Maria José Morgado não tuge, nem muge |
Sei que estou a ser demasiado repetitivo com os temas que escolho para escrever. A política, ou melhor, os políticos fazem parecer a política uma eterna discussão entre peixeiras, e francamente já pouco me motiva. Seja como fôr, é impossível dissociarmos tudo o resto da política, incluindo o futebol. Portanto, mesmo falando de futebol, estou implicitamente a falar de política.
Não é sadismo, não, mas cada vez gosto mais do manto revelador das traficâncias vermelhas do programa Universo Porto da Bancada. É de facto, verdadeiro serviço público de que o Estado português se devia gratificar, mas também vexar. Devia gratificar-se, por ter sido o FCPorto, através do seu canal e do seu director de Comunicação, fazer o papel de investigador. Papel esse que caberia à Polícia Judiciária, e ao Ministério Público (ao Estado, portanto), e sentir-se vexado, por não ter sido ele (Estado) a investigar a rede Benfica como era seu dever.
Vai ser no entanto muito curioso ver como toda esta gente sairá deste imbróglio indecente sem pôr em causa a credibilidade do regime, e do seu sistema judicial. Há gente demais metida nesta rede malfeitora. Não será por ser o presidente de um clube de futebol o cabecilha e corruptor principal deste gigantesco gang, que os outros protagonistas podem dormir descansados, porque todos eles se deixaram dominar por ele. Uns, terão sido coagidos, mas outros cooperaram nesta trafulhice tremenda com prazer e arrogância, tal era o conforto que sentiam.
No lote imenso de colaboradores, cartilhados (ou não), constam profissionais e empresas de comunicação do Estado e privadas, árbitros, organismos desportivos, jornalistas, agentes da polícia, do Ministério Público, e comentadores. Nenhum destes pode afirmar, sem mentir, que enfrentou o caso agora divulgado, com seriedade e isenção, e no caso dos media, com o dever deontológico a que são obrigados.
Por esta altura, nenhum se pode queixar, se amanhã forem publicamente acusados de cumplicidade criminosa.
Não sei no que isto vai dar. Sei, que muitos daqueles que viveram anos a eito apregoando a verdade desportiva, e agora mostram o valor real que lhe dão, vão ter de se retratar, perdendo a credibilidade, enquanto profissionais, e enquanto cidadãos.
Dessa, não se livram.
Podemos esperar sentados, eles têm uns tentáculos enormes, e nós não temos força suficiente para os cortar.
ResponderEliminarAbraço
Manuel da Silva Moutinho
e vamos continuar a pagar impostos, a votar (eu já não voto há muitos anos), a pagar taxa audiovisual na factura da EDP, a pagar as multas de transito, a obedecer a esta canalhada?
ResponderEliminarVIVA A CATALUNHA! VIVAM OS CATALÃES! ELES SIM, PODEM SENTIR-SE ORGULHOSOS.
Rui, o rosto dessa Dona é o rosto da justiça de uma balança não aferida, que só tem peso para tudo que não seja vermelho.
ResponderEliminarEsta gente está cativa de um clube que lhes dá votos, que põe e dispõe no futebol na política e até porque não na justiça. Aguardo qual vai ser a sentença da justiça civil aos Emails, porque na desportiva está-se mesmo haver.
Abílio Costa.
António Ferreira,
ResponderEliminaré uma ideia interessante a sua, sim senhor. Assim queiram os sócios. Tudo é válido para lutar contra este carcinoma social, menos o silêncio.
Amanhã voltarei ao tema. Tem de ser.