A memória é curta.
Para quem aqui vem pela primeira vez, compreende-se que não me conheça minimamente, e que por essa razão acabe por ceder ao ímpeto do momento, consoante concorde ou discorde com o que escrevo no momento. É compreensível, mas também seria razoável que antes de aduzirem conclusões definitivas procurassem ler um pouco atrás o que aqui já foi escrito, para evitarem mal entendidos.
Para quem aqui vem pela primeira vez, compreende-se que não me conheça minimamente, e que por essa razão acabe por ceder ao ímpeto do momento, consoante concorde ou discorde com o que escrevo no momento. É compreensível, mas também seria razoável que antes de aduzirem conclusões definitivas procurassem ler um pouco atrás o que aqui já foi escrito, para evitarem mal entendidos.
Procuro explicar-me o melhor que posso e sei. Por vezes até acho que me explico mais do que o necessário, o que se torna algo cansativo, mas prefiro isso a ser mal entendido. Então, por que será que falo tantas vezes do mesmo assunto? O tema principal, é invariavelmente o Porto cidade, e o Porto Clube. Sou adepto dos dois, para mim são almas gémeas. Por essa razão, gostaria muito que as nossas preferências fossem refinadas e esclarecidas para nos tornarmos mais fortes, mais pragmáticos e independentes. Assim, seríamos provavelmente mais profícuos, tanto para a cidade como para o clube.
Uma das "ferramentas" que podia contribuir para atingir tal objectivo podia ser o Porto Canal. A avaliar pelo que vemos houve uma regressão. Foram já fechadas algumas delegações, contrariamente ao que Júlio Magalhães foi dizendo, a adesão foi fraca. O desmesurado compasso de espera até à reabertura do pós-férias já enunciava alguma desorientação. Antagonicamente, continuam a privilegiar Lisboa e quem lá vive, coisa que para mim é estranho, e de um provincianismo bacoco. São actores, políticos, fadistas, quase todos já conhecidos, e contudo são entrevistados como se fossem figuras de Hollyood...
A ideia de se criar um canal misto (generalista/clube) só teria êxito se fizesse mesmo a diferença comparando-o com os canais da concorrência. Nunca foi devidamente assumido que se o objectivo essencial se desviasse da aposta na qualidade colocaria em risco os melhores programas até hoje realizados. Houve uma estagnação, de facto. Uma estagnação que foi acentuada pelo recurso abusivo às repetições. O mote foi: se não há programas novos, repetem-se os velhos! É uma asneira, um sinal de regressão! Repetições, de repetições não são a solução. Isto, só pode gerar descontentamento. Provocou um sentimento de desaforo, negligência evidenciada por uma total desinformação. Que querem, eu não posso olhar para o mau e dizer que é bom. Se o fizesse, estaria a contribuir para a incompetência. Eu quero o Porto Canal um canal de top, não uma emitação gerida por preguiçosos.
No início, ainda houve algumas tentativas para conquistar audiências com a abertura de delegações um pouco por todo o país, que não resultaram. O período de férias foi excessivo, e só terminou já no início do Inverno. Reduziram a uma única emissão a transmissão diária de notícias (às 20H00). A programação é indefinida, e oscilante. Enfim, nada avançou.
A ida da Maria Cerqueira Gomes para Lisboa (para a TVI, notem...) é bem evidente. Foi para lá olhar pela vida, o que é natural, mas mau sinal. Partiu para seu interesse pessoal. Saiu do Porto Canal para se juntar a um ambiente medíocre, onde desempenhará uma actividade brejeira, sem nível, nitidamente à procura da fama, igual às mais banais da televisão lisboeta (há gostos para tudo).
Está visto e revisto que o futuro já não se conquista no Porto, como mais uma vez se confirma. Os que ainda cá estão só vão permanecer se o dinheiro falar mais alto. A filha de Adelino Caldeira faz vida dupla. Tanto vive em Lisboa como no Porto. Óptimo (para ela)! Uma banalidade para o Porto Canal! Se o Júlio Magalhães um dia se gabou de ter deixado Lisboa para vir trabalhar para o Porto foi porque lhe pagaram bem, agora inverteram-se os interesses com uma ex-colaboradora... Significativo, mas intelectualmente pouco edificante.
A ida da Maria Cerqueira Gomes para Lisboa (para a TVI, notem...) é bem evidente. Foi para lá olhar pela vida, o que é natural, mas mau sinal. Partiu para seu interesse pessoal. Saiu do Porto Canal para se juntar a um ambiente medíocre, onde desempenhará uma actividade brejeira, sem nível, nitidamente à procura da fama, igual às mais banais da televisão lisboeta (há gostos para tudo).
