A ideia com que podemos ficar, quando ouvimos alguns de nós debater a Regionalização e as respectivas divisões administrativas é a de que procuram qualquer coisa que não sabem muito bem o que é. Até aqui, estaremos todos de acordo, porque nessa questão, praticamente todos partilhamos da mesma inexperiência, mas o que devíamos fazer acima de tudo, seria evitar discussões estéreis e - contrariamente ao que alguns defendem - encontrar consensos.
Portugal, já tem 5 regiões tipo. Podem não ser as ideais, mas já existem. Se juntarmos a isto o facto de sabermos que qualquer pretexto serve aos adeptos da centralização para empolarem as nossas divergências e as transformarem em divisonismos capazes de provocar o caos na coesão "nacional", perceberemos a importância que há em gerar consensos nas nossas prioridades. É politicamente irresponsável que os cidadãos que defendem a causa regional não saibam (ou não queiram) interiorizar a necessidade de criar consensos para encurtarmos caminhos e ultrapassar os bloqueios que entretanto nos forem movendo.
Como já referiu noutro local o António Alves, o Norte, tem cerca de 4 milhões de habitantes sendo 2 milhões apenas no distrito do Porto. Unidos num mesmo objectivo, Guimarães, Braga e todo o Nordeste Transmontano só teriam a ganhar com uma outra ordem e distribuição de valências assente numa região de grande densidade populacional. Os aforismos são aforismos, mas nunca como agora, o velhinho "dividir para reinar", usado pelos anti-regionalistas, pode servir-nos de aviso com tanta oportunidade.
Esse, será o grande 'argumento', a bandeira invisível dos contra-regionalistas. Por isso, será de toda a conveniência decidirmo-nos, traçando muito bem os nossos objectivos, seleccionando os aliados e percepcionando com clarividência os nossos verdadeiros adversários.
Todos os que, num momento como este, capricharem em vestir "fato de gala" como farda de trabalho nesta empreitada chamada Regionalização, arriscam-se a serem apupados no fim do espectáculo e a prejudicarem de novo toda a nossa Região.
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Caro Rui,
ResponderEliminarLAmento dizê-lo, mas penso que está a confundir o Norteamos com a RTP1 ou o Pedro Morgado com o Pacheco Pereira. Tem noção do diminuto impacto que tem o Norteamos ?
Abraços.