14 outubro, 2010

E quando Pinto da Costa acabar?


Tão servil anda a tolerância dos nortenhos que já nem é possível imaginar que outro  tipo de abusos e rapinagens estarão ainda dispostos a pagar até despertarem para a realidade e reagirem, de modo a colocar um ponto final à onda interminável de pilhagem do Governo.

Apesar da vontade de algumas associações de utentes, tudo leva a crer que as portagens nas SCUTS vão-se impor, sem mais delongas. Em vez de ir para a rua rejeitar veementemente mais este furto oficial do Governo, o povo madruga,  amontoa-se e briga nas filas da Via Verde para ver quem paga mais cedo a um Estado que acaba de o roubar. A comportar-se assim, com tão baixo grau de consciência cívica, estão criadas todas as condições para o ressurgimento de uma Ditadura  bem mais "assumida". É uma questão de tempo.O povo do Norte está irreconhecível, aceita com submissão tudo o que lhe põem no prato. Foi assim com Rui Rio - com o consequente retrocesso para o Porto -, é assim com a comunicação social, e é assim com tudo o mais. Até quando?

O Norte, vê os seus jornais de referência a esvaziarem-se de autonomia. Não tem uma televisão capaz de concorrer com as 4 da capital. No futebol, permite que alguns dos seus clubes sejam atirados para a Divisão do Esquecimento até à extinção final planeada pelo centralismo.  Os jornais desportivos estão rendidos e vendidos ao centralismo. Um deles [O JOGO] procura, como pode, disfarçar a subalternidade em relação a Lisboa, com Edições locais num mercado que até lhe poderia trazer vantagens se tivesse a coragem de explorar a mentira em que alinha a concorrência. Os empresários, em lugar de jogarem a favor da região, remam contra ela e transferem para a capital as sedes das suas empresas. Os Bancos, idem, idem. Os governantes e deputados da região viram-nos despudoradamente as costas. O que é que nos sobra?

A excepção [por enquanto], é o FCPorto... Os adeptos do FCPorto, habituados a muitos anos de sucessos do clube superiormente administrado por Pinto da Costa, vivem convencidos que o líder portista chega para todas as encomendas, sem se darem conta que o homem apesar de muito competente não pode exterminar todas as maleitas do centralismo. O Processo Apito Dourado devia ter-lhes servido de aviso, porque apesar de ter fracassado não deixou de provocar mossas no clube e nos resultados desportivos como ficou provado nos "túneis". 

Resta saber se, no momento em que os portuenses portistas [que são a grande maioria] virem o seu clube a perder títulos e protagonismo, terão finalmente compreendido que Pinto da Costa não é eterno e que há mais vida para além do futebol.

11 comentários:

  1. Como o Rui diz:

    Mais cidadania...

    Iremos a tempo ???

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  2. FernandoB,

    não sei, estou muito pessimista.

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  3. Assino por baixo
    Tanta azáfama de um povo explorado mas obediente.
    Estamos a ser roubados por um governo inconpetente despesista centralizador; isto não é uma democracia mas sim uma ditadura.
    Esta Cambada devia de ser toda julgada por terem levado Portugal à banca-rota.
    Onde está o basófias do R.RIO!? parecia um leão, e agora tem o rabo entre as pernas e desapareceu. Com este ninguém pode contar, ele até tirou a cidade do Porto do mapa, não tem ideias nem projectos para a cidade, é um zero á esquerda, nunca mais acaba o mandato.
    Claro que Pinto da Costa e FCPorto nada podem fazer, mas sem duvida que são os que mais assustam e dignificam a cidade do Porto.

    Tenho nojo desta gente...

    O PORTO É GRANDE VIVA O PORTO.

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  4. Assino por baixo. Muito boa análise, foi feito um trabalho planeado de estupidificação do povo tal, que agora virou tudo carneirada.
    Não auguro nada de bom...

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  5. Caro Rui, quando vemos, como aconteceu hoje, o Porto e o Norte, a serem defendidos e muito bem, pelos nossos vizinhos da Galiza, está tudo dito sobre os políticos, mas não só, nortenhos.

    Aceitamos tudo, não reagimos a nada, o rio, cada vez mais poluído, anestesiou-nos a todos, ou pelo menos, à grande maioria.

    O espírito nortenho, foi chão que deu uvas...Como você diz, só falta colonizar o futebol...

    Um abraço

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  6. Por mim posso eu falar.

    Orgulho-me de não pertencer ao grupo acéfalo e masoquista de portuenses que se dá à parolice [e despesa] de viajar para Lisboa para assistir a eventos como o Rock in Rio e o Cirque du Soleil...

    Aos senhores empresários digo: invistam aqui, no Porto ou noutra cidade nortenha se querem que eu gaste o meu dinheiro.

    Para Lisboa, "jamais"!

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  7. E o que dizer,do vergonhoso desvio de verbas para a "modernização administrativa"?,claro esta para investir na capital do império.

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  8. Caro Rui
    Também eu perdi a esperança em qualquer movimento.Como é possivel existir tanta "carneirada" na nossa terra? Como é possivel não existir uma estratégia concertada para dar a devida resposta a estes governentes?Pobre País e Pobre Norte.Que desilusão!
    E o que dizer da CSocial?Entrei no JN hoje de manhã :" Trânsito NORMAL NAS sCUTS E NAS VIAS ALTERNATIVAS!!!!!!

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  9. O "cerco" da comunicação social, dos directórios dos partidos políticos instalados e dos seus representantes locais (sempre com a mala feita para arrancarem para Lisboa ao mínimo estalar de dedos de algum chefe), a febre de se sentarem o mais próximo possível da mesa do poder por parte de grandes empresas e instituições que tiveram no Norte a sua génese, têm alimentado esta resignação e apatia das populações.
    É preciso criar ideias confiáveis com personalidades credíveis para inverter a situação. Já foi mais fácil, mas penso que é ainda possível.

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  10. Carvalho Guimarães15/10/10, 14:37

    Caros amigos Um excelente artigo no tripeiro deste mês a propósito do centenário da República, mostra que já nessa altura o centralismo Lisboeta arrasava este País como queria e lhe apetecia.Mas apesar disso passaram-se 100 anos e ainda cá estamos. Não podemos esmorecer.
    Força gente do Norte, ainda somos melhores que eles.

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  11. Parece-me que só depois do Rio desaparecer do mapa (porque o centralismo irá rapidamente atirá-lo para o lixo - quando deixar de interessar- ou seja, quando deixar de apoucar a sua própria cidade) é que o Norte volta a ter "tomates" para enfrentar o colonialismo. Por ora, os milhares que votaram no centralista Rio, não têm "cara" para um simples "foda-se que nos estão a roubar", quanto mais para lutar pela liberdade!

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