António Arnaut, um socialista íntegro que o PS deixou trair |
Não sei o que é que o 1º. Ministro tenciona fazer à cidade do Porto para mostrar que não tem capacidade nenhuma para o cargo que lhe foi outorgado. Sentido de Estado, meus amigos, nicles! Zero! Bola! No que a mim concerne, não preciso que se esforce mais para chegar a essa conclusão. Houve quem se iludisse com a sua suposta habilidade, mas enganou-se. Para mim, chega.
Agora, o que me preocupa a seguir é saber que ainda há no Porto e no Norte quem tenha "coragem" de voltar a oferecer o voto a António Costa por mera partidarite (prefiro a clubite, é mais sã). Não quero com isto dizer que se fosse socialista assumido ia a correr votar no PC, ou no Bloco de Esquerda, porque todos os que me lêem sabem que perdi a confiança nos partidos políticos, mesmo os ditos de esquerda. E nos partidos de direita nem pensar, já me bastaram os partidos de Salazar e Caetano.
Se bem se lembram, inicialmente até achei piada à coligação manca da "geringonça", mas como se previa, não passou de uma faca de dois gumes que agora parece querer transformar-se numa geringonça mista (de esquerda e direita) entre Costa e Rio.
Rui Moreira tem toda a razão. Não sei se o Governo, como ele diz aqui, sucumbiu à máquina do Estado, mas também não ando muito longe dele visto que a promiscuidade entre este (Estado) e os lóbis privados dão sempre nisto (não é só no futebol). Olhemos com olhos apartidários para o SNS (Serviço Nacional de Saúde) e tiremos as devidas conclusões, do estado a que chegou hoje. Este artigo de Mariana Mortágua acrescenta-lhe detalhes curiosos da traição feita ao seu principal fundador, o socialista (dos bons) António Arnaut.
Caro Rui Valente
ResponderEliminarPelo meu lado, não cheguei sequer a dar esse benefício de dúvida / período experimental ao nosso PM. Mas lamento que para si as alternativas à esquerda - perdida que está "a confiança nos partidos políticos, mesmo os ditos de esquerda" - seja únicamente não votar. Exclui a direita liminarmente porque "...nos partidos de direita nem pensar, já me bastaram os partidos de Salazar e Caetano." Donde concluo que, tendo vivido sobre uma ditadura de direita, considera todos os partidos de direita supeitos de simpatizantes de ditaduras, ou de políticas ditadura-like. Além de isso ser tão injusto como considerar todos os partidos de esquerda potenciais apoiantes de ditaduras de esquerda (no caso português, ponho o PS de fora disso), pergunto-me se precisa da experiência de viver sob uma ditadura de esquerda para saber que o PCP e o BE são o mais possível adeptos de "democracias populares" ao estilo soviético, ou bolivariano?
Um abraço,
Alexandre Sottomayor
Meu caro, respeito a sua opção, mas não a subscrevo
ResponderEliminarPode ter a certeza que já deixei de acreditar, na política à moda do Terreiro do Paço há alguns anos. Se lhe interessa saber já dei o meu contributo pessoal na defesa do 25 de Abril. Nesta matéria, não necessito de aprender mais. Já votei, mas aprendi que estava a perder o meu tempo.
Tenho no entanto uma certeza: o que melhor sabem fazer os políticos é zelar pelo seu futuro. Estou-me a lembrar de Durão Barroso (um estilo), de José Sócrates (outro estilo), de Duarte Lima (outro mais radical) e muitos outros que nem preciso ce citar, porque você já deve conhecer.
Não serão todos assim, quero crer, mas objectivamente em matéria de sucesso são incomparáveis os sucessos económicos e financeiros pessoais no pós-política, do que os benefícios das suas políticas para o país. Duvidará? Acha que A.Costa está a governar bem? E Passos Coelho? Devo ser muito exigente, não é? Esqueça, faça de conta que não existo e continue com as suas convicções. Só lhe desejo boa sorte.
Já cá ando há uns anitos, dê-me o benefício da dúvida que experiência não me falta. Não gosto de promessas políticas, só de
práticas. Se não quiser sofrer dissabores com a política, acelere os seus dotes de observador -que seguramente os terá- e verá que não estou enganado.
Volte sempre que quiser
A vergonha do 1º ministro é tal que já passa por meio da chuva.
ResponderEliminarConfirmada a tal descentralização patética do governo dita pelo presidente Rui Moreira. Agora não vale a pena o sr dr Pizarro vir dizer algo sobre a Infarmed, dando uma no cravo e outra ferradura, eu entendo o seu problema mas então era melhor não dizer nada.
Abílio Costa.
Caro Rui Valente
ResponderEliminarNão percebeu bem a minha intenção, porque fui um bocado confuso, de facto. Não pretendo convertê-lo ao voto na direita, em alternativa ao não voto. Respeito a sua opção por não votar e percebo o motivo: o não reconhecimento de qualidade política, integridade e honestidade nos que se nos propõe governar, nem - tanto quanto conseguimos avaliar - nos que se poosicionam abaixo deles nos respectivos partidos. Enfim: mediocridade de cima-abaixo. No meu caso, não obstante ter mais ou menos a sua opinião sobre os nossos políticos, (ainda) opto por votar para tentar que se eleja o mal menor... Mas não era sobre isso que eu queria falar, mas sim sobre a sua afirmação de que nunca votaria num partido de direita porque lhe bastaram os do tempo de Salazar e Marcelo. Ora, para além de achar que não pode reduzir liminarmente a direita a partidos cujo "habitat" natural é a ditadura, a sua afirmação implica que votaria no PCP ou no BE. Como decerto não ignora que as democracias populares que ambos advogam são um eufemismo para ditaduras "do proletariado" ou ditaduras "do povo", perguntava-lhe se vê alguma coisa de melhor na atual ditadura bolivariana, ou viu nas ditaduras soviéticas, do que nas de "direita", para que esses partidos não lhe mereçam igual determinação de exclusão do seu voto - se votasse?
Com os melhores cumprimentos, abraço,
Alexandre Sottomayor
Caro Alexandre S.,
ResponderEliminaré possível que também não o tenha compreendido. Acontece. Resumindo: os partidos de direita em Portugal (e este "em Portugal" significa que estamos longe de ter a mentalidade dos nórdicos onde o nível de vida é dos melhores da Europa e os políticos "um pouco" mais sérios, incluindo os de direita).
Entenda agora o meu raciocínio. Tradicionalmente os partidos de direita são mais conservadores, mais vocacionados para proteger os homens do capital pouco interessados nos problemas sociais. A esquerda moderada, como o PS, não é muito diferente, mas para manter dessa reputação, sempre vai dando alguma atenção ao social (muitas vezes ridícula). Aumentos salariais e reformas ridículas e enganadores, enfim aquilo que você saberá certamente.
Sabe o que eu queria francamente? Era que os políticos de esquerda ou direita (ou do centro) se decidissem a governar a sério, ou seja, com outra dignidade e pragmatismo. Mas, para eu voltar a acreditar nas suas promessas e nos seus programas, têm de me dar garantias que os vão cumprir.
Costumo dar um exemplo que à primeira vista parece ridículo, mas não é assim tanto. Já se interrogou por que é que, enquanto eleitor votante tem de acreditar nas propostas do seu partido, sem que nada lhe garanta como contrapartida a respectiva execução? O exemplo "ridículo" é o seguinte: algum Banco lhe dá crédito, sem garantias, ou dá-lho só porque acredita na sua honestidade?
Um abraço e volte quando entender porque é dialogando que nos entendemos
Um abraço