08 fevereiro, 2008

Porto, esse covil de malfeitores...

A senhora procuradora Maria José Morgado, responsável pela investigação do processo "Apito Dourado", considerou vergonhoso o trabalho do DIAP/Porto e acusou a equipa da Polícia Judiciária local, de não ter tomado as medidas adequadas para a descoberta de provas, relativamente à agressão do ex-vereador da Câmara de Gondomar, Ricardo Bexiga.

Estas afirmações, não seriam tão preocupantes, se a mediática magistrada não tivesse por hábito enfatizar as supostas incompetências, tanto da procuradoria como da PJ do Porto, que lhe antecederam nas investigações, de forma a levar-nos a deduzir que se o processo tivesse sido orientado de início pela sua equipa, não teria sido arquivado.

Modéstia e contenção - tão reclamadas nestas situações - é coisa com a qual a senhora procuradora convive mal, o que lhe confere exagerada presunção quanto às suas próprias capacidades. Nem a recente "escorregadela" do actual Director Nacional da Polícia Judiciária (também ele do Porto) por ter admitido alguma precipitação no caso "Maddie" bastou para a senhora procuradora se conter e resistir à tentação de se pronunciar sobre um processo, do qual, ao que parece, esperaria um outro desfecho.

Agora, vamos lá ver se neste caso as donzelas do costume saem a terreiro a exigir a demissão desta idolatrada (pelas famílias de cores garridas) "dama de ferro", porque estas declarações, na minha opinião, são bem mais insinuantes do que as de Alípio Ribeiro.

O que começa a tornar-se grave, nas declarações públicas de M. José Morgado, é a imagem de menoridade que implicitamente vem dando da Instituições do Porto (Procuradoria e PJ), o que não deixa de se estranhar, tanto mais que em matéria de celeridade e eficácia de investigação criminal as equipas que acompanharam os processos "Casa Pia" e "Maddie" não foram propriamente um exemplo e, que conste, não são do Porto...

Senhora Procuradora: nós queremos que se faça Justiça, mas fale-nos um pouco mais dos casos "Casa Pia" e "Maddie". Ambos continuam em branco. Ambos, contribuiram para a destruição da vida de crianças e ainda não há julgamento, nem castigo.

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