Está visto e revisto que o futuro já não se conquista no Porto, como mais uma vez se confirma. Os que ainda cá estão só vão permanecer se o dinheiro falar mais alto. A filha de Adelino Caldeira faz vida dupla. Tanto vive em Lisboa como no Porto. Óptimo (para ela)! Uma banalidade para o Porto Canal! Se o Júlio Magalhães um dia se gabou de ter deixado Lisboa para vir trabalhar para o Porto foi porque lhe pagaram bem, agora inverteram-se os interesses com uma ex-colaboradora... Significativo, mas intelectualmente pouco edificante.
Entretanto ouvímos no programa Universo Porto da Bancada o Francisco J.Marques a lamentar-se sobre a permissividade das arbitragens, com o futebol agressivo que alguns clubes continuam a praticar contra os nossos jogadores, voltando ao discurso de sempre ("isto não pode ser", "blábláblá").
Tudo bem, gosto deste programa e admiro o trabalho de FJMarques (já o disse repito!), mas a linguagem usada às vezes é demasiado contemplativa, quase submissa. Fica a sensação de súplica, e é inaceitável que depois de andarmos há tantos anos a ser ludibriados continuemos nesta onda de prece como se fossemos nós os pecadores. Por que raio não pedimos, exigimos mesmo, a demissão dos árbitros que se permitem estas provocações? Temos de ser mais afirmativos, elevar a voz até, porque a indignação não se revela com luvas de veludo. Falta-nos alma! Não devemos deixá-la reservada apenas aos atletas e aos treinadores! É que este discurso mole só pode dar mais lastro às vigarices.
Tudo bem, gosto deste programa e admiro o trabalho de FJMarques (já o disse repito!), mas a linguagem usada às vezes é demasiado contemplativa, quase submissa. Fica a sensação de súplica, e é inaceitável que depois de andarmos há tantos anos a ser ludibriados continuemos nesta onda de prece como se fossemos nós os pecadores. Por que raio não pedimos, exigimos mesmo, a demissão dos árbitros que se permitem estas provocações? Temos de ser mais afirmativos, elevar a voz até, porque a indignação não se revela com luvas de veludo. Falta-nos alma! Não devemos deixá-la reservada apenas aos atletas e aos treinadores! É que este discurso mole só pode dar mais lastro às vigarices.
É que o tempo vai passando, e os jogos das várias modalidades continuam a ser marcados por arbitragens tendenciosas em que os lesados somos sempre nós. As queixas continuam mas não passam dos estúdios do Porto Canal... Não chega, podem ter a certeza. Terá mesmo de continuar assim? Onde estamos nós? No Burkina Faso? Que raio de país é este que se verga perante escumalha? Será que Portugal está mesmo na Europa? E nós portuenses sentir-nos-emos integrados na Europa?
Este deixa andar, esta tendência para o fado, para o pedir em vez de exigir, é um problema dentro de outro problema. Fala-se muito da garra, exige-se tudo a jogadores e treinadores, elegem-se políticos traiçoeiros e depois andamos perdidos à procura de um salvador que não existe.
Em suma, conclui-se que muitos dos males que nos têm feito só acontecem porque temos tido vergonha de dizer basta, aqui não entram mais! Se entrarem, são corridos a pontapé! Se não há autoridade, nós fazêmo-la!
o porto canal e unico , nao existe outro, que tem de ser maior? tem, que tem de melhirar a programaçao tem, que e obvio que se se quiser implantar na regiao norte de forma importante nao pode ter uma programaçao como se de um canal de clube se tratasse simplesmente, tem de ser tipo tvi que e um canal de clube ( do benfica ) mas ao mesmo tempo nacional. O que o porto canal precisa e separar as aguas entre o clube e a programaçao, o que julio magalhaes tentou, mas nao e facil conseguir. O porto canal pecisa de investidores e a altice ate quis comprar a tvi, o porto canal precisa de ter mais pubçlicidade paga, o porto canal precisa de cativar braga ( que vai prefeindo lisboa ) . O porto canal tem de ter mais audiencias e nao acredito que se os 3 milhoes de portistas parassem no porto canal ja hoje teria de ser muito mais considerado.
ResponderEliminarO problema e que mesmo o JN se quiser ser nacional ou ate regional a norte de rio maior nao pode hostilizar muito lisboa.
