05 agosto, 2018

O que ninguém ousa dizer, diz-se!



A época é de férias, o clima está doente como nunca, e o verão já não é fiável aos pontos cardeais. É a natureza a dizer aos seres mais arrogantes do planeta que não devem abusar demasiado da dita cuja, nem levar tão a sério a sua própria inteligência. Se a natureza falasse a língua dos homens, há muito que lhes tinha dito para acabarem de vez com as experiências nucleares, com os combustíveis fosseis ou com as viagens ao espaço, porque o mais provável é não terem tempo para encontrar um planeta tão belo e perfeito para viver como  a Terra. Os benefícios da exploração do espaço, está a confirmar-se uma utopia e embuste. De uma coisa podemos estar certos, não são os países pobres os principais responsáveis.

Este é um problema global,  quiçá o mais grave dos inumeráveis equívocos da espécie humana. Ainda assim, países há que conseguem organizar-se de modo mais harmonioso e civilizado que outros. Portugal não é certamente um desses países. Viveu cerca de 50 anos em ditadura, e conseguiu o "feito" hediondo de inventar um tipo de regime mais cínico e irresponsável que o anterior, batizando-o de democrata.

Sei o que estou a dizer, e repito-o à frente de quem quer que seja. Não há neste país autoridade com argumentação que me faça mudar de opinião.  Ninguém! Do Presidente ao 1º. Ministro, ninguém me fará mudar de opinião, porque é uma convicção segura.

Há um clube, chamado Futebol Clube do Porto que pode muito bem testar a honradez das mais altas autoridades deste miserável país, se houver a coragem que já teve no passado. Bastaria perguntar,sem dar hipóteses aos destinatários de fugirem às suas responsabilidades, se têm conhecimento da pouca vergonha que grassa pelo país à volta do Benfica, da comunicação social e mesmo nas instituições judiciais. E por fim, indagar o Sr. Marcelo Rebêlo de Sousa e o Sr. António Costa se ainda não deram conta que neste regime que ambos consideram erradamente democrático, o Porto,e o clube mais representativo da cidade,são vítimas de discriminação, a todos os níveis! Uma espécie de apartheid da Ibéria.

PS-O FCPorto ganhou com todo o mérito mais uma Super Taça. O "contra  tudo e contra todos" custou-nos duas lesões e uma agressão (Brahimi, Soares e Herrera). Não chegam as frases heróicas, é preciso igualmente coragem a quem está no cimo da pirâmide. Se este jogo não bastou para ficarem a saber que os árbitros vão continuar na senda da vigarice cartilheira,, não nos surpreendamos se continuarem a tratar-nos como trataram nos últimos anos.


2 comentários:

  1. Caro Rui Valente,

    Mais uma postagem corajosa e esclarecedora acerca das idiosincrasias desta "Jangada de Pedra".

    Não resisti ao desafio do 2º parágrafo. Nele é dito de modo claro e simples no que se tornou este Pais em cerca de um século.

    A qualidade dos homens e mulheres do séc.XIX esfumou-se.Não fora a família e algumas "Viagens na Minha Terra", diria como António Nobre "nada me importas País,seja meu amo o Carlos ou o Zé da Teresa amigos,que desgraça nascer em Portugal".

    Cumprimentos

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  2. Bom dia, Guilherme Olaio!

    Alguns dos nossos "velhos" intelectuais da escrita, como os que citou, mais do que profetas, eram bons conhecedores da
    génese dos portugueses.

    É duro e triste termos de admitir que as excepções a esse estereótipo são poucas, e estão ainda muito longe de confirmar a regra.

    Um abraço

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