22 julho, 2010

Os nortofóbicos

Eu percebo [ó se percebo], a desconfiança e os medos justificados de certos cidadãos com a classe política, porque têm razões de sobra para isso. Só não percebo, é qual a solução prática que propõem para ultrapassar esse problema.

O povo do Norte não é o único no país com motivos de queixa  do desprezo com que tem sido tratado pelo Governo Central, porque, grosso modo, os efeitos perniciosos do centralismo sentem-se um pouco por todo o território, mas é sem dúvida alguma a Norte que tem provocado os maiores estragos. Estranha-se, é que muitos dos que agora hostilizam o Movimento Pró-Partido do Norte, se recusem a reconhecê-lo. Contra factos não há argumentos. Ora, se os factos são o melhor remédio para retirar uma dúvida, porque é que ainda há quem se recuse a reconhecê-los? 

Obviamente, que desse grupo de cépticos mais ou menos agressivos, não estou a incluir aqueles que estão actualmente instalados e acomodados na partidocracia, porque esses, desde logo,  tenderão naturalmente a rejeitar o ressurgimento de um novo Partido, quanto mais não seja por temor à concorrência e, fundamentalmente, pela força que essa ideia comporta. 

Dizem que o MPPNorte não tem ideologia [como se eles a tivessem] mas temem-no, justamente por este representar muito mais do que uma ideologia, ou seja: uma Necessidade. O Norte necessita de um Partido que lhe devolva a voz  e a governabilidade que o Centralismo lhe roubou. Portanto, ponhamos a ideologia de molho, e avancemos para o que é necessário e urgente.

Mas, não são os acomodados da partidocracia que me adensam o enigma, são sobretudo aqueles cidadãos anónimos que a espaços gostam, curiosamente, de esgrimir a mesma argumentação dos primeiros. Queixam-se que o novo Partido só servirá para dar emprego a políticos/doutores desempregados, negando-lhes o benefício da dúvida, sem lhes louvar a vontade de mudar, mas são incapazes de sugerir alternativas realistas para a situação actual. Podiam começar - por exemplo -, por nos indicar como é que pensam derrubar do poleiro, dos tachos e dos cambalachos, os políticos/governantes que neste mesmo instante deles se estão a governar, desgovernando-nos... Entre prevenir por suspeição e agir por constatação, faz todo o sentido escolher a segunda hipótese...Ou, aquilo que propõem é continuar a cruzar os braços?

3 comentários:

  1. Rui, sou muito claro nesta matéria do MPPN, junto daqueles que andam sempre a queixarem-se que o Norte é discriminado, maltratado, que é preciso a Regionalização, etc. Está aí um movimento, que vai ser partido e é a hora de deixar de conversa e apoiar. Se não apoiarem, se não fizerem nada, depois não têm mais legitimidade para criticar.

    Um abraço

    ResponderEliminar
  2. Alberto Moreira23/07/10, 11:51

    Sem tirar nem por...como se costuma dizer, os cães ladram e a caravana passa.

    Agora a nortenhos que tanto se queixam e que depois na hora da verdade juntam-se á matilha só merecem a mesma credibilidade que damos ao centralistas (ps, psd, cds, pcp, be, etc): ZERO !!!

    Para a frente com o partido, não faltará gente que o apoie. Sem informo gente amiga sobre o movimento a reacção é de desconhecimento mas ao mesmo tempo de entusiasmo pelo que daí poderá surgir...

    ResponderEliminar
  3. "Já reparam na a factura da EDP que recebem em Casa? Contribuição Audiovisual pelo valor de 3.42 Euros de dois em dois meses, anualmente pagamos cerca de 41€ 1 milhão de facturas dá mais de 3 milhões de Euros que é para a RTP. Na EDP confirmaram-me esta situação, mandaram-me uma minuta como pedir o cancelamento que preenchi e remeti por fax, nunca mais paguei."

    Li isto na net.Será?!
    A ser assim...

    ResponderEliminar

Abrimos portas à frontalidade, mas restringimos sem demagogia, o insulto e a provocação. Democraticamente...