, muitos milhoes) ao Novo Banco ???
ResponderEliminarDevia ser mais divulgado efalado, bem como os do BPN, Banif e CGD já que se calhar é o povao ( o que paga impostos)que tem que arcar com a conta.
Mas pelos vistos convem falar pouco destas minudencias....
Porque será ?