Mágico, porque pratica à dezenas de anos a mais descarada arbitrariedade a nível de informação desportiva nas barbas das autoridades do país que nada fazem para pôr na ordem os respectivos responsáveis.
A Procuradoria Geral da República parece considerar estes procedimentos normais, transparentes e sérios.
Hoje, por exemplo, a RTP 1, um dos canais do Estado - também pago com os impostos dos portuenses - voltou a fazer prova do seu exemplar sentido de serviço público abrindo o jornal da tarde com a afilhada de estimação, a Excelentíssima, Digníssima, Ilustríssima, Insuspeitíssima, Credibilíssima Santa, Carorila Salgado. E por quê? Mas porque haveria de ser? Porque quanto mais gente houver (seja lá quem for) a acusar ou insinuar qualquer coisa, mesmo que ridícula, de Pinto da Costa, melhor é para as "audiências" e para o ego vampiresco do centralismo.
Ora, só por esta pouca vergonha levada a cabo por uma estação de TV do Estado que tem o dever de ser escrupulosamente imparcial e obrigatoriamente sóbria, os portuenses deviam recusar-se a pagar a percentagem correspondente dos impostos que contribuem para o seu sustento. Nem os canais privados centralistas conseguem fazer pior!
Se mais exemplos fossem necessários para confirmar aquilo que penso sobre o poder político, este basta para nos fornecer uma prova grave da sua total ausência de sentido de Estado. É ao poder político que cumpre controlar o que é público.
A PGR, consome grande parte do tempo com toda esta brincadeira de catraios que circunda o processo Apito Dourado, e permite que outros bem mais graves como o Casa Pia e o vergonhoso escândalo do BCP, se arrastem e morram no tempo.
As entidades reguladoras não regulam grande coisa, pois se regulassem não davam como dado adquirido certos conceitos dogmáticos que defendem direitos comerciais altamente arbitrários, como aquele que serve para justificar as prioridades dos noticários desportivos dadas ao Benfica.
O argumento falaccioso de ser "o clube português com mais adeptos" é de per si, uma verdadeira negação dos princípios democráticos, como reza o direito à alternância do poder (no caso desportivo, o dever de dar prioridade informativa ao vencedor). E não falo assim por ser do FCP, o clube lesado, falo em relação a qualquer clube que ganhe um campeonato por mais modesto que ele seja, precisamente porque é através das vitórias e da consequente maior visibilidade que poderá crescer e tornar-se grande.
No entanto, qual é o democrata deste país que se preocupa com isto? Admite-se, que em nome das audiências aparentemente vitalícias, mas perdedoras, se desprezem outras não menos importantes de adeptos de outros clubes que ainda por cima são vencedores? Mas onde é que estará a seriedade desta gentinha tão ciosa noutras situações a botar discurso sobre transparências e demais valores?
É um autêntico enjôo, para uma parte significativa dos portugueses ter de ouvir e ler a toda a hora e à viva força os problemas existenciais de um clube desta natureza. Ora, porque é grande, ora, porque ganhou, ora, porque perdeu, ora, porque devia ganhar. Uffa! Mas que praga!
Em vez de nos impingirem estas pragas psicóticas, porque não soltam a desgraçada da águia e a substituem por um caracol que, ainda por cima é hermafrodita? Se, como parece, gostam de se "copular" a si próprios, o caracol é o símbolo perfeito...
PS-Haverá quem ainda não tenha percebido por que é que de vez em quando aparecem em cena alguns pardais bem falantes a "aconselhar-nos" a não misturar a polítca com o futebol?
PS 2- Em dia de debate com o Primeiro-Ministro no Parlamento, a R.TP. abriu o jornal da tarde com o vendedor de pneus a falar do apito dourado.Uma vergonha!
ResponderEliminarPublicada por dragao vila pouca em Sexta-feira, Fevereiro 29, 2008
Como vê eu tal como você, acho tudo isto uma pouca vergonha, mas, é o país que temos.Também escrevi o seguinte:Sou, tenho a noção disso, apenas uma gota num imenso oceano, mas, enquanto portuense e portista nunca me calarei, nunca ficarei em silêncio comprometido, nunca encolherei os ombros, perante as desconfianças, discriminações e desconsiderações para com o meu clube e
a minha cidade. Tenho esperança que muitas gotas como a minha se juntem, formem um riacho, depois um rio, quem sabe um mar?
É isso, não me calarei.
Um abraço
Ah,vou linkar o seu blog e vou passar a mensagem a todos os amigos da blogosfera.
Já fiz referência em vários blogs de amigos, ao Renovar o Porto. Não se esqueça depois da comissão, ah, ah, ah ,ah....
ResponderEliminarUm abraço
Quem é afinal esse vendedor de pneus?
ResponderEliminarQuanto ao resto, faz muito bem em não se conformar com o que estão a fazer ao Porto. Obviamente, que o futebol não é a sociedade no seu todo, mas é dela uma expressiva parte integrante. Ao contrário do que alguns "intelectuais de conveniência" vêm apregoando tem sido através do futebol, que se têm feito as maiores campanhas vexatórias contra a nossa cidade.
Abraço
Carolina Salgado disse que era escritora quando questionada pelo tribunal sobre a sua profissão
ResponderEliminarIn JN de 14/03/08
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Um espanto....
Abrunhosa contra silêncio de Rui Rio
ResponderEliminarO músico Pedro Abrunhosa acusou Rui Rio de se manter "calado, sem dar voz às preocupações do Porto e da região Norte, que tem a obrigação de defender porque está a pensar num futuro político nacional".
O músico, que falou à Lusa à margem da iniciativa "Café literário", uma tertúlia levada a cabo anteontem à noite no Teatro Circo Café (novo espaço cultural situado no edifício do Theatro Circo em Braga), considera que Rio está a "hipotecar os interesses da cidade e da sua região à sua carreira política pessoal".
"Rui Rio nada disse quanto à Ota, que era uma sentença de morte ao aeroporto Sá Carneiro e uma machadada na região, nada diz quanto ao traçado do TGV, que é também extremamente prejudicial para os interesses do Norte, e brilha pelo silêncio quanto à criminalidade violenta no Porto, porque quer conservar uma boa imagem nacional, hipotecando os interesses da região ao seu futuro político", afirmou.
(No "Jornal de Notícias" em 14-03-2008)
Luís Filipe Vieira que a partir da recauchutagem de pneus conseguiu uam das maiores fortunas de Portugal. Deve ter o toque do Rei midas.
ResponderEliminarUm abraço