30 julho, 2009

Programa do Governo do PS para 2009-2013 mete de novo a "Regionalização" na gaveta.

Para que não restem dúvidas...

Página 89:
"Entre 2009 e 2013 importa consolidar a coordenação territorial das políticas públicas como processo preliminar gerador de consensos alargados em torno do processo de regionalização"
E nem mais uma palavra sobre a Regionalização. Que é isto senão a repetição da mesma pastilha de 2005, ou seja da não-regionalização, quando Sócrates se comprometeu, tanto em 2005, como na sua campanha interna de 2008, à frente dos nossos olhos, em avançar no próximo mandato (2009-2013 supostamente) com a regionalização que, do seu ponto de vista, teria de ser através de um referendo?
O que nos diz agora o programa para 2009-2013 é o mesmo que dizia para 2005-2009, coordenação territorial que aliás só foi feita muito pontual e marginalmente, como toda a gente sabe, além da regionalização já feita, desde há muito, em sectores como a educação e saúde, mas sem legitimidade política nem competências.
Nós não falamos de consolidações de coordenações territoriais com base nas regiões-plano, o que não é mais do que um verbo de encher, nós falamos é da regionalização do país, com juntas regionais eleitas democraticamente e com legitimidade política, para imporem as políticas regionais e para serem verdadeiramente uma dimensão regional da governação com legitimidade própria, como em toda a Europa.
Nós falamos de se fazer a regionalização seja com referendo ou sem referendo, que aí as opiniões dividem-se.
Até porque ela é mais necessária do que nunca para o país e em particular para o Norte. Será preciso explicar estas coisas a socilistas do Porto que tiveram sempre a R. como bandeira ?
(Pedro Baptista/Blogue Servir o Porto)

1 comentário:

  1. Não tenho a pretenção de ver mais longe que os outros,mas a verdade é que estou cansado de afirmar que não vai haver regionalização nenhuma emquanto os portugueses não se convencerem que ela nunca será oferecida por nenhum governo.Tem de ser conquistada e como tal há que tirar as devidas consequências práticas. Já diz o ditado que quem espera por sapatos de defunto,morre descalço...

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