29 julho, 2009

Marinho Pinto defende comissão de inquérito a casos de ex-governantes em cargos empresariais

Clicar sobre o título para ler a notícia (Sol)
Só os que beneficiaram e beneficiam com a situação aqui apontada pelo bastonário dos advogados Marinho Pinto, é que discordarão da proposta de uma Comissão de Inquérito Parlamentar para efectuar uma investigação a determinadas decisões políticas a favor de algumas empresas.
Admiro a coragem e a seriedade deste homem na razão directa porque desprezo o vocabulário hermético e "comprometido" dos seus adversários.
Ou muito me engano, ou tão cedo não teremos na Ordem dos Advogados alguém com este carisma. Não é seriamente que se enriquece depressa e muito...

2 comentários:

  1. Não é por acaso que o querem tirar de lá à força. Eles sabem que ele sabe, e isso é um problema.

    Um abraço

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  2. Quarta-feira, 29 de Julho de 2009
    A marca do Benfica no Seixal

    A propósito da notícia do 'Sol' do passado fim-de-semana, em que Luís Filipe Vieira terá assumido, em nome do Benfica, que obteria das Câmaras de Lisboa e do Seixal novos alvarás para ampliação dos projectos urbanísticos da Euroárea, vale a pena recordar um artigo do blogue "A-Sul" (blogue ambientalista da Margem Sul) de há quatro anos atrás, publicado em 17 de Julho de 2005:

    «Perdido para os Seixaleiros está já a área natural onde o Centro de Estágio está implantado e que inclui áreas de Reserva Agrícola e Ecológica (REN e RAN), onde não é permitido construir!!! E esta suposta ferramenta de protecção ambiental foi precisamente o leitmotiv para que o Benfica viesse para o Seixal, é que no meio das permutas com os terrenos junto ao Estádio da Luz, a EUROÁREA que tinha aqueles terrenos do Seixal, sem nada lá poder fazer, dada a protecção ecológica, através do Benfica conseguiu contornar esse óbice, e mesmo acelerar a obtenção de alvarás de loteamento e construção, o que permitiu a viabilidade da vinda daquela empresa BENFICA SAD para a Margem Sul, "que contribuiu, como contrapartida, apenas com a sua presença" (segundo Manuel Vilarinho - PUBLICO 07/12/2001).

    Os Seixaleiros não querem acreditar é que a reboque de uns campos relvados, pertencentes a uma empresa onde uns cidadãos privilegiados exercerão a sua actividade profissional principescamente bem remunerada, erguer-se-ão ("pela sua presença") 1325 apartamentos em 76 lotes com oito pisos cada. Grande parte do terreno onde se fará a construção estão afectos à RAN e REN onde é proibida qualquer edificação, salvo se esta se constituir de interesse publico (Expresso 28/06/2001). Esta urbanização acrescentará cerca de 4000 novos habitantes a uma envolvente onde habitam 2500.»

    O artigo completo do blogue "A-Sul" pode ser lido aqui.

    Em 21 de Julho de 2008, o mesmo blogue fez um resumo sobre aquilo a que chamou a 'Urbanização Benfica', onde compilou diversos aspectos elucidativos desta negociata envolvendo o Benfica, a Câmara do Seixal e interesses imobiliários em áreas protegidas.

    Depois de ler isto, ainda haverá quem tenha vontade em falar de irregularidades no Centro de Treino e Formação do Olival?

    Na sequência da notícia do "Sol", a posição do Benfica foi remeter os jornalistas para os Relatórios e Contas da SAD. Foi o que a 'Agência Financeira' fez.
    De acordo com a Agência Financeira, nos Relatórios e Contas da Benfica SAD de 2006/07 e de 2007/08, no capítulo dedicado ao balanço e demonstração de resultados, na rubrica de «outros credores diversos», é referido que existe uma dívida com a Euroárea, no montante de 6 milhões de euros, «resultante dos acordos firmados em exercícios anteriores no âmbito do contrato promessa compra e venda dos terrenos da Urbanização Sul».
    Nos mesmos relatórios, e segundo a Agência Financeira, o Benfica avança que a referida dívida «poderia vir a ser substancialmente reduzida, mediante a observação, que, sumariamente, envolviam o compromisso de construção do Centro de Estágios do Seixal no prazo máximo de 18 meses, nos termos já decididos pelo clube, a revogação da promessa de doação de lotes de terreno da Quinta da Trindade e a alteração de diversos alvarás de loteamento».


    A Procuradoria Geral da República ter-se-á interessado por este caso de contornos tão nebulosos?
    A Drª Maria José Morgado, que tantas vezes denuncia o triângulo futebol-autarquias-empreiteiros, terá investigado este caso?
    Presumo que não deve ter havido tempo, até porque, como toda a gente compreende, havia outras prioridades. Por exemplo, ouvir, filtrar e tentar compor as várias versões das irmãs Salgado, o que convenhamos não deve ter sido tarefa fácil...

    Fotos: 'A-Sul', 'Manhas da Baía'


    Blogue reflexãoportista

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