Quem pode fazer do porto canal um caso serio sao os adeptos do fcporto e todos os que poe a regiao acima de rio maior ( no fundo o verdadeiro
portugal )a frente de lisboa e arredores, o resto sao tretas.
Boa noite Sr. Rui Valente
ResponderEliminarSubscrevo em todas as vertentes tudo o que escreveu.
Começo por salientar que para mim o problema está objectivamente no Júlio Magalhães, é certo que está no lugar porque alguém (presumo que foi o Presidente Pinto da Costa) o escolheu para lá estar e quem o escolheu não está para se chatear com o Porto Canal.
Mas o Júlio Magalhães claramente que está condicionado na sua função por julgar que tem de continuar a prestar vassalagem a Lisboa para ter algum crédito por lá e assim vai transformando o canal em algo insípido, sem qualidade e pior, retira força ao Porto e por inerência ao FCPORTO.
Ora aqui chegados, para mim e já o escrevi aqui, seria melhor que o clube tivesse realmente um canal do clube com conteúdo de clube para as mais variadas modalidades e programas desportivos, que obviamente teria de criar, mas o que não falta são boas ideias nos canais de clubes estrangeiros.
Depois seria necessário criar-se no Porto e no norte de Portugal um outro canal mais generalista para se ocupar da região norte e centro interior.
Óbvio que para isto era necessário um investimento financeiro, que se calhar até existe, mas que era necessário que empresários das regiões, autarcas das regiões, gente de valor social, etc..., quisessem entrar em confronto com o poder centralista que existe em Lisboa, com todas as repercussões económicas que se calhar dai iriam vir.
Mas sinceramente, eu sempre me habituei a ver na região norte uma força social e económica e principalmente um carácter diferenciado no que respeita a questões realmente importantes na nossa sociedade, e acredito, acredito mesmo que sem essa luta, que terá de ser travada de fora para dentro, da periferia para o poder central, sem essa luta, não é possível corrigir o que está mal na democracia em Portugal desde há uns 20 anos a esta parte, e que se acentua a cada dia que passa.
Mas é preciso não ter medo de mudar o status quo existente no nosso País e que só nos prejudica, a este nível desportivo e em muitos outros níveis (económico, social...), pois todos sabemos que se o poder politico está centralizado numa cidade, é mais fácil para quem quer mandar conseguir a partir dessa força dos grupos de pressão instaurar as leis e regras que quer, pois também o chamado 4º poder, a comunicação social está todo centralizado na capital, e assim tudo passa como se nada fosse.
Agora, se isto a nível geral se perpetua no tempo, apenas se vai perder tempo de acção e agravar o que já está mal.
Peço desculpa Sr. Rui Valente, por levar o tópico um pouco para outra vertente, mas não consigo dissociar um aspecto desta situação actual, pois para mim o Presidente Pinto da Costa soube a seu tempo (30 anos atrás) olhar para o problema e afronta-lo (na vertente desportiva e não só), mas ele agora já não o pode fazer como fazia, o seu tempo passou, e é preciso que quem apareça, seja no clube, seja na região norte saiba exactamente aquilo que enfrenta, com a agravante de o poder do centralismo se ter acentuado.
Cumprimentos, Gil Lopes
Caro Gil Lopes,
ResponderEliminarA questão do Porto Canal é problemática. De início, até achei interessante a ideia de se criar um canal de TV com dois domínios (o desportivo e o generalista). Apercebi-me no entanto que teria de ser muito bem gerida, procurando fugir da vulgaridade, e com critérios de qualidade bem definidos. Preferia começar devagar, e bem, do que cair na ganância do dinheiro dos patrocinadores. Os patrocínios aparecem quando a qualidade e a reputação está garantida. Ou então, enveredar por programas como os da TVI e da SIC, com BigBrothers e afins, o que seria desastroso. Receio bem que JM esteja inclinado para essa solução...
Os sponsers não podem ser evitados porque são fundamentais a qualquer negócio, mas esses contratos têm de ser feitos c/ regras bem definidas,para não virmos a ser no futuro chantageados pela concorrência.
Repare, a RTP 2 é o canal melhor da TV portuguesa que podia inspirar J. Magalhães. Para mim, se fosse político, era o único da RTP que não saneava, devia ser o canal 1. O Daniel Deus Dado dava um grande jeito ao FCPorto! Parece-me um tipo sério, tem ideias e é empreendedor. Não faço ideia se tem preferência clubista ou não, a verdade é que nunca o vi envolvido em polémicas com o futebol (como é o repugnante Carlos Daniel-benfiquista de Paredes).
