Sempre achei patéticas certo tipo de declarações produzidas por certo tipo de personalidades, não tanto pela vacuidade da mensagem emitida, mas mais pela implícíta assunção de inoperância dos mensageiros.
Se o leitor disser coisas do género: "o capitalismo usa a mão-de-obra como mercadoria", ou, "é preciso falar verdade aos portugueses", ninguém [excepto tais personalidades] poderá censurá-lo por isso, pois não estará mais do que a manifestar o seu desagrado com certas incongruências e deslealdades da parte de pessoas ou instituições mandatadas para zelar pela governabilidade do seu país. O mesmo não se pode aceitar, quando representantes de instituições com a antiguidade da Igreja fazem afirmações redundantes como aquelas que o Presidente Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo proferiu ontem em Fátima, na sessão de abertura XXVI Semana da Pastoral Social.
Não é de agora que o capitalismo pratica "uma cultura de individualismo exacerbada, nem "despreza a vertente humanista no seu doutrinário político", sempre foi assim! O que há sim, são países, como os nórdicos, onde o capitalismo tem uma séria e forte componente social que o torna mais humanizado, um pouco por força da honestidade genética desses povos, totalmente oposta aos latinos, entre os quais estão os portugueses. A seriedade dos nórdicos, frize-se, não é exclusiva do Estado, estende-se igualmente ao empresariado e demais agentes sócio-económicos tornando o capitalismo um regime muito mais respeitável e interessante do que o praticado no Sul da Europa.
Só há luz desta realidade é que se consegue entender o à vontade de Cavaco Silva soltando da boca pérolas do tipo "é preciso falar verdade aos portugueses", como se os portugueses vivessem todos num grande infantário e os governantes fossem uma espécie de amos, mentirosos e incompetentes. Não é que a realidade ande longe deste cenário, só que quando se produzem afirmações tão fúteis como estas, não só não está fazer-se nada para a inverter, como se está a pactuar com ela fingindo que não está.
Como costumo dizer, falar por falar, para emitir meras opiniões, estamos cá nós, não precisamos de chegar ao Governo ou à Presidência da República, nem exigimos as suas mordomias, e... somos bem mais fiáveis.
Como costumo dizer, falar por falar, para emitir meras opiniões, estamos cá nós, não precisamos de chegar ao Governo ou à Presidência da República, nem exigimos as suas mordomias, e... somos bem mais fiáveis.
Mas estes Garantes da Nação só lá estão para dizer sim e não.
ResponderEliminarSão todos Conversa da Treta.
Se todas as vezes que lhes caíssem
um dente por mentira, das verdades que eles dizem!.. Aquilo era um governo de desdentados e de um presidente já sem lugar para colocar a placa dentária.
Tudo isto é triste tudo isto é fado
O PORTO È GRANDE VIVA O PORTO.
Este Bispo, que é o ai Jesus das beatas cinquentonas, ao ir a Fátima dizer estas originalidades, em vez de ir à "Tia Alice"...
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