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29 julho, 2009

Marinho Pinto defende comissão de inquérito a casos de ex-governantes em cargos empresariais

Clicar sobre o título para ler a notícia (Sol)
Só os que beneficiaram e beneficiam com a situação aqui apontada pelo bastonário dos advogados Marinho Pinto, é que discordarão da proposta de uma Comissão de Inquérito Parlamentar para efectuar uma investigação a determinadas decisões políticas a favor de algumas empresas.
Admiro a coragem e a seriedade deste homem na razão directa porque desprezo o vocabulário hermético e "comprometido" dos seus adversários.
Ou muito me engano, ou tão cedo não teremos na Ordem dos Advogados alguém com este carisma. Não é seriamente que se enriquece depressa e muito...

09 janeiro, 2009

Um Bastonário incómodo

Até prova* em contrário, considero o actual bastonário da Ordem dos Advogados o mais honesto que até ao momento conheci. Ninguém pode conhecer totalmente uma pessoa, sobretudo quando não privamos com ela. Contudo, como qualquer cidadão, tenho toda a legitimidade para dar a minha opinião (boa ou má) sobre aquilo que penso das figuras que, por vontade própria, um dia se sentiram aptas para desempenhar cargos de responsabilidade pública.
Sempre tive uma certa simpatia pelas pessoas rebeldes, não pela rebeldia em si, nem pelo espírito de contradição que aparentemente comportam, mas tão só pela coragem de afrontar os poderes obscuramente instituídos, pela ousadia em boicotar regimes caducos e pela marginalização a que estão sujeitos face aos inconfessáveis interesses corporativos que combatem.
Marinho Pinto, não foi eleito Bastonário da Ordem dos Advogados pelos seus pares mais poderosos, ricos e bem instalados na vida (nem sempre em razão da defesa de causas nobres). Marinho Pinto, deve a sua eleição aos jovens advogados que vêem o seu futuro comprometido por interesses instalados, compadrios de toda a sorte, e de esquemas sinuosos que lhes impedem o acesso a uma carreira profissional condigna. No lado oposto da barreira, coloca-se o conjunto de advogados tacitamente comprometidos, conscientes dos condicionalismos que uma nova reestruturação da Ordem pode colocar à ascensão rápida à fortuna. Daí, o incómodo indisfarçável, os ataques que a classe acomodada lhe continua a mover.
A intenção de reduzir o acesso indiscriminado à profissão, para a optimizar, bem como a proposta de alternativa aos que não a possam vir a exercer, é altamente louvável. As denúncias que faz, a recusa em cooperar com o actual status quo, de continuarmos a ter advogados a exercerem paralelamente a advocacia com actividades políticas, é, a todos os níveis, digna de registo. Nós, não estamos habituados a isto, estamos habituados ao silêncio da cumplicidade, aos yes man, a credibilizar quem menos merece.
Por tudo isto, digo: força Marinho Pinto, não esmoreças!

*Por prova, considero, exclusivamente, as genuínas, não as forjadas, como acontece muitas vezes. Não sei por quê, lembrei-me agora de uma prova"arranjada" à pressão por Inês Serra Lopes (filha do "ilustre" advogado de Carlos Cruz, Serra Lopes) com o sósia do ex-locutor para tentar ilibar o amiguinho e cliente do papá...