Nada é impossível. O que nos falta é determinação e muito pragmatismo.
Caro Rui Valente,
ResponderEliminarExcelente a sua reflexão sobre o Porto Canal e as suas insuficiências.
Subscrevo tudo o que diz sobre as opções e a falta delas num canal que parecia ser capaz de se afirmar mas que vai mirrando a cada semestre.
Subscrevo os comentários anteriores, também eles apontam os defeitos e sugerem caminhos.
Se retirarmos as TRANSMISSÕES DOS JOGOS das modalidades, os programas correntes de INFORMAÇÃO do clube e os UNIVERSO PORTO e UNIVERSO PORTO DA BANCADA, bem como, os programas de JOEL CLETO, custa dizê-lo, nada mais resta de relevante.
Bem gostaria que o que aqui se diz, de forma construtiva, fosse lido por aqueles a quem incumbe retirar o PORTO CANAL desta letargia. O fim do PORTO CANAL seria, a acontecer, uma séria derrota para o prestígio e dignidade do CLUBE.
Cumprimentos
Caro Guilherme S. Olaio!
ResponderEliminarSalta demasiado aos olhos o declínio do Porto Canal! Actualmente não sou sócio do FCPorto (já fui) , mas gostava de saber se os sócios são informados sobre a situação financeira do Porto Canal. Também era curioso saber como pretendem rentabilizar o Canal, com que tipo de programas pensam atrair patrocinadores poderosos! Parece-me pouco respeitável deixar os espectadores portistas sem quaisquer informações. Não era preciso entrar em detalhes mas pelo menos dar-nos
algumas explicações. Não me surpreenderá se um dia destes ver fugir o Joel Cleto, o Rui Massena e gente desta qualidade para um canal qualquer de Lisboa. Era uma pedrada grande no projecto Porto Canal. O Victor Ugo Mãe já se foi. Quem mais irá?
Um abraço
Boa Tarde Rui Valente,
ResponderEliminarleio muitas vezes os seus post's, e concordo em absoluto com muitas das afirmações que escreve.
uma pequena pergunta (não me leve a mal) já fui sócio do FC Porto, deixou de ser portista ?
a minha questão prende-se com o facto de os dois clubes dos regimes, nesta matéria, goleiam-nos. O FC Porto ganhou o que os dois juntos NUNCA ganharão, apesar disso, não chegamos aos 100.000 sócios (penso eu).
característica bem portuguesa,para dizer mal (não é o que penso do Rui Valente), assumimos a "frontalidade", ajudar o clube no mais pequeno pormenor, NADA.
num país centralista, mentalidade estúpida e imbecil,trafulhas, muita ignorãncia, sentido mais lato, assimetrias brutais em vários domínios, as zonas mais pobre são os vários nortes, etc. etc. nunca mais acabava....
não é nada fácil um clube, mesmo sendo o FC Porto remar, contra tantos "magrebinos"....
Saudações.
Manuel Cardoso
Caro Manuel Cardoso,
ResponderEliminarEntendo-o muito bem! É pertinente a sua pergunta, ainda que nunca tenha escondido a minha paixão pelo Porto (clube e cidade). Nasci no coração da cidade e comecei a ir às Antas com o
meu pai, tinha cerca de 9 anos! Adoro a minha cidade, e o FCPorto é o único clube que me dá orgulho. Agora, mais do que nunca!
Por isso é que eu quero que o FCP nunca se deixe ultrapassar pelos adversários (que são cada vez mais ferozes e batoteiros). Lisboa, e os seus clubes, com a colaboração de um centralismo de fazer inveja a Salazar, tudo tem feito para nos menorizar. Não têm conseguido porque durante muitos anos tivemos um Presidente competente e destemido. É por isso que gostava que, antes de se afastar, não deixasse o clube sem preparar um novo Presidente que desse garantias. Isto não é uma monarquia, é certo, mas preferia evitar eleições abruptas, porque nessas ocasiões não faltam oportunistas. De resto, concordo consigo.
Saudações para si também
Quando a cidade está em grande com muito turismo completamente renovada, ENE de hotéis e restauração não haverá alguém do Burgo que aposte num Canal Televisão que dignifique a cidade e faça concorrência aos da capital do Império. Há gente cá no Norte capaz, bons actores, músicos jornalistas etc etc que infelizmente para eles têm que andar para Baixo para Cima ou fixar-se por lá porque por cá há um Canalzinho em que a maioria das boas audições são com transmissões de jogos do FCP. É pena que ninguém aposte.
ResponderEliminarA. C.